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Nikolai:

Eu não quero pensar mais em nada, eu só quero acreditar que tudo foi verdade e eu estou escolhendo o amor, e, eu preciso fazer isso, porque Cadu deixou isso em minhas mãos.

Em minha boca senti o gosto salgado de suas lágrimas. Lhe falei com o coração, e ele disse que era de alegria, meu coração também estava cheio de alegria, felicidade de escolher o caminho do amor. Eu não sabia o que fazer nem como fazer aquilo, mas eu o queria. Sorrimos um para o outro então o abracei e me joguei de costas naquele pastisal alto, não foi nem um pouco macio. Cadu riu e passei minhas mãos por sua camiseta a tirando, eu estava excitado, Cadu sentiu, esfregando em mim.

-Eu posso? - Perguntou ele com as mãos hesitantes na minha barriga.

-Não me pergunta Cadu, só... Me faz sentir...

-Tem cer... - Segurei sua nuca o puxando pra um beijo, rolei pra cima dele e suas mãos me ajudaram com a camisa.

-Seu cheiro é tão delicioso Cadu. - Sussurrei enquanto esfregava meu nariz por sua pele do pescoço a barriga. Lambi sua barriga e seu mamilo o fazendo gemer.

-Cadu... - Falei lambendo seu pescoço.

-Huum?

-Eu não sei como se faz isso, mas eu quero! -Confessei.

Ele tirou a parte de baixo dele.

-Eu... Não tenho preservativo.

-Somos dois virgens, não temos doenças então...

Cadu me girou subindo pra cima de mim, aproveitei pra tirar minha parte de baixo também, ele segurou com força enquanto eu pulsava e então o inesperado, Cadu abocanhou com tudo.

-Aí caralho! - Gemi. - Isso é... Aaaa...

-Bom né!

-Já experimentou? -Perguntei me contorcendo pra não gozar.

-Não, mas gosto dele na minha boc... - o girei rápido fazendo o mesmo com ele. - Aaaah Niko..

-Hummm... - Que delícia o ouvir gemer meu nome, isso é mais excitante do que tê-lo em minha boca.

E como em uma luta, Cadu voltou pra cima de mim, me beijando e lambendo era tudo muito excitante até ele esfregar nossos dois membros juntos e me beijar ao mesmo tempo.

- Você quer ceder ou quer que eu ceda?

-Quero os dois! -Gemi quando ele nos prensou mais. - Você me mostra como é?

Cadu cuspiu na mão e esfregou meu... Minha entrada, colocou um dedo bem devagar e eu gritei.

-Você está bem?

-Sim, é... Um misto de dor e prazer, não para.

Cadu seguiu me beijando enquanto ia aumentando a quantidade de dedos, quando fiquei confortável ele me fez abocanhar seu membro.

-Deixa bem molhado! - disse ele e eu o fiz, Cadu colocou bem devagar, doeu, mas o segurei com as pernas, ele ia gemendo junto comigo e pulsava a cada milímetro, me fazendo agarrá-lo com mais força. - Posso ir? - perguntou quando estava todo dentro de mim.

-Devagar! - Sussurrei.

E assim ele o fez, depois de algumas estocadas doloridas começou a ficar bom. Eu ia gozar só com ele dentro de mim.

-Cadu...

-Repete!

-Cadu... Argh...

-Vai Niko goza pra mim! -Sussurrou docemente.

Estocando lentamente e desmanchei-me em um orgasmo que fez eu sentir cada músculo, cada movimento a mais me fazia pular até sentir ele pulsar e jorrar dentro de mim, quando não aguentou mais o abracei e ele ficou esparramado em cima de mim. Ofegantes, Cadu rolou pro meu lado e entrelaçou nossos dedos. Ficamos olhando os vaga-lumes misturados as estrelas em nossa visão.

-Sabe Niko, tem uma canção brasileira que diz assim:

Vou caçar mais de um milhão
De vagalumes por aí
Pra te ver sorrir
Eu posso colorir o céu de outra cor
Eu só quero amar você
E quando amanhecer
Eu quero acordar
Do seu lado
Vou escrever mais de um milhão de canções
Pra você ouvir
Que meu amor é teu
Teu sorriso me faz sorrir
Vou de Marte até a Lua
Cê sabe já tô na tua
Não cabe tanta saudade
Essa verdade nua e crua...

Ele virou pra mim depois de tentar cantar a tradução que não ficou tão boa quanto ela deveria ser.

-Quero ouvi-la depois.

-Nikolai?

-Humm?

-Eu... Amo você com todo o meu ser!

-Eu também amo você com tudo o que sou, só... Tive medo de admitir isso.

-Mas por quê?

-Porque somos homens, não sou gay... Não era, talvez eu seja gay de um homem só! - Brinquei. - Estou confuso quanto a isso, só tenho certeza que amo você.

Cadu se calçou no cotovelo pra me beijar. Um dos cavalos relinchou.

-Vamos, precisamos ir! - Disse ele se levantando e procurando a roupa que por ser branca estava bem visível. Mas as sandálias as perdemos. Me beijou antes de eu subir no meu cavalo e que arrependimento de ter largado meu corpo.

-Au!

-Você está bem?

-Cara isso dói! - Falei o fazendo rir.

-Vamos devagar, sinto muito, na hora não pensei nisso...

-Ei, pare de se culpar ok, eu quis também.

Cadu sorriu. Levamos um tempão pra chegar, tomei banho primeiro, e o esperei na cama só de boxer, não aguentava mais aquele calor. Cadu se jogou a meu lado.

-Nunca pensei que eu fosse dizer isso... - O olhei. - Estou com saudades do frio.

Cadu riu me abraçando.

-Ah, mas agora você vai ter um aquecedor natural pra te esquentar nas noites frias! - Brincou ele.

-Vou é?! - Mordi seu queixo e ele riu.

-Isso dói.

-Gosto de judiar de você!

-Gosta é? - murmurou.

-Hurumm...

O sono pelo cansaço nos agraciava.
Acordei com buzinas e gritaria no pátio.

-O que é isso?

-O resto da família Becker!

-Caramba você tem muitos familiares!

-Não se engane, acho que você não percebeu ainda que sou indesejado, apenas minha mãe e meus oma gostam de mim, na verdade os oma não gostaram de saber que eu sou gay, mas minha mãe que é a única das filhas que cuida deles, ela me ama e disse que se não me aceitassem como sou ela também não iria permanecer nesta família.

-Sinto muito por isso!

-Não sinta! -Disse ele piscando o olho pra mim enquanto se vestia. - Eu tenho tudo o que preciso!

-Uma mãe que te ama?!

-Você! - Disse ele me fazendo sorrir corado, me deu um selinho. - É melhor corrermos pro banheiro, antes que a fila comece!

Me vesti correndo e fui com ele pro banheiro, depois descemos pra cumprimentar e tomar café, os oma de Cadu estavam muito felizes com a chegada daquele bando de gente loira e branca, dava pra ver que eram alemães mesmo.

Quando seus olhos me encontramOnde histórias criam vida. Descubra agora