25. ESSE ASSUNTO DE NOVO? (revisado)

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Relaxa, tá levando isso muito a sério, vamos deixar isso pra lá. —Jeff falou tentando parecer acolhedor mas só parecia um chato, repetindo a mesma coisa sempre.

— Não me enche, você já disse isso. — Respondeu completamente desanimada com tudo, Vítor desgraçou tudo.

—E vou repetir outra vez: tá levando essa história a sério demais, Ricardo é marido da Morgana, não seu. —Ele voltou a insistir no assunto mesmo ela deixando claro que não tinha nenhuma vontade de falar sobre o assunto.

—Ah vá. Não diga? —Revirou os olhos impaciente com ele. —Não tem outra coisa para falar.

Karen virou o copo de cerveja absorvendo o líquido gelado com vontade, estava mal por Morgana, estava mal por ver como Ricardo era inconsequente e jogava seu casamento fora por besteira, enfim estava mal e pronto. Estavam num barzinho de quinta, numa mesa de plástico tomando umas encostados na parede enquanto uma música triste tocava ao fundo aumentando sua sensação de derrota.

—Sério Karen, —Jefferson fazia movimentos circulares sobre a mesa com o dedo, como se procurasse as melhores palavras para se expressar. — eu tô preocupado com você, isso tá te consumindo demais, sabe... Isso não é sua responsabilidade.

—Não posso... —Apoiou o rosto num dos braços e olhou para o segurança, era um homem muito bonito e podia olhar para sua cara horas a fio. —Não consigo deixar de ter pena da Morgana e raiva daqueles dois... Se pegando por aí, enquanto ela sofre com desprezo do marido.

—Não entendo essa fixação, você não tem nada a ver com isso. —Ele menou a cabeça, ela não iria contar para ele do seu trauma do passado, de como sua mãe foi traída e devido a dependência emocional do padrasto preferiu ele à filha. —Realmente não entendo.

—Não entende porque é homem. — Falou enchendo o copo novamente, nunca vai entender, essa é a verdade. — Pra vocês o que importa é passar a rola em geral, e foda-se se estão magoando alguém.

—Vish, agora vai me ofender? — Cruzou seus braços parecendo ofendido.

—Por que? Vai chorar? —Revirou os olhos impaciente.

A falta de sensibilidade de Jefferson era revoltante às vezes, não entendia como alguém achava aquilo tudo normal: trair, mentir, etc... Olharam-se em silêncio por alguns minutos. Sentia que estava vivendo em torno de Ricardo e Morgana, e ao mesmo tempo que queria sair dessa situação queria também dá a patroa as respostas que precisava pra se livrar de vez desse casamento falido, ela merece ser feliz.

—Quer dançar? —Jefferson a pegou de surpresa com essa pergunta, o segurança bebericou a cerveja em seu copo com os olhos presos nela aguardando uma resposta.

—Quê? —Ergueu uma sobrancelha, dentre todas as coisas em que ela era terrivelmente ruim, essa estava no top três. —Não danço nem se minha vida depender disso.

—Vem logo sua chata! —Ele levantou e a pegou pelo braço com seus dedos fortes. —Quem dança os males espanta.

A secretária foi colocada de pé contra sua vontade. Uma música de Reginaldo Rossi tocava ao fundo embalando a noite triste, Jefferson a puxou contra si apertando sua cintura e seu rosto ficou a altura de seu queixo. A roupa que usavam pareciam inadequadas para a ocasião, afinal num bar, todos estão despojados enquanto eles usavam roupas sociais. Olhou ao redor com certo receio de que alguém os observasse mas ninguém ligava para eles, todos bebiam, dançavam e fumavam ignorando completamente sua existência, e ao olhar para outra mesa viu um homem sozinho; bebendo e chorando, pelo menos não estou na fossa sozinha.

Mensagem Proibida (Em Revisão E Mudanças)Onde histórias criam vida. Descubra agora