Dois torturantes dias haviam passado, para Bárbara e a pequena Alicia, Arizona estava só cansada demais por isso somente Callie ligava para saber das suas, Alex estava assumindo algumas reuniões da empresa Robbins tentando fazer o melhor para sua amiga e sendo auxiliado por Penélope que estava demonstrando um ótimo desempenho. Callie estava destruída, ela só queria dormir na segurança de que sua esposa e filhos estavam bem, mas ao contrário disso estava sem dormir pensando somente no pior que poderia acontecer.
Naquela manhã estava sentada na sua cadeira em sua sala com Timothy a sua frente, ambos conversavam diversos assuntos quando Lexie entrou na sala.
- Licença, senhora Torres... - disse tomando a atenção. - Ele chegou.
Callie olhou pra Timothy e para Lexie, acenando a cabeça liberando a entrada do homem na sala. E logo, com a cara mais deslavada do mundo Carlos Torres passou pela porta e se sentou de frente a filha e ao lado de Timothy que queria matar o homem ali presente.
- Filhinha, mandou chamar o papai? - sorriu debochado.
- Ora seu - Timothy deu um soco no rosto do homem o puxou pela gola da camisa. - Cadê a minha irmã? Eu quero ela aqui agora ou eu mato você.
Carlos riu e Callie apenas olhava a interação dos dois atentamente.
- Mata, é? Sua irmã está aqui perto, isso eu garanto mas se algo acontecer comigo, nem ela e nem os bebês vão sair vivos. - o homem olhou para filha. - a sua família todinha sobre meu poder. - Timothy o jogou no chão, Carlos se limpou arrumando a roupa e se colocou de pé.- A loirinha me ofereceu dinheiro, mas tenho objetivos maiores. - riu de canto olhando para a filha e se sentou.
- Eu sei muito bem o que você quer. Timothy, se acalme por favor. - A morena disse de forma fria e tranquila soltando seu paletó e se sentando também.
- Como você pode estar tão calma? Como? - o Robbins estava nervoso. - É a minha irmã! A sua esposa Torres, seus filhos, como você pode estar tão calma, me diz? - Ele perguntou e bateu na mesa.
- Porque é isso que ele quer, olha pra ele, está extremamente calmo e você extremamente nervoso. Ele preserva a linhagem Torres, jamais faria nada que prejudicasse a Arizona.
Timothy sentou ao lado do homem, ainda indignado que Callie estava extremamente calma diante de toda aquela situação.
- Você tem meu sangue, Callie. - Carlos começou mexendo no relógio. - uma hora ou outra você vai se render a linhagem Torres de assassinos.
A morena riu de canto.
- Você escolheu manter uma linhagem de assassinos alegando não ter escolhas e quer me levar pra esse caminho mas, sabe Carlos.- a morena ficou de pé e andou até o lado da mesa. - Eu ainda posso mudar a linhagem Torres, posso fazer dela uma linhagem justa e honesta, como eu sou.
Timothy não estava entendendo nada daquela conversa.
- Ah é? - Carlos riu. - e como você pretende fazer isso?
A morena deu de ombros e sentou na mesa.
- Simples, eu vou começar acabando com essa linhagem, acabando com você. - riu e bebeu um copo de whisky que estava na sua mesa.
- Pra acabar comigo tem que me matar e isso fará de você uma assassina, querida filha.
Callie apenas riu.
- Eu vou acabar com você diferente, venha até aqui. - levantou e andou até a janela de sua sala e apontou para o outro lado da rua. - O carro que você veio não deveria estar parado ali? - o homem assentiu não entendendo nada e Callie riu. - Pois bem, Mark e Hunt são dois amigos meus de irmandade, quase você corrompeu Sloan hem. - a morena riu debochada. - mas voltando ao que interessa, os dois deram uma bela surra nos seus dois capangas e agora, olha ali - apontou para o homem loiro que apontava uma arma para os homem sentados no chão e amarrados - Eles vão ser presos e você vai cair, ah, melhor que isso, eu amei a ideia de você trazer Arizona, olha ali - apontou para Mark que abraçava uma Arizona que chorava. - minha mulher está bem. E agora - cutucou o homem e apontou para trás aonde tinha dois policiais. - Você já era.
O homem estava sem reação e Timothy ria enquanto Callie sustentava um sorriso vitorioso, Carlos até pensou em pegar uma arma que havia na cintura mas foi mobilizado por um dos policiais e logo foi levado.
- Eu vou precisar que você deponha. - o policial falava com Callie.
- Eu só preciso, por favor, ver a minha mulher primeiro. - Callie quase suplicou.
- Sim, tudo bem, apenas...aquele homem tem porte de arma?
- Sim, é meu segurança particular, ele é policial e detetive.
O homem assentiu e foi levando o pai de Callie que saiu jurando vingança a mulher. Torres, por si, não esperou nenhum segundo e saiu correndo até o elevador aonde apertou o botão do térreo.
Cada segundo que passou ela se tornava mais ansiosa, precisava abraçar e beijar sua esposa, ter certeza que estava tudo bem, ter certeza que ela estava bem, quando a porta do elevador abriu, o olhar dela cruzou imediatamente com o azul dos olhos da loira que limpava uma lágrima que insistia em cair, Torres nem ligou que a empresa era sua, saiu correndo até sua mulher, a abraçou e a beijou.
- Meu Deus, Arizona me perdoa, me perdoa - finalmente a postura de Callie se desmanchou. - me perdoa por ter te deixado sozinha.
A loira segurou o rosto de Callie e deu três selinhos na boca da mulher.
- Tá tudo bem agora - fungou. - a nossa família está bem. Você nos salvou.
- Eu sempre vou salvar vocês, sempre.
A morena disse beijando a testa da loira e a abraçando fortemente.
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Jogos de poder
FanfictionUma rivalidade, duas empresas. Uma sociedade, duas mulheres ambiciosas. Callie, presidente da Torres Id, ficava incomodada quando o assunto era, para ela, a "soberba" presidente loira da empresa rival, Robbins LR. As duas são convidadas para dispu...