Capítulo 23

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Azriel on.

Morta, a minha parceira estava morta em meus braços, e foi tudo minha culpa.

Eu a matei.

Gritei abraçando seu corpo, chorando, abraçando a fêmea que eu amava, sem vida.

— não Layla, você não pode me deixar... Por favor... Nós não tivemos tempo juntos... Não tivemos tempo de construir nossa vida juntos... Por favor. -implorei a fêmea sem vida em meus braços.

Cassian chorava sem controle, o corpo do grande general tremia a cada soluço, a melhor amiga, e irmã estava morta.

Taylor e William cravaram as espadas na terra assim como Lúcia.

Os peregrinos ao verem o destino de sua grã-senhora, partiram com todas as forças contra os inimigos. Lutando arduamente.

Rhysand, em seu rosto dava para ver que ele queria vir até a qui e tentar ajudar, mas lutava contra a vadia ruiva, a causadora de tudo isso.

— que o Amanhecer te receba.. -soluçou Taylor.

— sejando abraçada pelos raios do sol. -disse William.

— que o alvorecer te abra os portões, e que não solte tua mão pois irá junto com os teus para a eternidade. -chorou Lúcia.

Eles levaram as mãos ao peito e eu balancei a cabeça.

— não, Layla.. -falei encarando seu rosto.

Tão bela, está tão calma, não podia ter partido, não podia ter me deixado. Foi tudo culpa minha, eu a matei.

Apertei seu pequeno corpo ao meu, soluçando alto sem me importar com a guerra ao redor. Os grão-senhores ao verem o que aconteceu, ficaram imóveis, espantados, eles não acreditavam no que viam. Viviane levou a mão a boca deixando algumas lágrimas caírem. E eles baixaram a cabeça.

Layla on.

Eu via tudo de cima, tudo o que acontecia, a guerra continuava e azriel não soltará meu corpo por nada.

Foi quando vi uma luz me cegar, até que quando abro meus olhos, não estou no campo de batalha.

— Layla. -uma voz ecoou do além.

— menino, nem morta eu tenho paz? Eu já morri viu!. -exclamei incrédula.

Eu me virei encarando um belo campo dourado, e algo distante caminhava por ele, com um lindo vestido de luz, seus cabelos castanhos aloirados voavam com a brisa morna e confortante. Minha boca secou, meu coração bateu forte.

— mãe. -sussurrei incrédula.

— meu Alvorecer. -disse ela abrindo seus braços.

— mãe!. -gritei em meio as lágrimas correndo até ela.

Corri dentro do enorome campo dourado, chegando mais perrto de quem por anos senti tanta falta. Me joguei em seus braços sendo agarrada por ela.

— mãe. -soluçei a abraçando forte.

— minha musa. -disse ela beijando meus cabelos.

— senti tanto a sua falta. -soluçei.

— e eu a sua, meu amor. -disse ela acariciando meus cabelos.

Eu a abracei.

— como sonhei no dia que a veria de novo. -disse ela.

Ela parou.

— mas não tão cedo.. por que está aqui?. -perguntou ela alarmada.

— eu morri oxe. -falei.

Corte do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora