Ainda com você

124 12 2
                                    


— Eu durmo... no sofá.

— Tá bom... boa noite Jungkook.

— Boa noite. - Olho mais uma vez antes de ir para o meu quarto.

Me deito na cama e encaro o teto.

O que Yoongi e Hoseok falaram tem perturbado a minha cabeça. Eu realmente fiz uma promessa. Tenho que cumprir.

Tommy está por aí e qualquer momento pode voltar.

Me levanto rápido e acabo ficando tonta.

Esbarro no meu violão, fazendo ele cair. Não faz muito barulho, o que me deixa aliviada.

Pego uma blusa branca, uma jaqueta jeans, uma calça preta e as botas.

Visto rapidamente. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo.

Pego a minha mochila e em seguida desço.

Jungkook dormia tranquilamente no sofá.

Vou para a cozinha e abro o armário que tem debaixo da pia.

Pego minha pistola e as balas.
Coloco dentro da mochila.

Escuto passos. Sei que é Jungkook.

— Ei. - Ele sussurra.

Respiro fundo antes de olhar pra ele.

— Por que não volta pra cama? Hoje foi um dia e tanto. - Me levanto.

— Eu tenho que por um fim nisso. - Minha voz saiu mais firme do que eu esperava.

— Fica, por favor. - Ele suplica. Seus olhos estavam marejados.

Olho pra baixo e depois volto a olhar pra ele. — Não dá.

— E se você não voltar? E se... e se você morrer?!

— Eu não pretendo morrer!

— Nem o Joel! - Me estresso quando ele fala isso. Pego a mochila rapidamente. — Espera. - Ele se aproxima de mim e segura os lados do meu rosto. — Você tem amigos aqui, que são como uma família. Então, fica Soo. - Quase cedo quando vejo as lágrimas descerem pela a sua bochecha.

Acaricio a sua mão e encosto nossos testas.

— Não posso. - Me afasto dele e saio de casa.

(...)

— Rua Constance. Certo.

Saio do barco que aluguei, na verdade eu roubei.

— A saída da cidade fica pra lá, então tenho que ir pra frente. - Falo olhando o mapa.

Chego no que parece ser uma vila abandonada. Não tem ninguém, pelo menos é o que eu acho.

O cheiro dessa cidade é de podridão. E essas casas parecem mau assombradas, me dá calafrio.

Minha mochila fica pra trás com os meus equipamentos quando sou arrastada por uma armadilha que prendeu minha perna. A corda balança, fazendo um calho da árvore perfurar a lateral do meu corpo. Solto um grito de dor.

Estou de cabeça pra baixo.

— Ah que merda! Caralho! - Coloco minhas mãos em cima tentando estancar o sangramento.

(...)

Me desperto com vozes. Tinha sangue no meu braço. Ainda estou pendurada.

— Viu? Tem mais uma aqui. - São dois homens. Mas não parecem ser Lobos.

— Ela tá toda fudida. - O outro corta a corda. Caio e bato minha costa, solto um gemido de dor. — Se ela durar um mês é sorte nossa.

Your Eyes Tell {Jungkook}Onde histórias criam vida. Descubra agora