Parade

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Eram 3:00hs da manhã,cansada a proteção já me aguardava,a noite em Monique era quente e agradável,o desfile foi estupendo,vários negócios foram fechados era notória minha saciedade,felicidade meu ego e minha auto estima estavam um tanto quanto exarcebados está noite,mas não queria comemorar queria apenas deitar os cabelos ao travesseiro e ter meu merecido descanso,nos dirigiamos ao hotel,luxuoso e sofisticado,queria apenas me despir tomar um banho,tomar algum analgésico e acordar dias mais adiante com minha filha,que estava dessa vez aos cuidados do pai.

A noite exigia um look tendencioso e glamuroso,eu estava bela e estonteante em um vestido plissado em um tecido metalizado na cor marrom costas nuas que associado ao meu ligeiro bronzeado me conferia certa jovialidade, pulseiras ,brincos curtos e anéis da Tiffany que davam ao look sofisticação e delicadeza,calçava sandálias super altas Dolce e Gabbana meus cabelos estavam presos em um elegante coque com fios soltos e a maquiagem impecável embora a noite estivesse quase ao fim.Entrei no carro,na sequência respondi algumas mensagens em agradecimento, alguns e-mails dependentes,em poucos minutos já estávamos no estacionamento do hotel,os seguranças pararam o carro,me acompanhando sobem comigo ao elevador.

Saindo do elevador,meu telefone vibra e toca era Nacho desejando um bom descanso,mas irritada e cansada não me importei sendo ríspida e seca com ele,eu explodia de dor de cabeça,saindo do elevador termino a ligação e desligo telefone secamente.

-Boa noite,querida te amo.

-Boa noite,é claro,até breve.

Procurando minha chave na pequena bolsa:

-aonde diabos está minha chave,que dá acesso ao quarto...

Com voz autoritária e demandando ordem eu digo aos homens que se retirassem,para checar novamente o perímetro,eles saem por breves minutos quando aborrecida finalmente encontro as malditas chaves que caem das minhas mãos,me inclino tateo o chão as encontro e pego e devido ao cansaço e dor perco o equilíbrio ao tentar me levantar,com as chaves em mãos tentando acesso e digitando o código para liberar meu acesso sinto um cheiro amadeirado e refrescante inigualável quando curiosa tento me virar para identificar quem se aproximava sinto uma pressão incomoda,estranha e estranhamente paralisante...depois...nada.

A escuridão dominava exalando solidão.

Eu estava fraca e desorientada.Dias ou horas aqui não eu sei,e onde é exatamente aqui?

Eu tentava sentir os pulsos e tornozelos eu não sentia nada mais,acorrentada com os braços acima da cabeça e os tornozelos envoltos por correntes presas ao chão,sem mobilidade alguma,com os olhos cerrados eu desejava que tudo fosse um sonho,que tudo terminasse logo.Envolta em farrapos do que era um lindo vestido de gala eu não deixava de pensar na minha vida até aquele ponto,o único ruído que eu identificava era eram os pingos d'água que teimavam em cair constantemente de uma torneira próxima.

Eu estava gelada.

E por incrível que pareça a única coisa que me mantinha coerente, eram os pingos d'água.Coerência esta que eu perdia,que desaparecia quando ELE adentrava e quebrava a escuridão e a solidão. Seus passos eram ecoativos,firmes e fortes.

A porta se abre sua voz era carregada e ameaçadora,ordenou que abrisse os olhos .

-Abra os olhos Laura.Você deve estar se perguntando porque está aqui é bem simples e bem justificável na verdade.

ELE caminha lentamente para mim se ajoelha eu recuo igual a um animal que está ferido e acuado,mas sem escapatória,tento me soltar mais meus esforços são medidos e previsíveis fazendo me machucar ainda mais,seu cheiro amadeirado e refrescante como antes me causam ânsias ele não recuou um milímetro,sem nada no estômago os espasmos iam e viam ele aperta e agarra meu maxilar e ordena mais uma vez:

-abra os olhos se não quiser que eu os retire e os de souvenir ao seu querido e amado Marcelo Nacho Mattos.

Eu instintivamente bloquiei sua fisionomia,eu não via absolutamente nada tudo era um borrão sua silhueta era esbelta e alta e sua voz causava medo,sua voz não saia da minha cabeça.

-O que eu quero é causar dor,e isso começa, começa com um mérito seu na verdade,não é mesmo Laura?
Diga em alto e bom tom querida ele pode te ver e ouvir.

Diga a ele Laura porque abortou o filho dele?
-Como e porque Marcelo nunca soube desse aborto?
-Culpa sua?Será?
-Ê bem óbvio.

-Sim porque nòs sabemos que não foi um simples e espontâneo acidente.

-não é querida?

-Esta mentindo ele não pode estar aqui,ele está com a minha filha?

-Correto,sua filha ele não sabe sobre Stella sabe?

-Não faça isso,seu monstro ele a ama,ele me ama.

-Mas você não não é?

O Chefe da Máfia Espanhola,que ama uma mulher que ama outro,
O Poderoso Chefe da Máfia Italiana.

correto?

Laura,Laura,Laura você é realmente uma mulher muito atraente mas...

para mim você é uma vadia igual a qualquer outra e eu te usarei,te machucarei, você e a sua filha, e qualquer outra ou outro que possa nocautear Marcelo,entendeu?

-Por favor,faça o que quiser comigo,mas solte-a,solte-a,por favor!

-Não implore querida,ficaria surpresa com o que tenho no lugar do meu ccoração.

Disse beijando-me o canto dos lábios enterrando seu pescoço no meu,sentindo meu cheiro,comecei a chorar desesperadamente.

-shiiishiiiishiiiishiiii...calma querida você vai ser minha porque você é uma vadia como qualquer outra,e depois sua filha também será. Dizia quando beijava meu lábio,o mordo agressivamente:

-Não toque nela,não toque nela...gritei esbaforida e respirando apressadamente entre soluços.

Ele me esbofeteia o rosto revidando a mordida no lábio,que agora segurava para que não sangrasse.

-Sua vagabunda,fique feliz sua filha terá mais benefícios do que eu tive drogas, abusos,violência eu os tive todos os malditos dias da minha infância,o meu mundo me moldou,disse ajeitando o terno torto,e agora meu mundo moldará a sua filha.

-Não,não não naoooooo não....voziferei

-Sim,sim sim simmmmmm sim...interveio.

-Diga de quem ela é filha?Laura responda

-Ela é minha filha,minha filha.

-Sim mais termine Laura.. sua e de...

Laura diga ele tem ouvir da sua boca,antes que morra.

-Stella querida,venha até mim!

ELE disse estendendo a mão por entre escuridão e o vazio que dava para a única porta no ambiente.

Stella esticou as mãozinhas e ele a segurou.

-Olá querida mamãe quer dizer algo pra você.

Ele a apertava pelos ombros frágeis Stella me olhava paralisada e assustada e sussurrava baixinho:

-mamãe,mamãe, mamãe...

Agora eu sabia que não era um blefe,droga.

ELE colocou Stella sentada em uma cadeira.

-Eu Te amo filha,feche os olhos,não os abra.

Raivoso e alterado ELE me desprende das algemas que me prendiam,sem delicadeza alguma,agarrando pelo pescoço.

-Sua filha verá tudo o que eu fazer e depois eu vou te matar na frente dela,e dele...

-Está preparada?






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