Namorados

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Como um namorado amoroso, Afonso sempre estava com as mãos em meu corpo, ora apalpando, ora fazendo carícias leves e bobas

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Como um namorado amoroso, Afonso sempre estava com as mãos em meu corpo, ora apalpando, ora fazendo carícias leves e bobas. Seus olhos não me perdiam de vista, e sempre que podia me rodeava com seus braços fortes, seguros e quentes. Assim que seus toques e carinhos sessavam, meu corpo protestava sentindo sua falta. Seria uma droga quando a bolha em que estávamos construindo, aos poucos, estourasse nos trazendo para a realidade.

Afonso beija a curva do meu pescoço me abraçando por trás enquanto observo a perfeita vista da serra verde pela janela do quarto. Seus cabelos estavam levemente penteados e úmidos, o cheiro de sua colônia e loção pós banho cumpriam a função de me inebriar. Droga, eu estava começando a ceder, no sentido real da palavra.

– Vai descer agora, ou vai querer serviço de quarto especial? - Seus lábios roçam pelo meu pescoço, mordendo de leve e me arrepiando de dentro para fora.

Sorrio ao lembrar do quanto ele conseguia ser atencioso, gentil e romântico quando queria. – Um café da manhã na cama não seria tão ruim... – Sinto uma trilha de beijos lentos e profundos na minha clavícula, queixo e nuca.

- Se a gente continuar aqui eu não vou querer sair.... – ele morde o lóbulo da minha orelha e sussurra – de novo.

Não importa o quanto ele quisesse se camuflar na pose de bom moço. Não duraria por muito tempo. Afonso era assim, um trator atropelando tudo e todos com suas vontades. No meu caso, com seus desejos, dedos, beijos e principalmente, seus olhos intensos e suplicantes.

E eu nunca tinha forças, e muito menos vontade, para resistir.

Visto um vestido branco de alcinhas, justo até a cintura e curto, com uma rasteirinha simples e discreta. Deixo meus cabelos soltos e levemente caídos pelos ombros enquanto passo um brilho labial. Achei melhor dizer para o meu namorado que saísse primeiro, já que eu demoraria séculos para conseguir domar a fera – no caso o meu cabelo. Assim que solto a maçaneta para fechar a porta, ouço alguém sair do quarto assim como eu, no final do corredor, mas não dou muita atenção para quem era e sigo em direção as escadas.

Felipe, assim como o irmão hoje cedo, estava relaxado, vestido apenas com uma camiseta clara e bermuda jeans deitado no sofá assistindo filme com as mãos apoiadas atrás da cabeça, mexendo no celular de tempos em tempos.

Como um maldito cão farejador, ele sentiu minha presença e se virou com um sorriso travesso. – Cunhadinha!! Achei que não fossem sair mais do quarto...

- Sua hora também vai chegar, fiquei sabendo que sua Julieta virá te ver. – Retruco dando de ombros.

- Nem a ROTAM me acha hoje!!

Reviro os olhos sorrindo e negando com a cabeça. Continuo procurando por Afonso pela casa, mas não o encontro. Passo pela cozinha sentindo um cheiro delicioso vindo do forno, e meu estômago protesta. Tudo parecia estar na perfeita paz, e no mais calmo silencio. Até sentir uma corrente de ar e braços me puxarem para trás em um movimento firme. Era ele.

PERIGO AMOR EMINENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora