12. CHEIOS DE LUXÚRIA (revisado)

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Tenho que ir.  — A voz de Tomás quebrou o silêncio da manhã pacata que se iniciava no glorioso estado do Amazonas. — Obrigado pelo sofá.

— De nada...  — Levantou com a cabeça pesada para se despedir do amigo.  — Precisava levantar tão cedo? São 6 da manhã.

— Preciso, tenho que cuidar das minhas coisas, moro sozinho. — Falou enquanto ajeitava o cabelo sentado no sofá onde passou a noite. — Só tenho tempo quando chego do trabalho, e ontem nem passei em casa, a bagunça que deve estar... Nem quero imaginar!

— Hum, tá bom então... — Vítor se arrastou cheio de sono para junto do estagiário. O advogado estava de cueca e camiseta enquanto o amigo usava um par de roupas cedido por ele. — Te vejo no trabalho.

— Certo, como vai sua ressaca?   

— Como acha que estou? — Fixou os olhos cheios de remela no olhar curioso do amigo enquanto se jogava no sofá onde o outro estava até alguns segundos atrás.

—O que eu acho querido? Eu acho que você exagerou de novo!    —Ficou de pé e se voltou para o outro.   —Você ficou completamente louco ontem.

—É, eu desconfio disso...

—Olha só viado, eu te amo como um irmão, sabe disso, né?

—Claro que eu sei.   —Bocejou e cobriu a boca, suas próximas palavras saíram abafadas.   —Por quê?

—Por quê?   —Colocou uma mão no peito e fez uma careta.    —Eu fico preocupado, você não está bem, bebe demais para tentar se consolar sobre algum problema.

—Você tá exagerando. 

—Não começa, eu sei que você não vai me contar.   —O loiro agitou a cabeça. —Afinal, seu melhor amigo não tem importância. Mas pensa bem; conversar sobre isso pode ajudar.

—Que drama.   —Levantou do móvel e deu alguns passos abrindo a porta da sala que dava para a rua.  —Eu estou bem, eu juro.

—Aí mona, quer se enganar tudo bem.    —O mais jovem se dirigiu em direção a porta.  —Mas nada de beber hoje, tá bom?

—Sério?  

—Sim, aí de você se colocar uma gota de álcool na boca.    —Ameaçou levantando a mão fingindo que ia espalmá-lo.

—Ok ok, nada de álcool hoje.  —Abraçou Tomás.  —Prometo.

O loiro o envolveu nos braços e passou ambas mãos em sua costa de modo afetuoso. O carinho de Tomy era extremamente caloroso e acolhedor, amava a energia que emanava do amigo, se sentia seguro com ele ali tentando protegê-lo em seu colo. Você não merece que eu minta para você, mas eu não estou pronto. Desculpe.

—Tchauzinho, amanhã devolvo suas roupas.  —Saiu se despedindo com um aceno.

Que bosta ter que ir trabalhar daqui a pouco ressacado desse jeito, puta que pariu., pensou olhando o outro se afastar a passos lentos, um cheiro de café passado se espalhava pelo ar denunciando que dona Clara, a vizinha fofoqueira, já havia acordado cedo também, claro, tem que levantar cedo. A fofoca não se faz sozinha. Como estava apenas de cueca logo trancou a porta e se jogou no sofá.

—Vou tomar um banho, daqui a pouco preciso trabalhar... —Setenciou para si mesmo.

Depois que saira do banho descobriu que havia recebido uma mensagem de Karen avisando que recebeu o dia de folga, levantou as mãos aos céus e agradeceu por isso. Estava em cacos e só queria passar o dia deitado no sofá vendo tv na companhia de Nenê, seu cãozinho amável e assim o fez. Passou pela sua cabeça em ir até o mercado e comprar cerveja para tomar sozinho mas Tomás ficaria chateado com ele, mas se ele não souber... Não, não vou fazer isso com ele. Decidiu passar  horas seguidas assistindo séries, filmes, porno gay entre outras coisas.

Mensagem Proibida (Em Revisão E Mudanças)Onde histórias criam vida. Descubra agora