Capítulo 39

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Lucien on.

Encarei a cama onde eu dormia, vazia, não havia ninguém ao meu lado e eu vasculhei o quarto com o olhar em busca dela.

Eu levantei dando leves puxões no laço, e a senti, suspirei aliviado e caminhei até a varanda onde a fêmea de cabelos negros estava, observando a noite e as estrelas como algo divino.

— o que aconteceu?. -a abracei por trás.

Beijei seu pescoço ouvindo ela suspirar.

— nada, apenas... Tive um pesadelo, nada demais. -ela disse baixinho.

— quer dividir?. -perguntei.

Ela baixou o olhar mordendo os lábios com nervosismo, medo.

— eu estava de novo, com as rainhas humanas, sendo torturada e... Vocês não estavam lá, vocês estavam no chão, cheios de sangue, todos vocês, meu irmão, Feyre, Layla, Azriel, Cassian, você, todos estavam, e eu não conseguia me mexer, não conseguia ajudar, estava acorrentada outra vez. -ela disse.

A virei para me encarar e a abracei forte ouvindo ela chorar baixinho em meu ombro.

— eu tenho esse pesadelo, Lucien, desde que fui libertada pelo meu irmão e seus amigos, desde sempre. -ela disse.

— calma, eu estou aqui com você, não estou? Nunca vou deixar nada de ruim lhe acontecer. -falei tocando seu rosto.

Limpei suas lágrimas vendo ela fechar os olhos, aproveitando meu toque.

— as vezes não acredito que estou livre, por mais que anos tenham se passado. -ela disse.

Eu beijei levemente seus lábios, e a fêmea o retribuiu de forma tão carinhosa que meu coração se estilhaçou e cada pedaço de mim doeu.

— eu o amo, Lucien. -ela disse entre meus lábios.

Meu coração bateu forte, e descompensado, desde que descobrimos ser parceiros, passamos praticamente um ano nos conhecendo, e nos entregamos de corpo e alma ao sentimento que crescia a cada dia.

Eu nunca me sentirá tão vivo assim, nunca.

— eu também te amo Raya. -falei acariciando seu rosto.

Ela sorriu para mim, e eu poderia passar a eternidade admirando a beleza daquela fêmea que fazia meu ar faltar, que fazia meu coração parar por longos minutos sem morrer para isso.

E eu a amo com todas as minhas forças.

Ficamos encarando as belas estrelas de velaris, onde nunca imaginei que teria um lar, mas que apartir que olhei para a fêmea em meus braços pela primeira vez, onde ela está passou a ser minha casa.

— eu queria te contar algo... Lucien. -disse ela.

— conte. -incentivei.

Ela levou a minha mão onde eu a abraçava, até seu ventre, a deixando repousada ali.

— eu... Eu estou grávida. -ela disse.

Eu arregalei meus olhos, e quase que o de metal saltava para fora.

— o que... O que disse?. -ofeguei.

Meu coração estava batendo tão rápido quando um cavalo selvagem galopando em um campo aberto.

— que eu estou grávida, você vai ser pai. -ela sorriu doce.

Meu coração errou uma batida, eu a encarei e baixei o olhar para seu ventre.

— pai... —falei distante— eu vou ser pai.

Ela riu baixo.

— Layla me avisou que vocês machos são lentos para assimilar isso. -ela riu baixinho.

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