Pov sofia
- Deixa que eu atendo natasha - Digo indo em direção a porta
- Por que será que o síndico não telefonou? - pergunta natasha (ela ainda estava deitada na cama)
- Vai saber...- digo sem da importância
Vou até a porta com uma camisola de alcinha preta.
Tenho uma surpresa ou melhor decepção ao ver minha mãe e meu pai na porta.
- O que fazem aqui? - pergunto ríspida
- Isso é modo de receber seus pais? - diz minha mãe me olhando nos olhos
- Viemos conversar com você sofia. Será que podemos entrar? - pergunta meu pai com um tom firme
- Por favor - me afasto da porta dando permissão para eles entrarem.
Eu não fazia ideia do por que dos meus pais estarem aqui, com certeza coisa boa não era.
Os acompanho até o sofá para ouvir o que eles tinham a falar.
- Querem beber alguma coisa? - pergunto de forma formal.
Os dois nega.
- Então podem me falar o por que da visita? - Pergunto me sentando no sofá e cruzando as pernas ficando de frente a eles.
- Somos seus pais sofia não nos trate como estranhos! Eu exigo respeito da sua parte. - Diz meu pai com seu ar estúpido
- Você perdeu o pingo de respeito que eu tinha por você depois de ontem meu pai. - digo o encarando
- Eu reconheço meu erro sofia mas eu espero do fundo do meu coração que você me perdoe e não só isso que um dia possamos ser uma família unida e feliz. - Diz ele bonançoso
- Acho que jamais vamos chegar a ser uma família. - Digo em um tom frio.
- Está errada sofia. Somos uma família você queira ou não, mas entendo sua raiva com seu pai e comigo. Falhamos com você e estamos aqui exatamente por isso para concertar esse erro. - minha mãe fala calmamente e serena me olhando nos olhos com seu jeito obstinado - queremos que você volte para casa, somos uma família e já passou mais do que da hora de colocarmos isso em prática. - completa minha mãe (me pegando de surpresa)
- Sinto muito mas isso não será possível, A sofia fica. - Ouço o tom autoritário de natasha
Minha mãe ao mesmo instante se vira para olha-la e solta um sorriso insultuoso
Isso foi o bastante para eu saber que ela afrontaria natasha e isso não é algo bom.
Minha mãe volta a virar de frente a mim, me olhando com o seu olhar firme e fixo - Eu não sou boba Sofia, sei claramente que você está tendo algo com essa moça. Porém me desculpe se eu ser um pouco indelicada agora, mas eu jamais acharia que você se deixaria a ser dominada por uma mulher tão... prepotente. - Minha mãe fala em um tom de superioridade fazendo eu e até meu pai regalar os olhos (natasha se aproximava até nós com o seu andado elegante e com um sorriso maligno no rosto, seu rosto estava livre de qualquer expressões faciais deem demostrar nenhuma emoção )
- Sandra não precisamos entrar em uma outra discussão. - Diz meu pai abismado
- Sandra, Sandra... sempre achei que você fosse uma mulher mais inteligente e adivinha? Estava errada. - natasha faz um biquinho perverso - natasha senta ao lado de minha mãe com um sorriso duvidoso no rosto - acredite, você não quer me ver e muito menos me ter como inimiga.. - natasha fala com um tom frio olhando em seus olhos
Pela primeira vez vejo minha mãe sendo intimidada por alguém.
- Você está me ameaçando? - pergunta minha mãe perplexa
Natasha apenas a olha fixamente
- Não mãe ela não está! Por favor natasha me deixe conversar com eles - peço compreensiva
- Não demora - Diz natasha depositando um beijo em meus lábios, pegando a mim e meus pais de surpresa.
- natasha...- a repreendo através de um sussurro a mesma solta um sorriso de lado e sai sem dizer ao menos um "tchau" para meus pais
Olho para elesq0
Apesar da minha mãe ter falado aquilo para afrontar natasha eu sabia que tinha verdade em suas palavras a natasha nunca tentou pôr limites em seu controle sobre mim talvez seja a hora de eu mostrar que eu posso tomar minhas próprias decisões.
- Vejo que sua adolescência ainda continua presente sofia. - Diz minha mãe com um olhar de desprezo.
- Claro para você minha sexualidade nunca passou de um momento momentâneo. Você é uma... - digo mas me calo deixando a frase no ar
- Mente fechada?... uma péssima mãe? - Pergunta querendo completar minha frase
- Uma desconhecida. - Digo com a voz falha.
- Ou será que eu fui somente uma mãe preocupada com os limites da filha? - era raro eu ver minha mãe triste mas essa era umas das vezes que vi seu semblante transparecer tristeza.
- O que você chama de preocupação eu chamo de desprezo. - falo a fitando fixamente, já poderia sentir a raiva percorrer por todo meu corpo.
- Desprezo? Eu jamais desprezei você. O que eu fiz com você foi o necessário para não deixar você jogar sua vida fora! E lá no fundo eu sei que você me agradece. - diz minha mãe se referindo o meu passado que eu sempre tentei passar uma borracha
- Você me internou mãe! Em uma clínica que até a técnica eletrochoque usavam e você nunca se importou com os choques diários e medicamentos descontrolados que aqueles médicos me dava! Eu jamais vou esquecer o que vocês fizeram comigo JAMAIS! - digo aos prantos ao lembrar do meu passado que tanto me atormentava.
- Como você acha que era para nós Sofia? Ver minha filha andando com pessoas erradas, usando coisas inapropriadas fazendo coisas absurdas fora do nosso controle... você estava perdida, eu tinha que fazer algo! - Declara minha mãe
- Eu só precisava que vocês ficasse do meu lado! Eu conseguiria superar tudo aquilo eu sei que eu conseguiria! -
- Nós erramos Sofia, tomamos decisões precipitadas não tínhamos controle da situação... estávamos com tanto medo de perder você - lamenta meu pai
- Vocês me perderam a partir do momento que decidiram me internar naquela clínica exorcista! - falo sem os olhar nos olhos, pois por muito tempo tentei apagar aquelas lembranças que tanto me atormentava e agora depois de muito tempo eu posso ver e sentir claramente tudo o que passei naquela clínica psiquiátrica
segurada por funcionários da clínica psiquiátrica onde estava internada, cada choque eu me debatia e gritava cada vez mais, gritos altos que se tornavam fracos e sem esperanças até chegar ao desmaio... eu realmente implorava para a morte me tirar daquele tormento diário.
Essas lembranças sempre vão assombrar0 e talvez eu nunca consiga superá-las
- Eu jamais vou voltar para aquela casa com vocês! Saíam. - ordeno mas não sou atendida, porém saio da sala por não aguentaria mais suportar o som das suas vozes.
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A Namorada Do Meu Irmão Gêmeo (LESBICO/LESBICAS)
RomanceDescrição dos personagens: Sofia 18 anos, dos cabelos médios loiros. Branca, com um corpo magro, olhos verdes e boca avermelhada, uma garota bastante atraente porém complicada com o seu passado sóbrio. Sofia vem de uma família tradicional, seus país...