• Romance ficcional •
Um reencontro entre ex namorados regado à paixão e desejo. Ariadne sempre quis ser independente. Após o sonho em cursar medicina ir por água abaixo, se tornar uma farmacêutica lhe parece uma boa opção para iniciar uma carreira...
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- Você trouxe a sua farda de gala? - Pergunto.
- A de marinheiro? – Felipe surge na cozinha de samba canção esfregando os olhos e bocejando.
- E qual seria? – Respondo mal humorado. - Vou precisar dela hoje.
- Seria muito óbvio se eu te perguntasse o que diabos você vai fazer com ela? – Ele espalma suas mãos sobre a bancada, me encarando logo em seguida.
Beberico meu café preto e sorrio por detrás caneca branca. – Se você for comigo hoje à noite, irá saber.
Olho para o pote de ração em cima da prateleira branca na lavanderia, fazendo uma nota mental sobre a fome infinita de Apolo, bem como o seu gênio animal destruidor de sofás.
Caminho até a enorme vasilha, abastecendo-a e notando meu amigo vindo até mim balançando o rabo como se estivesse passando fome por no mínimo uma semana. Ele era realmente o reflexo do dono.
- Vai se foder com esse seu flerte barato. – Doce como um limão. Lidar com Felipe de manhã era sempre um porre, assim como eu, durante o dia inteiro.
- Preciso pegá-la na lavanderia. – Ele passa por mim, pega a frigideira e começa a preparar seu café da manhã. O cheiro de ovos, bacon e queijo invade minhas narinas e saio do apartamento antes mesmo que seja assassinado por roubar a comida dele.
Telefono para Bittencourt e ele atende assim que começa a chamar.
- Na escuta, senhor.
- Apreendidos? – Pergunto me referindo a ocorrência que fomos chamados, por se tratar de um dos homens de Bueno em uma rotineira entrega de drogas em um parque da cidade.
- Eram cinco jovens, de no máximo vinte anos. Todos eles sem nenhuma passagem, querendo apenas viver perigosamente. – Ele debocha da ingenuidade e imaturidade dos garotos detidos na noite de ontem.
- O que nos interessa são os peões – era assim que chamávamos os aviõezinhos. Suspiro aflito passando a mão em meu maxilar. – Identificaram?
- Eram apenas dois, e já foram encaminhados para o bate-papo. – Ele sentencia. – Ambos, brasileiros. – Agradeci aos céus por poder deixar Ariadne em paz, afinal, hoje era um dia especial.
- Ótimo. – Desligo e sigo para o prédio de interrogações, que mais parecia um edifício empresarial.
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