Mensagem Proibida (Em Revisão E Mudanças)

35. ENTÃO É VERDADE? (revisado)

Karen cortava as salsichas que usaria para fazer o jantar, não estava com ânimo para descongelar carne e cozinhar depois do dia cansativo que tivera, então para matar a fome misturaria o embutido com o macarrão já feito. Pensar no que aconteceu mais cedo era inevitável durante o processo, Como ele sabia que sei Ricardo tinha um caso com Vítor? O que ele queria dizer com aquelas palavras? Ele era namorado de dele? Balançou a cabeça tentando encaixar as peças daquele quebra-cabeça em sua mente.
De repente seu celular, que estava na mesa perto, tocou e ela soltou a faca sobre a tábua de corte.

—Alô? — Atendeu sem dá muita importância.

—Você mentiu para mim! Meu filho era amante de um empregado! Um empregado pago com meu dinheiro.

—Seu Ricardo... —Gelou ouvindo o grito histérico do idoso. —Do que está falando?

—Não se faça de idiota, eu já sei de tudo. —As palavras do homem saíam afiadas como facas. —Vítor Almeida, esse é o nome do depravado que dorme com meu filho.

—Eu não fazia ideia, —Se defendeu se jogando numa cadeira sentindo suas pernas tremendo. — no local de trabalho eles nunca demonstraram nada, eu juro.

—Eu devia te pôr na rua por acobertar isso.

—Seu Ricardo, por favor... —Suplicou com o coração apertado. —Eu não sabia de nada.

Do outro lado da linha o homem soltou o ar numa respiração ruidosa.

—Se quiser continuar trabalhando no me escritório melhor mandar todos documentos que tem a ver com ele para mim amanhã. Quero saber onde mora, com quem mora, onde nasceu, tudo!

—Sim, eu mando tudo amanhã, eu juro. —Mordeu o lábio apavorada, tinha que se manter no emprego custe o que custar. —Terá tudo o que precisa em mãos amanhã.

—Minta para mim outra vez e você vai se arrepender amargamente, eu juro! Fora tenho que ir, preciso tomar as rédeas dessa situação antes que tudo acabe piorando, e não esqueça: não conte nada para a Morgana. —O homem sentenciou desligando na sua cara.

Abriu a boca para protestar mas era tarde, a ligação já tinha sido interrompida.

—Que ódio, — Soltou o aparelho sobre a mesa, a aparelho deslizou sobre a toalha da mesa. — tava demorando pra isso acontecer. Isso, vamos punir a secretária pela safadeza dos outros.

Se voltou para salsicha e jogou numa panela com óleo para fritar tentando deixar a lotação para lá, Calma Karen, tudo vai dar certo. Logo tudo isso acabará, mentiu para si mas não podia fazer muita coisa para se convencer. Tudo só piora, isso sim. Morgana de um lado querendo saber a verdade e o sogro do outro tentando impedir que a verdade venha à tona. Olhou o embutido fritar enquanto pensava. Enquanto fritava o alimento ouviu barulho vindo da sala, olhou sobre o ombro em viu Jefferson andando pela casa, estava sério e com cara de poucos amigos.
Quando chegaram em casa mais cedo ele se trocou e saiu sem dizer nenhuma palavra, o que era estranho.

—Tudo bem? — Perguntou tentando puxar assunto quando ele foi até a geladeira beber água, mas ele não respondeu novamente.

Karen serviu o macarrão com salsicha em dois pratos e empurrou um para o lugar que correspondia a Jefferson e se sentou para comer. Será que que ele está bravo por causa do jantar? É muita infantilidade da parte dele não me responder por isso, ele que lute se quiser comer outra coisa, não sou cozinheira. O homem sentou de frente para ela e se pôs a comer sem ânimo como se apenas levasse a comida a boca para recuperar as forças.
Alguns minutos foram tudo o que ela aguentou recebendo aquele tratamento.