Procura

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"Teu gosto ainda amarga a minha boca, é um porre não conseguir me desvencilhar disso. É sempre um vai e vem, uma procura sem motivo, uma mensagem, um profundo e longo suspiro. Te podo, te corrijo, te corto na lata, porém, te intrigo..."

Final de expediente

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Final de expediente. Terminei de enviar os relatórios processuais para o Doutor Leonardo, logo fechei todos os formulários, desliguei os computadores, organizei alguns arquivos em pastas selecionadas e fui em direção a entrada da advocacia. Soube do resultado do concurso ontem, e achei muito rápido a divulgação da lista dos convocados, já que pode demorar até dois anos em alguns casos.

Eu passei.

Fiquei o dia todo sem acreditar que vi meu nome na lista e já fiquei desesperada para arrumar e apresentar todos os documentos necessários para a nomeação do cargo de perito criminal. Teria que ficar atenta pois o descumprimento de algum requisito e a não apresentação dos documentos solicitados, dentro do prazo estabelecido, torna o ato de nomeação sem efeito e eu não poderia assumir o cargo.

Assim que abri a porta para seguir em direção ao ponto de ônibus, avisto a BMW série 3 branca de Nicolas estacionada no outro lado da rua e estava olhando atentamente para mim dentro do carro, parece até que de algum modo já sabia que o veria. Continuei meu caminho até o ponto de ônibus e quando estava a um passo de chegar, Nicolas me alcançou e encostou em um dos meus braços reivindicando atenção.

- Ari, você sumiu do nada!! Está brava comigo por algum motivo, mas eu não consigo entender o porquê. – Falou baixo para apenas eu ouvi-lo.

- Acabei de sair do trabalho Nicolas, muito obrigada pela preocupação em vir me procurar, se quiser conversar a gente marca outro dia, pode ser?

- Não Ari, por favor, a gente toma um sorvete ou um litrão, tem uns barzinhos bacanas aqui pela região. -Disse querendo me convencer a sair com ele.

- Ok, mas não vou ficar mais do que 30 minutos, já vou chegar tarde em casa e não posso prolongar ainda mais, sabe que é perigoso. – Falei seriamente.

- Relaxa gatinha, eu te levo em casa, e a gente pode curtir sossegado. -Disse ele se aproximando de mim.

- Vamos então. – Passei por ele indo em direção ao carro.

Acabamos optando por ir em uma conveniência em algum posto pelo caminho, que por sinal estava lotada, já que era plena sexta-feira. Nos assentamos em algum canto vazio, pegamos algumas latinhas de refrigerante, um saco de batatinhas, uma coxinha e iniciamos a conversa.

- Gosto disso em você Ari, é muito fácil e simples agradar você, não faz questão em ir a restaurantes caros. Sei que não rejeitaria se te oferecesse, mas isso não altera em nada entende? – Nicolas disse enquanto bebericava seu copo de Coca-Cola.

PERIGO AMOR EMINENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora