• Romance ficcional •
Um reencontro entre ex namorados regado à paixão e desejo. Ariadne sempre quis ser independente. Após o sonho em cursar medicina ir por água abaixo, se tornar uma farmacêutica lhe parece uma boa opção para iniciar uma carreira...
"Conversando com minha mãe Ela disse: Onde você achou esse cara? Eu disse que algumas pessoas se apaixonam Pelas pessoas erradas às vezes." Moral of the Story - Ashe
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- Você não apareceu aqui ontem à noite – Coloquei as capsulas na cafeteira ainda sonolenta - fiquei esperando você chegar, mas acabei dormindo. - Disse cruzando os braços, esperando meu cappuccino ficar pronto antes de ir para a agência.
- A curiosidade segue matando gatos até hoje não é meu bem, mas para sua informação eu dormi fora sim. - Disse com um sorrisinho de quem tocou o terror na noite passada. - Meu estômago não tá legal Ari, já vomitei duas vezes desde que cheguei e foi o puro álcool, não consegui comer nada até ago... - Fez cara de enjoô e seguiu correndo para o banheiro.
- Se tiver aprontado, eu espero que tenha se protegido ou que esteja tomando pílula. - Adverti.
- Já me protejo há tempos mamãe!! - Disse do banheiro.
Eu apenas sorrio balançando a cabeça, pego minha bolsa e saio do apartamento.
[...]
Tamborilo minha caneta sobre a mesa lendo pela quinta vez o relatório da amostra entregue por Cris.
"Atenção, protocolo GLS. Compareça no departamento de interrogações imediatamente. Câmbio, desligo." A voz de uma mulher termina de soar pelo aparelho e sinto minhas mãos suarem frio após ouvir a chamada. Desde que entrei para o departamento, esse será a primeiro grampo de ligação sigilosa com a qual irei participar. Pego meu distintivo, assim como meu cartão de identificação e por fim o meu colete a prova de balas, obrigatório para quem transita pelos corredores de áreas restritas.
Ouço meu telefone vibrar no bolso do blazer preto e atendo.
- Eai beijoqueira!! – Ela brada do outro lado da linha, não aparentando ser a garota que deixei debruçada sobre o vaso pela manhã.
- Quem fala? – Forço o meu tom de voz para parecer o mais desconfiado e sério possível.
- Não vem com essa para cima de mim Ariadne, cheguei antes mesmo dos rapazes na conveniência. – Ela diz e consigo escutar uma pequena risada.
- Não sei do que está falando Cris, fiquei na agencia antes de ontem até o zelador me olhar torto querendo me expulsar. – Digo com a voz firme caminhando pelo saguão principal e avisto homens e mulheres bem vestidos passando por catracas digitais, sobre os quais julgo serem possíveis advogados das centenas de pessoas interrogadas diariamente.
- Então você está me dizendo que eu vi a sua irmã gêmea beijar o Afonso como se o mundo fosse acabar amanhã enquanto eu fui chamada para servir de reforço? – Ela pergunta incrédula e sarcástica e eu falho ao tentar segurar uma risada.
- Não, sua idiota... – Solto um riso nasalar - O que estou te dizendo é que eu estava na agencia nesse momento, e deixe Afonso beijar quem ele quiser. – Digo por fim. – Fui chamada pelo Comando de Operações.
