Layla on.
Escuridão, era a única coisa que eu via antes de abrir os olhos e enxergar a luz, a luz me pegava enquanto eu procurava estabilizar minha visão. Quando a mesma o fez, encarei um teto branco. Olhei em volta e eu estava em um quarto totalmente branco.
Espera, eu morri?.
Levantei rapidamente me praguejando quando uma tontura me bateu, abri os braços buscando o equilíbrio que consegui, minha cabeça latejava me fazendo tocar a mesma na nuca. Fiz uma careta de dor ao tocar e retirei minha mão rapidamente, é a dor dos meus pecados??, Eu sempre tive amigos que me diziam, quando morrermos nossos pecados irão pesar em algo.
Mas tinha que justo de ser na cabeça? Como raios irei raciocinar sem minha cabeça??.
Peguei minhas botas que estavam no chão e as calcei rapidamente, vai saber né?.
Andei até uma enorme janela recebendo uma lufada de ar que quase me derruba, olhei para baixo e, montanhas, grandes montanhas, com uma bela cidade e um rio cortando para o oceano. Olhei para trás e quase caí da janela de susto. Uma figura de asas grandes de morcego, cabelos negros estava em um pequeno sofá, com o rosto sereno de quem dormia.
As descrições da Sarah sobre ele me faziam imaginar muitas coisas, as fanarts me faziam ter grandes idéias de como ele seria, mas nada é comparado o vendo pessoalmente, Azriel é como uma pintura feita pelo Picasso e Michelangelo, ele é perfeito, um deus grego em forma de illyriano. Seu rosto nem mesmo no sono falso tiram a seriedade.
Sono falso, eu sei quando alguém está dormindo ou não, já fui babá e as crianças fingiam estar dormindo, e eu sempre descobria, primeiro pela respiração segundo pela expressão, não é difícil descobrir.
Olhei para a porta do lado do mesmo e testei a maçaneta, ela se abriu me dando a visão dos corredores. Fácil demais, muito fácil, uma armadilha certeza.O mestre espião está contando com que eu tente fugir, mas se não sei direito onde estou e como voltar, como irei fugir?? E provavelmente ele não deixaria.
— pode parar de fingir que está dormindo por favor??, Sei que está fingindo. -falei de frente para ele.
Seus olhos avelã que cintilavam um certo âmbar se abriram, ele me encarou com certa surpresa.
— desde que acordei eu descobri se é isso que está se perguntando. -falei.
Ele levantou, suas asas se fecharam e engoli em seco, pareço um rato perto dele, ele é literalmente um poste. Suas sombras o rodeavam como se cochichassem grandes segredos para o mesmo. Ele me olhou de cima a baixo, estou com um sobretudo caramelo, calça moletom preta assim como a blusa de mangas longas, fora a bota coturno preta de salto.
Ele semicerrou os olhos para mim e sua pergunta saiu firme.
— quem é você?. -perguntou ele.
— onde estou?. -respondi uma pergunta com outra pergunta.
Seria burra se não reconhecesse que estou em velaris, a cidade da Luz estelar. E provavelmente estou na casa do vento, com o mestre espião da corte noturna, Azriel.
— não respondeu. -disse ele friamente.
— você também não. -rebati.
Seu olhar estava mais duro do que rocha quando ele levou a mão a sua adaga, a adaga illyriana que todos de pytrian temem. A reveladora da verdade.
Seu movimento foi tão rápido quanto suas sombras, quando o mesmo me prensou contra a parede ao lado da janela e pôs a adaga em minha garganta.
Engoli em seco com a lâmina fria que mesmo a um centímetro longe podia causar arrepios.
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Corte do Alvorecer
Fantasyuma simples garota, uma leitora, que vive no mundo de seus livros, que se frustra com o mundo real por não ser tão perfeito como as histórias que lê. que sente que seu lugar não é alí. após uma desilusão amorosa, Layla procura afogar suas mágoas nos...