64. MENSAGEM

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Encostou na lateral do carro apoiando seu peso, estava cansado de esperar no interior do veículo e acabou descendo dele para esperar um pouco do lado de fora, apesar de já passarem das 15 horas ainda estava muito quente. Conferiu novamente o endereço em seu celular, o mais velho lhe enviara seu endereço assim que se mudou para aquela casa, e junto do endereço sempre vinha um convite para se mudar para lá que ele sempre tinha que recusar pois não queria cometer um erro. Minha obsessão em querer ele pra mim me deixou naquela situação idiota de amante. Afastou o pensamento, não gostava de pensar nessa época.
Se abanou sentindo que iria derreter.

— Não nasci pra esse calor. — Reclamou sentindo suas costas suarem apesar do banho recente.

Alguns minutos depois quando a tradicional chuva da tarde já começava a se formar, viu um carro se aproximar e reconheceu o motorista imediatamente, era ele. Ficou um pouco acanhado, não sabia exatamente o que dizer, então apenas pôs um sorriso no rosto para demonstrar simpatia. Quando Ricardo parou o carro o olhou e sorriu, era aquele sorriso que ele se lembrava bem.

— Olá... — Disse quando o viu descer do carro.

Ricardo estava vestindo um terno branco com uma mancha rosa que ia do peito ao pescoço, porém, mesmo com a mancha horrível ele parecia feliz, como se estivesse chegando de um lugar muito importante.

— Que surpresa. — Ele o respondeu não conseguindo conter sua felicidade. — Você finalmente apareceu Vítor.

— E-eu, não sabia se iria dá tempo de vir aqui hoje, então não falei nada. — Coçou a nuca. — Estava na casa do Beto desde ontem a noite, e bom... O trânsito poderia não ajudar.

— Não precisa me explicar nada. — O moreno disse desabotoando o terno revelando a camisa social azul por baixo. — Vou pôr o carro na garagem e vou fazer um café pra gente, ou você tá com pressa?

— Não, — Acenou. — eu só vou embora amanhã.

O outro não gostou de ouvir aquilo, ficou claro pela sua testa que se encheu de vincos que ele queria ouvir outras palavras. No entanto, ele logo suavizou a expressão.

— Certo, — Ele se virou. — vai ser rápido.

O mais velho caminhou até a porta da garagem que ficava na lateral da casa e a abriu. Enquanto ele guardava seu carro, Vítor deu uma olhada pela vizinhança. As ruas eram feias esburacadas, as casas eram mais ou menos. Concluiu que sua antiga moradia em São Vicente era bem melhor e que sua vizinhança também era mais agradável, pelo menos pela parte estética.

— Vai entrar? — Ricardo chamou sua atenção parado na porta.

— Ah, vou. — Abriu a porta do carro e pegou uma caixa que trouxera para seu ex-chefe. — Só um instante.

Quando entrou observou a casa, seu interior era simples, não muito diferente da sua. Notou seus móveis que pareciam de segunda mão, nada muito extravagante ou rebuscado, apenas o básico, como a casa de um pobre padrão.

— O que achou? — O mais velho perguntou fechando a porta atrás dele e caminhando atrás dele.

— É ótima. — Sorriu deixando a caixa no sofá, já que não achava educado deixar no chão.

— Que bom, — O moreno se aproximou dele e olhou para a caixa, em seu interior havia CDs e DVDs. — é um presente pra mim?

Balançou a cabeça em confirmação torcendo para que ele gostasse do presente, sempre que estavam juntos ouviram música então comprou vários álbuns para Ricardo.

— Ah bom... — O mais alto deu um meio sorriso.

Ricardo se aproximou ainda mais e o puxou pela cintura sem aviso o beijando de surpresa. Vítor não conseguiu pensar em nada e cedeu retribuindo o beijo e agarrando o pescoço do mais velho, como tantas vezes fizera. Sua boca tinha gosto de chocolate e vinho misturados, um tanto peculiar, no entanto a combinação era agradável. Não demorou para que o mais velho começasse beijar seu queixo e pescoço o deixando excitado. O moreno se curvou beijando seu peito enquanto desabotoava sua camisa para prosseguir beijando seu corpo.
Vítor o parou.

Mensagem Proibida (Em Revisão E Mudanças)Onde histórias criam vida. Descubra agora