Ela Me Enlouquece ( Finalizada )

Capítulo 57

Maiara*

Depois que o Fernando saiu daqui eu me joguei no sofá da sala e me permiti chorar tudo o que podia, eu estou me sentindo tão burra, mas não posso continuar com algo que parece que não
é pra acontecer.
Fiquei ali chorando até Maraisa chegar e vir me abraçar, ela me perguntou o que tinha acontecido e eu contei tudo pra ela, ela se deitou ao meu lado e ficou ali me dando o apoio que eu queria.

Mara: Vamos tomar um banho, depois vou fazer alguma coisa pra gente jantar.

Eu: Eu não quero comer.

Mara: Vamos só tomar um banho então, depois a gente se deita e eu fico lá com você.

Me levantei e a Maraisa foi comigo pro quarto, ela ficou me esperando na cama enquanto eu fui tomar banho, enquanto a água caía pelo meu corpo eu me permitia chorar e pensar na
cagada que eu fiz.
Por que eu sempre estrago tudo, eu só faço merda, só afasto as pessoas de mim.
Fazia tanto tempo que eu estava ali perdida em meus pensamentos até que ouço a Maraisa bater na porta e me chamar.

Mara: Irmã tá tudo bem?

Eu: Tá sim, já estou saindo.

Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha, fui até meu guarda roupa e separei um pijama, me troquei e a Maraisa foi tomar banho também, fiquei ali deitada na minha cama e foi inevitável não começar a chorar novamente, nem vi quando a Maraisa voltou pro quarto só senti ela se deitando ao meu lado e me abraçando.

Mara: Liga pra ele irmã.

Eu: Não posso, eu o magoei e agora ele está com raiva de mim.

Mara: É só dizer que se arrependeu.

Eu: Não posso.

Mara: Vamos comer então, enquanto você tava no banho eu fiz a janta.

Eu: Eu não tô com fome.

Mara: Mas vai comer sim, só um pouquinho, não quero você passando mal de novo.
Ela me convenceu a sair do quarto e então fomos pra cozinha, eu me sentei e ela nos serviu, eu não estava com um pingo de fome mas tinha que comer, só que eu não conseguia, a todo momento eu lembrava de como o magoei e meu coração se apertava ainda mais.

Mara: Irmã para de chorar. - Ela diz assim que percebe que eu estou chorando de novo.

Mai: Eu não consigo.

Mara: Quer que eu ligue pra ele?

Mai: Não precisa.

Mara: Você vai pra faculdade amanhã?

Mai: Claro, não posso parar a minha vida por causa dele.

Mara: E como vai ser quando você ver ele.

Mai: Não sei.

Fomos dormir e nondia seguinte eu acordei morrendo de dor de cabeça, tomei um banho e me arrumei, passei uma maquiagem leve no rosto pra disfarçar a minha cara e depois tomei um remédio pra dor de cabeça, tomei um café rápido e fui pra faculdade, chegando lá eu fui pra sala dos professores e ele não estava lá, agradeci por isso e me sentei, Clara logo chegou e me entregou a chave de casa e não disse mais nada. Sei que fui grossa com ela ontem mas não estou com cabeça pra ficar me desculpando, é
até bom não falar com ninguém agora, não quero ter que ficar me explicando, mas eu queria tanto o abraço da minha amiga.

Matheus: Bom dia Mai.

Eu: Bom dia Matheus.

Matheus: Como você tá? E a Mara?

Eu: Estamos bem, passa lá em casa mais tarde pra você ver ela.

A Clara só nos observava, deu o nosso horário então cada um foi pra sua sala, a minha manhã foi péssima, é horrívelter que fingir que está bem quando na verdade você só quer chorar. Quando eu estava saindo da minha sala pra ir
até a sala dos professores eu o vejo no corredor, ele estava horrível, parecia que não tinha dormido a noite toda.
Nossos olhares se cruzaram mas no mesmo instante ele desviou e virou as costas, que ótimo agora ele vai me ignorar, fui pra sala dos professores e deixei as minhas coisas lá, não queria correr o risco de ficar com ele na sala, ainda mais nesse clima então fui pro meu cantinho de paz, a moça da biblioteca já até sabia que quando eu aparecia lá é por que não estava bem.
Me sentei num canto mais afastado possível e fiquei ali até ter que voltar pra sala, fui até a sala dos professores e ele estava lá, tentei ignorá-lo mas não consigo.

Eu: Oi.

Fer: Olá. - Ele disse sem muita animação.

Eu: Você tá bem?

Fer: E você se importa com algo que não seja você mesma?

Ele disse e saiu da sala me deixando sozinha, eu comecei a chorar e na hora a Clara entrou, tentei enxugar as lágrimas mas foi impossível ela não ver. Ela se aproximou e me abraçou e ali eu desabei, ficamos no abraço por vários minutos até eu me recompor, agradecer a ela e voltar pra minha sala.