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Nikolai

É desesperador ver sua amiga sofrer e nada poder fazer, ainda mais com o risco de morte a rondando.

"Se existe algum Deus permita que Anelise seja feliz e que tenha uma vida longa"

Ouvimos o choro e Anelise relaxou.

-Ane?! - Saltou Cadu.

-Estou bem.

-Venham aqui  papais! - Disse o médico e fizemos a volta ficando um em cada lado do médico que segurava nosso maior tesouro.

-Oi Amira! - Falei e ela abriu os olhos, olhando diretamente pra mim.

-Oi amorzinho! - Disse Cadu e o médico virou seu rostinho com o dedo e ela olhou para Cadu.

Eu estava aos prantos e Anelise ria de mim.

-Pare sua boba! - Falei indo lhe dar um beijo.

-Estou suada Niko.

-Obrigado Lise... Obrigado...

A enfermeira pegou Amira e eu fui atrás enquanto Cadu ficou com Lise.

-Ela é parecida com o senhor! - Disse a enfermeira.

-Ela é sim!

-Olhe só 3. 350 kg e 49 cm.

-Vai ser grandji como Cadu.

Eu ainda limpava lágrimas traiçoeiras, a enfermeira a vestiu e me entregou ela.

-Oi filha? - Amira sorriu e eu comecei a chorar mais.

A levei em meu colo para o quarto onde Anelise já seria trazida. Cadu entrou no quarto.

-Oi meu bem! - Sussurrou ele com a voz embargada.

-Olhe como ela é Linda!

-Posso pegar?

-Podji! - A passei pra ele ainda fungando.

-Oi princesinha. - Ele acariciou seu pequeno rostinho.

-Lise está bem?

-Sim, foi tirar leite, ela não quer amamentar diretamente Amira, porque tem medo de criar uma ligação, mas quer ajudar na alimentação.

-Que bom, eu extava preocupa com esso!

Cadu me deu um beijo, beijo salgado de lágrimas.

-Acho que alguém vai ter que me ajudar a estudar pro vestibular.

-Graças aos céus! - Disse Cadu.

Fui ajudar a enfermeira a colocá-la na cama.

- Posso pegar minha afilhada?

-Claro! - Disse Cadu a trazendo pra Lise.

Ela a aninhou nos braços e sorriu.

-Oi bebê, me desculpe por não ter conseguido ser sua mãe, mas eu tenho certeza que você será muito feliz com seus papais.

Amira, então começou a chorar.

-Acho que ela quer os pais! - Disse Lise.

Prontamente fui pegá-la.

-Náo chore princesinha. - Murmurei.

Amira parou de chorar e colocou as mãos na boca. Bem na deixa uma enfermeira trouxe leite em uma mamadeira que tínhamos comprado, Amira mamava segurando o dedo de Cadu e olhando firme em meus olhos, fazia sons manhosos.

-Ela é tão linda!

-Meu peito... Extá cheio - Falei. - Como se dix
overflow in portuguêx?

-Transbordando.

-Esso, extá tranxbordando dji amor!

-Sinto o mesmo Niko e sinto pelos dois.

...

Não consegui dormir os primeiros dias com a história de Amira estar em outro quarto, Cadu estava dormindo quando resolvi arrastar o berço dela que graças aos Deuses tem rodinhas, levei pro nosso quarto, amanhã teríamos que voltar as aulas, conseguimos apenas 4 dias de licença paternidade da faculdade. Não sei se tenho coragem de deixá-la com as avós babonas, não que eu não confie nelas, não é isso, eu só não sei se eu conseguiria ficar longe dessa coisinha mínima que tomou conta do meu ser.

Pela manhã Cadu me acordou com carinho em meus cabelos. Senti a mãozinha da Amira apertando meu dedo, meu braço dentro do berço.

-Vamos nos atrasar Niko! - Sussurrou.

-Não quero ir!-Murmurei.

-Vamos ganhar falta sem justificativa...

Me virei pra ele soltando o dedo da Amira e lhe dei um beijo, cheio de preguiça no corpo.

Toc toc

Droga. Cadu se levantou e foi atender.

-Imaginei que estivesse aqui! - Disse minha sogra aos sussurros.

-Niko a trouxe.

-Vão pra faculdade, eu fico com ela.

Me levantei de arrasto dei um beijo nela.

-Bom djia mama!

-Bom dia meu filho! - Disse ela me fazendo um carinho.

Deixei minha filha com um aperto no coração, Cadu acariciava minha coxa enquanto eu dirigia.

-Estou sentindo o mesmo! - Murmurou ele.

Forcei um sorriso peguei sua mão beijando a palma de sua mão. Durante a semana foi uma tortura as horas que ficavamos longe de Amira. Eu não tinha mais vontade de estudar, minha cabeça estava em outro lugar. Sexta feira a tarde pegamos a estrada e fomos nós os três pra praia do Rosa, onde pra mim deveria se chamar de paraíso. Pensa no som do mar na sua casa, o cheiro da maresia...

-Você gosta mesmo daqui! - Comentou Cadu quando abri as portas janelas da casa.

-Muito!

Pedimos comida japonesa e jantamos na sala ouvindo música enquanto Amira dormia ao nosso lado. Cadu era puro sorrisos principalmente quando eu enfiava comida na boca dele. Então estrondos e uma ventania começou, os raios no mar eram divinos de assistir. Fechei as portas por causa do vento que começou a ficar mais forte.

-Isso se chama viração.-Disse Cadu me abraçando por trás.

-Apesar dji dar medo, veja como é bonito!

-Você é bonito!-Sussurrou beijando meu pescoço e me arrepiando.-Você é meu paraíso sabia?

Me virei de frente pra ele, passando os braços por seu pescoço, sua pele sempre quente como o sol era um convite tentador, seus braços apertaram mais e levantou me, encaixei as pernas em seu quadril sem parar os beijos, então veio o estalo.

-Amira?!

-Está dormindo do lado da nossa cama! - sussurrou ele mordendo meu pescoço, lambendo meu maxilar até os lábios. - Você está delicioso meu bem!

Sorri entre os beijos, tenho até medo de que toda essa felicidade se esvaia. Não quero pensar nisso agora. Só quero curtir estes músculos durinhos e está pele bronzeada.

Quando seus olhos me encontramOnde histórias criam vida. Descubra agora