Diversão

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Graças ao bom Deus, chegou o dia da tão esperada viagem, e tudo correu bem durante o percurso de 22 horas dentro do máximo conforto que um ônibus pode oferecer

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Graças ao bom Deus, chegou o dia da tão esperada viagem, e tudo correu bem durante o percurso de 22 horas dentro do máximo conforto que um ônibus pode oferecer.

Assim que cheguei ao hotel tarde da noite e peguei as chaves do quarto onde me hospedaria, senti a felicidade de estar finalmente satisfeita com as minhas escolhas e pelo meu progresso. A sensação de estar lutando pelo que quer é única e não me arrependo nem um segundo das portas fechadas que a vida me deu, pois me fizeram chegar até aqui.

Após tomar um banho quente, tentei assistir a alguma série na Netflix para relaxar a mente, mas o cansaço consumia meu corpo e logo peguei no sono. Os dois dias seguintes foram, com toda certeza, um dos mais cansativos da minha vida, mas acabaram e prometi a mim mesma que iria aproveitar o último dia de viajem mesmo com as incertezas de ser aprovada ou não.

Assim que cheguei ao hotel, me arrumei, passei uma maquiagem para esconder as olheiras de uma concurseira e como estava curiosa para saber onde trabalharia futuramente, se Deus me permitisse, decidi dar uma passada pela porta do prédio central de operações da Polícia Federal.

Chamei um uber para ir em direção ao bar mais próximo que encontrei pelas redondezas, e assim que cheguei no balcão de pedidos, um barman muito simpático e jovial me atendeu, pedi apenas uma gim tônica pra começar a noite e relaxar. Ao observar o ao meu redor, percebi um ambiente extremamente rústico com pessoas de meia idade a maioria em final de expediente no famoso happy hour.

- Acho que alguém já pegou e analisou a ficha de todo mundo aqui só com o olhar. - Disse o barman limpando o balcão.

- Bem que eu queria ser uma farejadora como tu diz, e aproveitando a deixa quero uma cerveja por favor - Disse já finalizando meu drinque.

Assim que peguei minha bebida, um homem alto e robusto de mais ou menos 1,85m, na faixa dos 30 anos, moreno dos olhos claros e com uma barba muito bem feita, já se sentou em uma das banquetas afrouxando a gravata dentro de um terno muito bem feito. Apenas ergueu um dos dedos e um copo de whisky já veio deslizando pelo balcão em direção a ele.

- Chegou cedo hoje. - Disse o barman ao homem misterioso.

- Já sentiu minha falta, sabe que cedo ou tarde sempre bato meu ponto. - Disse ele.

Aquele homem bebeu cerca de 5 doses de bebida pura, certamente queria ficar de porre no dia seguinte ou provavelmente tinha bons motivos para encher a cara, devia morar ou trabalhar por perto. Peguei minha bolsa pra ver se tinha alguma mensagem ou ligação perdida e enquanto verificava minha caixa de mensagens sinto alguém olhando fixamente para mim e me viro por impulso.

- Você tem idade para estar num lugar como esse garota? - falou uma voz grossa ao meu lado embargada a álcool.

- Valeu pelo elogio, mas a minha idade ou os lugares que eu frequento ou deixo de frequentar não te diz respeito. - Disse disposta a dar o fora dali o quanto antes.

PERIGO AMOR EMINENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora