75. Em memória a Bárbara Robbins

1.8K 139 117
                                    

Era isso, as cartas estavam na mesa, no relógio marcavam sete horas da noite, Callie estava de pé diante de Henrico e Carlos, e havia acabado de perguntar quem iria tentar chegar perto da família dela. Se ela estava ali sozinha? Bom, ela tentou, mas Arizona estava ali do lado dela, e o casal de bebês estava com o tio.

Como chegamos até aqui? Vou explicar.

Após Jenifer procurar o casal Torres, e Arizona ouvir o que a menina falou, ela exigiu da esposa uma atitude. Callie não queria envolver a família em um escândalo, e isso fazia descartar qualquer possibilidade de envolver a polícia nisso, então Callie mandou Jennifer organizar uma reunião com os chefes dela, era isso, ela ia confrontar o pai.

- Então, Carlos, me diga! Como você tem a audácia de dizer que vai fazer algo contra meus filhos? Eles são bebês! - Callie esbravejou socando a mesa e Arizona passou a mão por seus braços tentando transmitir calma pra esposa.

- Filha...- Carlos tentou, mas Henrico riu e o cortou.

- Nem se eu pagasse muito Carlos teria coragem de fazer algo contra aquelas crianças, a ordem foi minha.

Carlos ficou em silêncio encarando a filha no mesmo instante que Arizona avançou no Latino.

- Meus filhos são duas crianças! Dois bebês! Tudo isso por dinheiro? Você é nojento! - desferia tapas.

Callie a segurou pela cintura e pediu calma que assim não iriam resolver nada.

- Melhor escutar sua esposa, loirinha!

Callie soltou a esposa e deu um soco no rosto do homem.

- Eu não a segurei por você, então não falte com respeito a ela na minha frente!

Henrico riu e Carlos se mantinha quieto.

- 3 milhões e deixamos os pestinhas em paz.

- Nenhum centavo! - Arizona gritou.

- Querida... - Callie sussurrou.

A loira a empurrou.

- Não, já chega! Querida o cacete! Eu casei forçada, eu nem me lembro do meu casamento por causa dele. - Callie a olhou chateada. - eu tive dois filhos e agora ele acha que minha felicidade mesmo que tendo sido feita toda errada está a venda? - Callie sorriu - o caralho que está! Venha até aqui! - Arizona puxou o colarinho da camisa de Henrico - Você me dá nojo! E não vai ver a cor do meu dinheiro ou da minha mulher!

Virou de costas e começou a andar para perto da mulher.

- Você que sabe, então... - Henrico riu e sacou uma arma.

- Arizona!!!! - Callie gritou e a loira encarou a arma nas mãos do latino.

Rápido e eficaz um tiro foi ouvido, após isso, silêncio.

O corpo de Henrico estava esticado no chão, Arizona estava paralisada no lugar, Callie a abraçava por trás e Carlos tinha a arma ainda apontada para o "amigo" no chão.

- Carlos, você salvou minha mulher. - Callie disse fazendo a esposa acordar do transe e a agarrar forte.

- Talvez não dê tempo de ser perdoado por ter sumido, mas dê tempo de ser um bom avô e um bom sogro. - sorriu de canto.

Não houve chances de resposta a polícia entrou no local observando a cena e Carlos sorriu de canto com lágrimas nos olhos enquanto era algemado. O casal Torres observou Eliza gritar em cima do corpo do pai e sentiu pena, mas não podia fazer nada, infelizmente não podia. Na verdade, nem se quisesse podia Arizona conversava com alguns polícias quando Callie chegou perto.

- Querida, você já terminou?

A loira encarou os policiais que assentiram.

- Se eles disseram, então, sim. Podemos ir pra casa ver nossos filhos?

Callie sorriu fraco.

- Sim, podemos.

*

Arizona entrou em casa e viu Penny, a sua secretária, sentada na sala brincando com seus filhos.

- Penelope? O que faz aqui? Onde está Timothy?

A loira interrogou beijando os filhos fazendo a ruiva encarar a morena que se aproximou.

- Amor, eu pedi que Penny viesse nos fazer esse favor, seu irmão teve que sair e me ligou.

- Timothy é tão irresponsável - bufou - o que era de tão importante?

Callie encarou Penny que entendeu e pegou os gêmeos levando para o quarto.

- Amor, sente-se aqui. - puxou a loira para o colo. - sua mãe se sentiu mal e a vizinha que toma conta dela ligou para seu irmão porque não conseguiu seu celular, ele correu pra casa e estava a levando para o hospital quando nos falamos a última vez pelo celular.

- E você só me diz isso agora? Vamos para o hospital, Callie! Eu preciso ver a minha mãe! - a loira disse exasperada.

Arizona já estava no carro enquanto Callie terminava de combinar com Penelope para ela ficar com as crianças, o que não foi um problema para a ruiva.

Pouco mais de 15 minutos o casal Torres entrou no hospital e Arizona foi liberada para entrar e falar com a mãe.

- Mamãe!  - foi a única coisa que a loira conseguiu dizer antes de chorar.

- Filha! Lembra da história que eu te contei sobre circulos? Que são infinitos? - a loira assentiu. - nossa relação é um círculo infinito, eu vou embora agora. - a mais nova chorou. - mas só dessa terra, no seu coração eu sei eterna. Queria dizer belas palavras, mas eu não consigo, eu estou fraca, apenas, cuide de seu irmão, da minha nora e dos meus lindos netos, você me dá muito orgulho filha. - segurou nas mãos da mais nova. - Eu te amo para todo sempre!

- Mamãe, eu te amo tanto.

- Eu sei, querida. Eu sei...

As duas estavam com as mãos entrelaçadas até que o aperto de tornou leve.

Naquele dia, Eliza Minnick perdeu o vilão de seu pai mas Arizona Torres perdeu a pessoa perfeita que era a sua mãe.

Callie olhou pelo vidro e viu Timothy chorar em pé no canto e Arizona se desesperar, ela entrou e segurou a mulher no colo a prendendo dentro do abraço dela, iria passar.

3 anos depois...

- Mama, Mama... Você vem visitar a gente amanhã?

Um Ethan bem animado perguntou.

- Por favor, Mama, eu vou chola se vuxe não vir. - Maya fez seu típico drama.

Callie riu com a pequena no colo e o garotinho em pé entre suas pernas e encarou a loira que ria da chantagem da menor e assentiu para a morena.

- Eu venho se vocês convencerem a mãe de vocês sair com a gente.

Ah, estava explicado da onde Maya tinha herdado a chantagem.

Os dois olharam para a mãe fazendo beicinho.

- Uh, ok ok, eu irei!

Os três morenos sorriram vitoriosos. Callie beijou as crianças e deixou uma Maya chorando no colo da mãe e totalmente sem jeito se despediu da ex esposa.

- Então, até amanhã?

- Até amanhã, Callie. - sorriu de lado.

Jogos de poderOnde histórias criam vida. Descubra agora