Aqueles olhos quando me encontram eu consigo sentir, consigo ver mesmo de olhos fechados que ele me encara, e não entendo por que luto contra isso. . . É como se já nos conhecêssemos de outras vidas.
Está história arco-íris conta sobre uma vida pass...
Pela manhã a chuva estava bem fininha, quase como uma névoa, o som do mar estava forte o que eu adorava, o cheiro da terra molhada, eu amava os cheios, sons, as cores variadas da natureza deste lugar te fazem sentir no paraíso faça chuva ou faça sol. Acordei quando Cadu colocou Amira no nosso meio.
-Desculpa amor, não queria te acordar, mas Amira sentiu fome antes da hora.
-Essa chuvinha da fome mesmo.
-Quer café na cama? - perguntou enquanto eu me espreguiçava.
-Deixa que eu faço! - falei dando um beijo e um cheiro no pescoçinho de Amira e depois em Cadu.-Eu amo vocês!
-Nós também te amamos!
Fui até a cozinha e comecei a prepara sanduíches enquanto esperava a água aquecer pra passar o café. Olhando pela janela vejo uma baleia levantar a cauda.
-Cadu?!
-Oi amor?!
-Vem ver uma baleia!
-Que incrível! - saltou ele ao ver a baleia levantar mais de meio corpo pra fora e depois levantar a cauda.
Estávamos tomando café a mesa, com Amira balbuciando no carrinho.
-Sabe... sinto como se eu não tivesse mais vocação para o que estou estudando...
-Te entendo! - falei. - Como se a única vocação fosse ser pai dessa coisinha linda!!
-Isso, sinto que quero largar tudo e vir pá cá, cuidar de vocês, curtir essa felicidade enquanto Amira é pequena e depois quem sabe pensamos em algo pra fazer, Agra temos condições financeiras e...
-Eu topo!
-Sério?!
-Hurum, quero passar os dias assim com vocês, não quero me preocupar com hora e nem com notas, se temos essa oportunidade de usufruir desse dinheiro por algum motivo é.
-Tem razão, nada é por acaso! - disse ele suspirando e depois me dando um largo sorriso. - Quero um cachorro!
-Vai juntar a sujeira dele?
-Hammm... Talvez, tá esquece!
-Pode ser um gato!
-Vamos esperar Amira estar mais madura pra isso.
-Tá bem!
...
E assim os meses se passaram, nós três naquele paraíso.
Compramos um terreno ao lado da casa e construímos um albergue, vem muita gente de vários países, é uma boa fonte de renda e conhecemos muita gente. Lise se formou no fim do ano passado e foi trabalhar em uma emissora americana, está muito feliz pois conheceu um rapaz do mesmo meio artístico. Tia Flávia se casou com um amigo de infância e está grávida de gêmeas. Mama se divide entre nós e a pousada da tia, vamos a cada 10 dias a Florianópolis fazer compras pra casa e pro albergue. Amira está em uma escola estadual em Garopaba, e adora ser levada por nós. Eu vejo o sorriso dela enorme quando nos vê na saída da escola, é uma criança amável e cheia de talentos.
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... 2020
-Maria nos ligou.-comentou Cadu.
-Como ela está?
-Disse pra gente tomar cuidado, tem um vírus se espalhando pelo mundo, ela tá presa em um apartamento na Itália, não pode sair nem pra ir ao mercado.
-Será que isso vai chegar aqui?
-Vamos dar uma olhada nas notícias.
Entramos no Google para pesquisar sobre o assunto, médicos estão sendo convocados pra trabalhar e uau o negócio é sério mesmo. Suspirei me jogando pra trás no sofá.
-Já pensou se nós tivéssemos nos formado?
-Eu seria egoísta e não sairia do lado de vocês.
-Eu acho que também faria o mesmo, desistimos na hora certa.
-O que vamos fazer se isso chegar ao Brasil?
-Bom, primeiro vamos ter que cancelar os hóspedes, pois é de fora que isso vem.
-E nossos funcionários?
-Bom, posso mantê-los com o dinheiro que entrou no fim do ano, mas temos que fazer isso por Amira.
...
Então tudo começou a dar errado no nosso país, bom já tinha começado a dar errado quando escolheram um louco como presidente, e eu não arriscaria a vida da minha família. Fechamos o albergue, alguns funcionários quiseram ir para outros empregos, mesmo a gente oferecendo pra que ficassem em casa e a gente pagando, ficamos apenas com um casal que vai vir ao albergue para limpar uma vez por mês, vamos manter seus salários. Amira não ficou feliz por ficar afastada dos coleguinhas, fazia amizade muito fácil e sabia falar um pouco de cada língua, cada viajante deixava um ensinamento novo pra ela que hoje está com 7 anos.
-Vamos acordar nossa princesinha? - perguntei a Cadu que se estava morrendo de preguiça ao meu lado.
-Só depois de você abaixar isso aqui! - disse ele pegando minha mão e descendo por sua barriga até chegar aquele monumento de pé.
-Preciso de alguns minutos pra isso.
-Amira custou a dormir, duvido que acorde cedo.
Beijei seu pescoço e subi pra cima dele.
-Hummm... - gemeu ele ao me sentir sem roupa também. - Acho que eu não era o único com más intenções.
-Você sabe que sempre estou com essas intenções!
Ele passou os braços por minhas costas me abraçando enquanto cheirava meu pescoço me jogou ao seu lado subindo pra cima de mim. Estendeu a mão pegando o gel sem tirar os lábios dos meus enquanto eu levantava o volume do som.
-Espera! - falei o empurrando e indo passar a chave na porta, morro de medo que Amira nos pegue.
Quando voltei aquele monumento brilhava lubrificado, subi na cama engatinhando para ficar de quatro, mas ele me virou.
-Quero olhar em seus olhos quando eu preencher você Niko. - ronronou ele.
Minha pele ficou quente com sua voz rouca, Cadu me lambeu e foi subindo até meu pescoço e ali se demorou enquanto ia penetrando lentamente até a base. Rosnou em meu ouvido me levando ao êxtase. Passei as pernas por sua cintura e encontrei seus olhos sempre ternos, sempre tão cheios de amor que fazia meu corpo querer se fundir ao dele. Eu não tinha dúvidas que ele era minha alma gêmea. Que eramos apenas uma pedaço um do outro e só nos completávamos quando estávamos nos tocando.
-Te amo Cadu, te amo pra sempre. - falei viajando naqueles olhos castanhos e foi como viajar em um tempo que não existiu.