3. SURPRESA INCRÍVEL

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A sua menstruação estava atrasada haviam meses, seu marido a recomendava procurar um ginecologista preocupado com alguma possível doença, porém foi apenas quando quase desmaiou na fila do shopping que Morgana reconheceu que não estava bem como acreditava estar. Ao se consultar com seu ginecologista falou sobre o que sentia e ele lhe passou alguns exames e agora retornava para entregar a ele os resultados, e isso a deixou nervosa.

— Pronta? — Doutor Cláudio perguntou, era claro que ele havia notado sua expressão preocupada.

— Sim, eu estou. — Disse roendo as unhas da mão esquerda.

— Certo, vamos lá. — O idoso me endireitou em sua cadeira.

O mais velho abriu a pasta que ela trouxera com seus exames e começou a abrir cada envelope com calma.

— Seu colesterol está normal, o hemograma também... — Ele abriu outro envelope e examinou através das lentes do seu óculos. — Seu coração está ótimo, — Outra folha examinada. — ah...

Ele balançou a cabeça quando disse isso, o sinal foi claro o suficiente para Morgana ficar ainda mais nervosa.

— O que houve? — Perguntou sem disfarçar sua preocupação. — É muito grave, doutor?

— O beta HCG quantitativo... — Ele respondeu sem dá grandes detalhes.

— E daí? — Franziu as sobrancelhas, não recordava para que exatamente esse exame servia. — O que tem de mais?

— É o exame indicado em casos de suspeita de gravidez. — Ele abaixou a folha e voltou a olhá-la nos olhos. — Durante a gestação há secreção de um hormônio chamado Gonadotrofina Coriônica Humana, este hormônio pode ser testado tanto na urina quanto no sangue materno para realizar o diagnóstico de gestação.

Pera aí, foi o que eu entendi? Piscou desacreditada do que tinha acabado ouvir.

— Então quer dizer que..? — A ideia pareceu loucura, mas uma loucura boa.

— Isso, — O homem careca sorriu, ele cuidava dela a anos e de certa forma era íntimo da sua paciente. — você está grávida, meus parabéns.

Seu queixo caiu, sempre quis ser mãe, no entanto a rotina cansativa do marido não a deixava conversar com ele sobre quando teriam filhos. A pressão que Ricardo sofria para estar a altura do pai era imensa, principalmente depois que ele acabou ganhando a direção do escritório e ela não queria pressionar o amado ainda mais com isso, afinal, ainda eram jovens e podiam esperar um pouco mais até que ele evoluísse na carreira. Mais pelo visto o destino me deu uma força.

O senhor tem certeza? — Perguntou já chorando de emoção.

— Tenho, — O ginecologista devolveu todos os exames para dentro da pasta novamente e empurrou em sua direção. — vou solicitar que a senhora faça um ultrassom para ver como o feto está e volte aqui comigo para iniciar o pré-natal, tudo bem?

— Tudo. — Respondeu animada. — Mal posso acreditar, eu vou ser mãe!

— Você será uma ótima mãe. — Ele disse com seu ar paternal.

— Obrigada, muito obrigada. — Limpou os olhos e ficou de pé. — Eu nem sei o que dizer.

— Se cuide senhora. — O médico sorriu e também ficou de pé para acompanhá-la até a porta.

Se despediu do médico e foi até a recepção da clínica entregar o pedido para o ultrassom, não iria esperar para o dia seguinte, queria ver seu filho agora e assim o fez. Depois de solicitar o exame foi para o andar de baixo e esperou sua vez na fila da ultrassonografia. A ideia de ter um pequeno ser se formando dentro de si era a coisa mais linda que podia imaginar, gostaria de ter o poder de acelerar o tempo para ter a criança em seus braços de uma vez, Ricardo vai amar isso, eu sei. Essa criança vai ser tão linda quando ele.
Enquanto o atendimento de outros pacientes avançava ela bebia água como fora mandada, copo a copo foi se sentindo como uma caixa d'água prestes a explodir, até que a chamaram.

Mensagem Proibida (Em Revisão E Mudanças)Onde histórias criam vida. Descubra agora