• Romance ficcional •
Um reencontro entre ex namorados regado à paixão e desejo. Ariadne sempre quis ser independente. Após o sonho em cursar medicina ir por água abaixo, se tornar uma farmacêutica lhe parece uma boa opção para iniciar uma carreira...
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Depois de 5 meses comendo o pão que o diabo amassou dentro da Academia de formação de agentes especiais, sob intensa preparação e provas, fui treinada em técnicas de investigação, de abordagem policial, uso de ferramentas de investigação, defesa pessoal, tiro prático policial, legislação interna, migração, entorpecentes, crimes fazendários, previdenciários, pedofilia, crimes cibernéticos, combate à corrupção e lavagem de dinheiro, inquérito policial, e entre outras áreas.
Devido ao meu alto desempenho em todas as modalidades acabei sendo transferida para o esquadrão 07, já que tinha uma vaga sobrando dentro da minha área de atuação – o ultimo perito não se deu muito bem com o infame delegado de lá - e o melhor de tudo é que já entraria com uma missão em andamento.
Olhei alguns apartamentos e acabei alugando em um prédio próximo à Sede corporativa da PF, era uma ótima localização, tinha mercado, farmácia, restaurantes e até barzinhos próximos. Era um lugar calmo, com paredes brancas, dois quartos, sala e cozinha integrada. Perfeito para quem vai morar sozinha e quase não vai parar em casa. Comprei pela internet algumas cortinas que iam até o chão e na mesma cor das paredes, alguns móveis e eletrodomésticos básicos que precisaria pra viver bem, mas ainda estava tudo uma bagunça, toda hora chegava alguma coisa e me vi rodeada por caixas e mais caixas de mudança.
Hoje tirei o dia para relaxar, pois desde que terminei meu curso quis sair pra ver o mar mais próximo da cidade, em Cidreira. A sensação da areia afundando sob meus pés, a brisa salgada, tudo isso me fez sentir muita saudade de estar perto da minha família aproveitando esse dia quente. Comprei um biquíni em uma das lojinhas beira mar, dei um mergulho naquela água gelada, tomei uma água de coco - pelo tempo que fiquei ali com certeza já deu pra pegar um bronze. Enquanto comia uma porção de camarões em um dos quiosques aproveitei e liguei para Juju, já tinha tanto tempo que não falava com ela, deveria estar achando que morri.
- Alô? - Juju atendeu desconfiada.
- Hellou, aqui quem fala é a sua amiga desaparecida que resolveu ir pra Porto Alegre lembra?
- Ah sua cachorra!! Pra mim já tinha se esquecido que tem família e amigos... - riu do outro lado da linha.
- Eu não me esqueci tá? Sabe que tá tudo uma correria aqui e além do mais podia fazer poucas ligações durante os últimos meses, e sempre dei prioridade aos meus pais para tranquiliza-los.
- Relaxa garotinha, eu já imaginava que viria com esse discurso de correria e bla bla bla!!
- Vai se lascar sua vaca!! - Berrei pelo telefone
- Então... já encontrou muitos gatinhos por aí?? - Disse sugestiva.
- HAHAHA quem me dera viu, me diverti algumas vezes, mas os caras daqui são normais nada demais não. - Menos aquela beldade de homem que encontrei no bar a um tempo atrás, queria ter a sorte de vê-lo de novo.
