Boate

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Eu poderia ver meu corpo em seus lábios, em seus lábios, sim
Você sabe assim que você tem um gostinho disso
Você iria precisar, você iria pagar por isso.
• Baby - Madison Beer

O som está alto pra cacete, quando coloco meus pés dentro da boate após ser convencido a sair no sábado a noite com Diego e Fernando, amigos que fiz na Acadepol, e por uma peça do destino fomos transferidos para a mesma cidade

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O som está alto pra cacete, quando coloco meus pés dentro da boate após ser convencido a sair no sábado a noite com Diego e Fernando, amigos que fiz na Acadepol, e por uma peça do destino fomos transferidos para a mesma cidade.

Me dei conta que estou começando a ficar velho para ambientes como esse.

Ambos são simples e práticos como eu, são o mais próximo de família que tenho por aqui e temos uma espécie de irmandade desde que nos mudamos sozinhos para esse lugar desconhecido. A luz na pista de dança ilumina toda a área e o barzinho ferve de pessoas juntas, bêbadas e com uma libido estrondosa. Me arrisco a pedir uma vodka, meu consciente me avisa sobre os efeitos de destilados sobre o meu corpo e eu o ignoro completamente.

- Cara, você viu aquela loira peituda perto do bar? – Diego se aproxima de mim com uma Budweiser na mão. Ele sempre soube do efeito que causava nas mulheres trajando roupas sociais e com o seu cabelo em um corte baixo. Hoje não seria diferente. De camisa azul clara e calça azul marinho, por onde passa escuto as risadinhas e comentários de mulheres interessadas, e claro, Diego aproveita e se esbalda com toda essa atenção agindo como um adolescente virgem.

- Estou mais interessado em conseguir um bom e velho uísque. – Solto a minha clássica e rotineira frase indo em direção ao balcão de pedidos.

- Ah qual é Afonso, seja menos previsível! – Ele solta uma gargalhada bebericando sua bebida. - Já vi várias mulheres aqui que fazem o seu tipo, não sei porque diabos ainda não entrou na pista.

- Não posso fazer nada se tenho bom gosto para mulheres e bebidas – Coloco o dinheiro na superfície de metal e aponto para a garrafa de Johnnie Walker Blue Label - com um adicional de um charme irresistível. – Dou de ombros e me viro com o copo de uísque em mãos brindando no ar em direção a ele.

- Então essa é a sua jogada? – Diego desdenha de mim apontando seu copo para a minha bebida.

- É muito natural para mim, não preciso estar todo engomadinho. – Provoco me referindo a ele mesmo vivendo dentro de um terno 24 hrs por dia.

- Sobre o que as maricas tanto conversam aí? – Fernando se aproxima e entra na conversa. Como de costume, estava segurando uma garrafa de vodka e por incrível que pareça a tomou no gargalo como se aquela merda fosse água. Seus cabelos e olhos claros também não passavam desapercebidos, estava vestindo uma camisa preta que ressaltava muito bem seus braços cobertos por tatuagens e uma calça surrada, com um coturno cor de terra que não tirava dos pés em momento nenhum.

- Alguém já te disse que parece um alcoólatra quando faz isso? – Pergunto.

- Curtir a noite bêbado é muito mais interessante e divertido. – Ele bebe o resto e balança a cabeça com uma careta engraçada.

PERIGO AMOR EMINENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora