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O casal Torres finalmente estavam dormindo quando um choro forte ressoou pela casa. Arizona reconheceu fácil o choro de Ethan, era o mais forte e alto, a loira se mexeu na cama para levantar quando sentiu a mão de sua esposa a segurando.

- Deixa, eu pego ele.

Arizona sorriu agradecida.

- Obrigada, mas vai rápido antes que ele acorde a...- e antes que pudesse terminar, um choro mais agudo e sofrego se fez presente. - Maya..

O casal suspirou e acabaram levantando juntas para ver os seus pequenos.

Entraram no quarto e viram cada um em seus bercinhos chorando, tão pequenos mas gordinhos.

- Pega o Ethan, vamos levar eles pro nosso quarto, vou dar mamar a eles.

Arizona disse e Callie assentiu fazendo o que fora pedido e assim, no quarto, Arizona deu peito para Maya que logo pegou no sono, a deitou na cama e pegou Ethan.

- Eles são tão lindos. - Callie disse fazendo um carinho leve no rostinho da sua pequena.

- Sim, eles são. - Arizona disse sorrindo.

- E eles são uma mistura nossa, é incrível.

Ao ouvir isso a loira riu e concordou.

- Amanhã Tim deve trazer mamãe aqui. Vou chamar April para vir.

- Eu queria ver Dona Bárbara.

Arizona fez cara de confusão ao ouvir isso parando o carinho que fazia no filho e encarou a mulher.

- Por que não vai?

- Eu preciso ir até a empresa amanhã.

A loira riu de lado.

- Calliope, faz um semana que os bebês nasceram e você não ficou em casa nenhum dia.

- Eu preciso trabalhar. - a morena disse deitando.

- E você acha que eu não? Eu tenho uma empresa enorme, mas eu amo meus filhos e posso ficar com eles, não é só pelos meus pontos e repouso que estou em casa, estou porque eles são pequenos.

- Você vai entende...

- Realmente, eu não entendo.

A loira disse deitando o seu menino ao lado da irmãzinha e assim os bebês ficaram entre elas.

- Querida, eu vou tentar chegar cedo.

- Faça conforme achar certo, Calliope. - disse se deitando.

*

Pela manhã seguinte, Callie acordou cedo e viu os três ao seu lado ainda dormindo, fez sua higiene matinal, se arrumou com uma calça social azul marinho, blusa social branca com os primeiros botões abertos e um sapato social preto, arrumou os cabelos e admirou mais uma vez a cena das suas três pessoinhas favoritas deitadas na cama dormindo, e sem falar nada saiu.
  No caminho para a empresa, Callie pensava no que Arizona cobrava dela, realmente estava passando tempo demais na empresa, mas havia tanta coisa a fazer, que precisava passar pelas mãos dela, que se sentia encurralada, claro que queria ficar mais tempo em casa, com Arizona, com seus filhos, mas nem tudo era perfeito.
  Chegou na empresa e foi direto para o andar de sua sala.

- Senhora Torres, bom dia. - Lexie desejou entregando o café da latina.

- Bom Dia. - Callie a respondeu.

- O senhor Sloan te aguarda na sua sala.

- Ele está sozinho? - a morena perguntou.

- Não. - Lexie respondeu revirando levemente os olhos. - está com uma menina. Não me lembro o nome.

- Tudo bem. - A mais velha riu das caras e bocas da mais nova.

Torres entrou em sua sala e viu Mark e a jovem que conheceu há um tempo, e como era boa em gravar nomes, sabia que a jovem se chamava Jenifer e trabalhava na empresa de Arizona. Estranhou o fato dela estar ali.

- Bom dia. - disse fechando a porta atrás de sí.

- Callie! - Mark disse se levantando. - Acredito que você deva conhecer Jennifer. - ambas trocaram um sorriso. - Ela saiu da empresa Robbins mas tem um currículo impecável, achei que pudessemos talvez tê-la conosco.

Callie riu.

- Minha esposa demite alguém e você espera que eu contrate? Quer começar uma guerra na minha casa?

Mark bufou e se sentou.

- Arizona está cuidando dos bebês, April voltou, ela que demitiu com pedido de Amélia. - o homem explicou.

A morena riu novamente, foi até sua cadeira e se sentou.

- Mark e Jennifer, você acha mesmo que essa demissão não passou pela aprovação da Arizona?

- Ela comentou algo com a senhora? - a menina perguntou.

- Não foi preciso, eu a conheço, ninguém entra ou sai da empresa dela sem ela saber, acredite quando digo.

Jennifer desviou o olhar da poderosa Torres e encarou Mark.

- Senhor Sloan, eu poderia ter um minuto a sós com a senhora Torres?

Mark encarou a amiga que assentiu, então, o homem saiu deixando as duas a sós.

- Diga, Jennifer... O que você realmente deseja?

- Como assim?

- Eu não sou burra, eu criei essa empresa e a levei por anos sozinha, eu sei quando há um interesse por trás, fala.

A menina coçou a nuca, respirou fundo e se deu por vencida, teria que falar.

- A senhora Sheperd me ouviu fazer um comentário e me questionou.

Callie coçou entre as sobrancelhas e piscou fortemente.

- Que comentário?

A menina tossiu.

- Algo sobre ter interesse em colocar um chifre na senhora Torres, a minha chefe geral, ex no caso. - a menina sorriu sem graça e Callie a encarava séria.

- Você espera que com esse motivo eu te coloque pra trabalhar na minha empresa? Devemos sempre separar o profissional do particular, mas tem coisa que é questão de senso senhorita Jennifer. - Foi clara.

- Senhora Torres, por favor, foi um comentário infeliz. Eu não posso ficar sem emprego, é com esse dinheiro que pago minha pós graduação.

Callie girou a cadeira e encarou o topo do arranha céu da empresa da esposa e suspirou fundo pensando "ela vai me matar". Se virou e encarou a jovem.

- Certo, Jennifer, você fica hoje sob as ordens do senhor Sloan, e eu vou conversar com minha esposa a respeito disso. - a menina sorriu grande. - Não se anime muito, é apenas um teste.

- Muito obrigada, senhora Torres. Eu fico muito feliz com a chance de tentar. Vai ser incrível.

Callie assentiu e pediu que a menina se retirasse para ela ter paz para analisar alguns documentos que vieram de Paris.

Ao sair da sala a menina pega o telefone e faz uma ligação, dizendo apenas uma coisa.

- Alô? Eu consegui, Henrico, avise ao Carlos. Esse casamento vai acabar.

Bom, o que ela não esperava era que uma ruiva muito articulosa passava atrás dela naquele momento, afinal, Addison ia hoje ver os bebês e estava indo até a sala de Callie confirmar horário.

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