32. DEPLORÁVEL ESPETÁCULO (revisado)

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Quando Ricardo se levantou da sua cadeira e desceu para buscar o celular da mãe Morgana fez sinal para que ela ocupasse o lugar do marido, que por ventura era ao seu lado. Um pouco envergonhada a secretária sentou sem dirigir nenhum olhar direto a mulher, já sabia o que estava por vir: perguntas e mais perguntas. A meses a loira  pede o nome da amante do marido, mas isso era uma tarefa nada gratificante, afinal como explicar que não era a amante e sim "o" amante que estava por trás da crise do casal?

—O que tá acontecendo? —Sussurrou a loira para ela. —Você e sua investigação só andam em círculos e até agora não me disse ainda quem ela é?

—Senhora, eu... — Se endireitou no banco e a encarou.

De repente as palavras do pai de Ricardo soaram em sua mente, "Morgana não ter percebido ainda é compreensível, ela é uma loira burra." Engoliu sentindo pena da mulher que estava afundada numa família onde todos pareciam desprezá-la de um jeito ou de outro, porém sentir dó de Morgana não lhe garantiria um novo emprego se fosse demitida pelo sogro dela.

—Nada de senhora, me chame pelo meu nome. —A mais velha pôs os cotovelos sobre a mesa se apoiando. — O que tá escondendo de mim Karen? Você é inteligente, sei que já deve saber quem é. Só não sei porquê protege essa pessoa.

Umedeceu os lábios sem conseguir formar uma frase pra responder àquilo. Óbvio que não queria proteger Vítor e sim a própria Morgana de tanto sofrimento, sabia que descobrir tudo iria acabar com sua vida e  tudo o que conhecia. E principalmente tinha que proteger a si mesma, não podia perder seu emprego.

—Olha, eu sei que... —Começou a se justificar

—Desculpe interromper a fofoca meninas, —O novo patrão falou em um momento oportuno. — mas seu telefone não para de Tocar Karen.

— Ah céus. —Ela levantou colocando seu copo de refrigerante sobre a mesa. — Desculpem, vou atender.

Praticamente correu até sua mesa e tirou o telefone do gancho. Ao colocar no ouvido a voz de Arthur saiu nervosa, totalmente incomum para ele.

Até que enfim. —O senhor exclamou com a voz assustada. —O senhor Ricardo tá querendo morrer, só pode!

—Ei ei, calma!—Disse em resposta.— O que o ele fez?

—Um vagabundo veio fazer escândalo no portão e ele não deixou que o segurança chamasse a polícia. Agora ele o tal arruaceiro estão brigando na rua.

—O quê? —Se apoiou na mesa em choque. Respirou fundo sem saber o que dizer. —E-eu...

—O que houve? — Marcelo a seguiu até sua mesa curioso.

—Arthur, estou descendo. —Finalizou a ligação e olhou pro homem a sua frente que esperava uma resposta. — Seu Ricardo está brigando na frente da empresa lá embaixo.

—Como é que é? —O homem ergueu uma sobrancelha e esperou mais esclarecimentos.

—Olha, vou até lá. —Levantou as mãos. — Só não deixe Morgana sair e ver isso. Por favor!

—Claro, madanrei ficar na sala mas eu também irei até lá. —A essa altura Karen já se dirigia ao elevador. —Espere!

Sem tempo para esperar, a cacheada apertou o botão do elevador porém estava ocupado, merda. Na sua impaciência desceu pelas escadarias e chegou ao último lance exausta com a descida, O que eu não faço pra tentar deixar dona Morgana feliz?. Na recepção pode notar a movimentação de curiosos; clientes e funcionários assistiam da entrada o show de horrores que acontecia no meio da rua, se lançou no meio da pequena aglomeração.

Mensagem Proibida (Em Revisão E Mudanças)Onde histórias criam vida. Descubra agora