37. A Festa de Ano Novo

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Respirar o ar puro e fresco do campo logo pela manhã com toda a certeza não tem preço, da varando do quarto de hóspedes pude ver a paisagem linda e gélida que aquele lugar tinha á oferecer, não me surpreendia os pais de Eduardo amarem tanto a fazenda La Rose.
Senti braços fortes envolverem minha cintura e logo fui preenchida de beijos por todo o pescoço, me fazendo cócegas, o que proporcionavam risadas.

-Bom dia, meu amor!-sua voz rouca indicava que acabara de despertar.

-Bom dia!-me virei para abraça-lo, abri o cobertor no qual estava enrolada, para cobri-lo também-Como dormiu?

-Confesso que não foi tão ruim assim, me enrolei em tantos lençóis e por fim adormeci!-Ele respondeu apoiando o queixo em minha cabeça-E você, conseguiu descansar?

-Sim, mesmo preocupada consegui dormir!-retruquei e ele sorriu-Não é engraçado, devia ter aceitado um dos quartos, estamos no inverno!

-Minha princesa não se preocupe, dormi confortavelmente porque você estava pertinho, então meu coração estava aquecido!-o homem lindo e gentil depositou um beijo no topo de minha cabeça-Não é melhor que dormir com você, mas deixarei passar...

Sorri revirando os olhos, ele me abraçou com mais força colando os nossos corpos para nos aquecer, seu cheiro invadiu meu nariz e tudo que pedi mentalmente para que aquele momento se eternizasse, repousei a cabeça em seu ombro e ficamos ali por um bom tempo, antes de ir fazer sua higiene pessoal.

O casal francês mais elegante de todo o País resolveu dar ao neto e a sua enorme família, uma festa de Ano Novo, e meu esposo não pensou duas vezes. Alugou até mesmo ônibus para que as crianças do orfanato e até Luna, viessem conosco, nos dividimos no grande casarão e já que a festa seria na nova estufa construída pelo meu marido, colchões foram espalhados pela sala de visitas, perto da lareira para que todos ficassem aquecidos durante o frio, no antigo quarto de Edu e em mais três quartos para que todas os trinta e dois meninos perdidos, contando com a Sininho e Nick, pudessem dormir confortáveis.
Os demais quartos foram destinados aos adultos, dividi minha cama com Sarah e nossos amados maridos, bom, esses dormiram em colchões no chão e com a ajuda dos aquecedores, todos ficaram aquecidos.
Não demorou para minha cunhada também acordar e se colocar em pé, o marido já tinha se levantado a um tempo, com certeza decidido a ajudar na cozinha, abracei a moça.

-Como dormiu?-perguntei curiosa.

-Como um anjo!-ela sorriu falando com bom humor-Meu esposo foi para a cozinha não, é? As vezes acho que ele gosta mais da cozinha do que da própria esposa!

Dei risada junto da mesma, meu esposo saiu do banheiro e abraçou a irmã, logo depois depositou um beijo em sua barriga.

-Minha vez!-a menina falou indo para o banheiro.

Eduardo me ajudou a arrumar a cama e empilhar os colchões, me sentei a cama e ele sentou ao meu lado, entrelaçando nossas mãos, deitei a cabeça em seu ombro.

-podemos nos mudar para cá?-perguntei com um leve sorriso.

-Eu adoraria, princesa!-Ele suspirou-Me sinto tão em casa aqui, tão perto dos meus pais...

-É que esse lugar é especial, carrega uma história de amor!-expliquei e ele concordou-E ela jamais será esquecida!

-É isso que eu desejo, quero que nossa filha cresça aqui, como meus pais queriam que tivesse acontecido comigo!-Ele tocou minha barriga, concordei sorrindo-Quero que ela cresça e que seus filhos também vivam o mesmo, esse lugar é o meu presente a ela!

QUANDO VOCÊ CHEGOU (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora