• Romance ficcional •
Um reencontro entre ex namorados regado à paixão e desejo. Ariadne sempre quis ser independente. Após o sonho em cursar medicina ir por água abaixo, se tornar uma farmacêutica lhe parece uma boa opção para iniciar uma carreira...
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Desde a primeira metade do meu curso, estava trabalhando em uma empresa de advocacia como secretária de um dos advogados mais prestigiados no ramo de direito empresarial da cidade, o doutor Henrique, e por convivência com o ramo acabei aprendendo um pouco sobre a profissão e variados termos jurídicos, mas nunca quis seguir carreira em advocacia embora todos ali me dissessem que teria um ótimo futuro como advogada.
Ironia alguém trabalhar em um escritório de advocacia fazendo farmácia? Sim. Me rendia uma grana? Também. Preferia o faz me rir.
Meu expediente começava às 2 da tarde e acabava às 8 da noite, chegava exausta em casa, já que permanecia cerca de 1 hr dentro do ônibus para ir e para voltar no trânsito infernal de início/final de expediente. Por isso, a maioria das matérias viviam atrasadas ou muito adiantadas por mais organizada que eu tentasse ser. Estava em casa revisando a matéria de anato, já que teria prova na semana seguinte e logo percebo uma mensagem do balde que chutei e vivo pegando de volta.
"Te espero naquele barzinho que fomos no sábado, meus amigos vão e quero te pegar, ops digo, apresentar."
Não era de se esperar menos, o garotinho em que namorei enquanto estava no colegial não era mais o mesmo e consequentemente suas amizades também não.
"Beleza, digo que vou dormir na casa da Megan."
Você deve estar se perguntando o porque dessa mensagem, mas o Nicolas sempre diz que vivo em prisão domiciliar, sob cativeiro e com tornozeleira eletrônica. Apesar de completar 23 anos mês que vem, meus pais me protegem muito e não gostam que eu saia para me divertir, acham que é inadmissível não ser uma celibatária até o meu futuro casamento, por isso se quero curtir faço isso enquanto estou solteira, pois se já está ruim sem namorado imagine namorando de fato.
Fiz um cafezinho acompanhado de enroladinhos de queijo e terminei de estudar as matérias do dia, tomei um bom banho, com direito a batucada de gilete no box, lavei o cabelo e fui escolher uma roupa. Após colocar uma lingerie, e as roupas que usaria no dia seguinte na bolsa, coloquei um cropped azul bebê, uma saia lápis branca, scarpins e um bom batom vermelho. Tudo pronto, pedi a permissão aos meus pais para dormir na casa da minha amiga de cursinho - depois de pegar um cineminha com ela - pedi um uber e cheguei ao famoso barzinho.
Fui caminhando em direção ao extenso balcão e pedi uma Cuba Libre para me relaxar e assim que me virei os avistei em uma mesa circular aos arredores de imensas paredes de vidro. Fiquei admirando distraída a vista completa da cidade quando de repente sinto o famoso calor das mãos maravilhosas de Nicolas nas minhas costas.
- Tá perdida gatinha? - Ouço uma voz familiar perto de mim.
- Nem comece Nicolas. - Disse revirando os olhos.
- Mandei mensagem pedindo pra me avisar quando chegasse. - Falou beijando um dos meus ombros. - Pra ser honesta estava tão avoada pensando em como me safaria se todo esse role desse merda, que nem percebi a vibração do celular.
- Desculpe. Seus amigos vão acabar achando que fugimos, é melhor nos sentarmos logo. - Ironizei.
- Se bem que não seria uma má ideia, eu gosto de dormir com você. - Disse me acompanhando com aquela mão possessiva nos meus quadris.
Nos acomodamos na mesa, já estavam todos com os seus pedidos em mãos e acabei pedindo uma salada Caesar. Tentei entrar na conversa mas não curti muito os assuntos, então preferi só concordar e falar quando fosse conveniente.
