Mensagem Proibida (Em Revisão E Mudanças)

34. NÃO VOU PERMITIR (revisado)

Chegou ao apartamento com passos rápidos e furiosos, Marcelo vinha logo atrás preocupado com ele. Estava óbvio que queria discutir sobre tudo o que aconteceu naquele dia horrível, mas Ricardo só sentia ódio e queria ficar só, assim poderia beber e se lamentar em paz. Por que Nil tinha que aparecer? Por que logo o Marcelo para me substituir? O que tá acontecendo com minha vida? Primeiro Vítor some e agora essas tantas surpresas caem no meu colo como uma bomba.
Quase não conseguiu abrir a porta, suas mãos tremiam de raiva.

— Não adianta fingir que não está me ouvindo. — Marcelo insistiu em puxar conversa.  —Não saio daqui sem ouvir uma boa explicação.

Abriu a porta.

—Explicação? —Parou em sua frente, estavam dentro do apartamento agora, ao lado da janela do seu apartamento. Um nova tarde chuvosa se formava lá fora combinando com com seu dia cinza. —O que não ficou claro? O grande Ricardo transa com funcionários e dorme com homens. Não ouviu aquele filho da puta falar em alto e bom som? Mas eu mato ele, te juro!

Seu rosto queimava de raiva e dor, queria comprar um passagem só de ida para um país distante, onde nunca poderiam encontrá-lo.

—Ricardo, meu amigo. —O homem o agarrou pelos braços o encarando com seu olhar acolhedor. —Somos amigos desde a infância, não vim aqui te julgar. Só quero conversar. Pode ser?

Os dedos fortes de Marcelo estavam cravados em sua pele, o prendendo com força e essa sensação foi estranha, de repente Ricardo relembrou dos tempos em que era garotos e do sentimento que nutria pelo outro, Demorei muito tempo pra perceber que ele fora a minha primeira paixão, é muito estranho pensar na coincidir de voltar a vê-lo depois de 20 anos. Reconsiderou sobre a conversa, estava com segredos demais no armário e quem melhor para ajudá-lo naquele momento senão o melhor amigo? Queria contar para alguém sobre sua vida senão ia explodir de raiva.
Baixou os olhos tomado de vergonha.

—Certo, vamos conversar... —Baixou a guarda.

—Isso. —O seu sorriso enorme e cheio dentes perfeitamente alinhados se fez presente nesse momento no rosto do amigo. —O que tá acontecendo com você Ricky?

—Tanta coisa. —Começou a falar enquanto ia até sei sofá e se sentava. —Eu não sei como deixei tudo ir tão longe desse jeito, aa coisas deveriam ser mais fáceis.

—Conta pra mim... —O outro se sentou ao seu lado e pôs a mão no seu ombro tentando incentivá-lo. —Por favor...

Ricardo passou a mão no rosto que estava cheio de hematomas que agora doíam menos depois de medicado, Pelo menos isso. Mas no fundo o que realmente doía era a humilhação e a falta do jovem advogado, sentia saudade do menor e isso o corroía como uma doença, se perguntava todo dia porque ele não entrava em contato com ele e porque simplesmente sumiu como se tivesse sido engolido pela terra. Esperava do fundo do seu coração que estivesse bem, embora tivesse suas dúvidas. Será que Nil o matou e agora está fingindo na tentativa de me matar também?, Estremeceu com a possibilidade.
Balançou a cabeça tentando empurrar aquele pensamento negativo pra longe.

—É verdade,  —Admitiu baixando o olhar. —tudo isso: Vítor e eu.

—Esse é o funcionário que sumiu, não é? —Balançou a cabeça confirmando. — Karen me contou que o procurou por telefone quando ele faltou ao trabalho mas não obteve resposta.

—Nil está por trás disso, ele o ameaça com ciúmes da nossa relação. —Suspirou. —Ele já me ameaçou também, insinuou que contaria tudo a Morgona se eu não deixasse Vítor.

O amigo continuava com sua mão no seu ombro apertando, sua respiração denunciava que ele estava surpreso com as declarações.

—De certa forma cumpriu a ameaça jáá que gritou aos 4 ventos. É questão de tempo, você sabe, até isso chegar aos ouvidos dela.