18. CHANTAGEM (revisado)

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Prontinho.  — O moreno sorriu para ele.  — Agora está bem melhor.

Ricardo fez um curativo em seu rosto que ficou muito melhor que o de Tomy. Vítor olhou o resultado através de um espelho de mão, seu rosto ainda estava um pouco vermelho ao redor do nariz, mas pelo menos estava bem menos inchado que no dia anterior, Esse maldito sabe bater na cara de alguém com força, pensou ainda um pouco triste pelo o que Nil lhe fizeram no dia anterior, mas olhando pelo lado bom, o chute praticamente não doía mais.

— Obrigada Ricardo. — Jogou o pequeno espelho que o outra lhe dera sobre a cômoda.  — Ficou bem melhor mesmo.

— Calma, não quebre. — O moreno brincou caminhando com sua maleta de primeiros socorros de baixo do braço, estava indo guardar o item de volta no banheiro. — Ainda quero o espelho.

— Foi mal. — Se desculpou enquanto admirava o outro caminhar de volta pra cama apenas de cueca. — Não tive intenção.

— Acredito. — O mais velho se jogou na cama ficando de peito para cima, seu sorriso safado estava de volta em seu rosto. —Vem cá. — Ele o puxou  para cima de seu peito e começou a acariciar seus cabelos. — Não vai contar mesmo o que aconteceu?

— Ah... — Faltaram palavras para ele naquele momento. Se eu mentir de novo talvez ele me deixe, mas se eu contar a verdade... Não queria admitir nem em pensamento que era um frouxo, não bastava apanhar igual um cachorro na rua, Não posso falar, seria como reviver aquela humilhação.  — Deixa pra lá amor...

— Como assim "deixa pra lá"?    — O moreno levantou seu queixo com a ponta dos dedos o fazendo olhar em seus olhos. — Alguma coisa está acontecendo, como posso fingir que tá tudo bem? E se amanhã esse soco virar uma facada ou uma surra completa? Nem sei o que vai ser de mim se te machucarem pra valer.

Ficou em silencio, decidiu que não ia mais falar disso, era doído e só queria fingir que a noite anterior não existiu. O olhar do patrão era seu ponto fraco, se sentia nu quando ele o encarava com aqueles olhos profundos e cheios de vida, Bom de certa forma estou praticamente nu aqui deitado só de cueca. Se levantou da cama ao lembrar de um coisa.

—Onde vai?  —Ricardo questionou.

—  Colocar meu celular pra carregar, ele desligou. — Respondeu pegando o aparelho e o carregador do bolso da calça que estava em cima da cômoda com outras coisas suas. — Esqueci de fazer isso mais cedo.

Colocou o carregador na tomada da parede e conectou o celular que se iluminou voltando a ligar automaticamente, a ele e voltou para a cama, repousou o rosto no peito do outro novamente, era bom sentir seu coração palpitar.

—Vem cá.  —Ricardo o puxou.

Se beijaram por alguns minutos, apenas um beijo suave sem segundas intenções, até o seu celular começou a tocar.

—Que merda.  —Exclamou separando sua boca dos lábios do outro.

—Deixa tocar. —O mais velho pediu.

—Preciso ver quem é, pode ser importante.    —Saltou da cama e atendeu o aparelho que estava sobre a cômoda.   —Alô.

Até que enfim...   —Era Karen. Ela  começou do outro lado, sentia o nervosismo em sua voz.   — Onde Tomás foi se meter? Assim que íamos saindo a polícia apareceu!

—O que?   —Seu coração gelou ao ouvir isso, sabia que Nilson tinha parentes na polícia mas não sabia que era tão podre a ponto de usar sua influência pra tentar prejudicar alguém.  —O que aconteceu Karen?

Mensagem Proibida (Em Revisão E Mudanças)Onde histórias criam vida. Descubra agora