Por volta das 11hrs da noite, fechamos a conta e nos despedimos, assim que entramos dentro do carro de Nicolas sinto a tensão sexual inebriante e cedo as suas carícias irresistíveis durante o percurso até o apartamento. Assim que a porta da sala foi trancada, fui colocada por impulso sobre o balcão de mármore branco e deliciada em todos os cantos do meu corpo, abriu os botões da minha roupa e logo percebeu a frase "Je ne regrette rien" tatuada na minha costela esquerda próxima as laterais do seio e ficou perplexo absorvendo o momento.
- Eu fico louco vendo essa bunda sua balançando só de calcinha enquanto anda distraída pela minha sala e hoje vai pagar por ficar me provocando. - Ele disse sussurrando ao pé do ouvido, e ele sabe que adoro quando faz isso.
- Vivo dizendo que esse brinco e essas suas correntinhas me trazem um baita prejuízo...
- Não sabe o quanto me arrependi por não ter pegado mais na sua bunda enquanto namorávamos. - Sorriu entre o beijo.
A boca dele se moveu pelo meu maxilar e desceu pelo pescoço, acendendo uma lareira dentro de mim e realmente não demorou muito para ele descer a lenha. Nem percebi que de fato o apartamento de Nicolas era totalmente equipado com sons instalados em cada canto superior das paredes da sala e estavam tocando uma música sensual e envolvente bem baixinho, esse homem sabe criar um clima sem ao menos fazer esforço.
Estava super nervosa por não saber ao certo onde colocar as minhas mãos na hora mas eu comecei a relaxar e me livrar dessas neuroses fúteis. Tudo aconteceu tão naturalmente que eu me deixei levar pelo momento. Ele mordeu e lambeu, encontrando pontos sensíveis atrás da orelha e na curva do pescoço eriçando cada centímetro de mim. Me penetrou vagarosamente e deliciosamente para que sentisse toda a sua extensão, e a cada estocada minhas pernas o envolviam ainda mais pela cintura e minhas mãos seguiam segurando com toda força entre os seus cabelos e suas costas.
Foi um misto de emoções e sensações tão grande que eu acho que se eu morresse naquele momento morreria feliz e realizada mesmo sentindo um leve desconforto físico por ser uma área até então inexplorada.
Abri os olhos emaranhada em seus lençóis e peguei meu celular por impulso no criado-mudo para ver se havia alguma ligação perdida e vi que já eram 9:45 da manhã.
Mamãe: Ari, vamos fazer compras no supermercado e te buscaremos na entrada do condomínio da Rafa.
Levantei num ímpeto de desespero e taquicardia, e não demorou muito para Nicolas dar um pulo da cama completamente desnorteado.
- Poxa Bê, não precisava me acordar assim o que aconteceu? - Nicolas se ergue sobre os cotovelos completamente aéreo.
-Preciso ir embora agora. - Disse me levantando e catando cada peça de roupa minha que encontrei pela casa.
- Poxa Ari, você mesma me disse que já era adulta e que quer curtir, mas parece que não, vou ter que esperar e me contentar com o que tenho né... - Seu semblante não escondia o desapontamento. Esfregou as mãos no rosto e retirou as cobertas em que estava embolado. Ele tinha essa mania sempre que acordava. Ainda me lembrava de cada uma delas.
- Nicolas, mesmo sendo adulta eu odeio conflitos, ainda sou sustentada por eles e os devo respeito mesmo odiando essa porra toda. - Exclamo em um tom de voz elevado e descontrolado pelo nervosismo caminhando em passos largos até a porta.
Andei pelo largo corredor até chegar ao elevador completamente desesperada por perceber a merda em dose dupla que tinha feito. Tirei o meu cabaço com o Ex e agora preciso ir até o condomínio de Megan feito um foguete orando para que chegue a tempo de me livrar. Saí do prédio sentindo um misto de culpa e ressentimento por ter que esconder a minha vida para os meus pais e pelo risco de acabar me ferrando se algo sair do controle. Pedi um uber rapidamente para a porta do condomínio da minha amiga pedindo a Deus para que nada desse errado.