Capítulo 8

8.1K 832 800
                                    

Layla on.

Eu tocava uma simples melodia no violino que pairava pela minha cabeça desde ontem a noite, e eu não precisaria olhar para saber quem era que me observava.

A cada corda pincelada pelo arco, uma nota armoniosa e bem estruturada, sem perceber eu estava sorrindo, era o que minha mãe mais apreciava em mim e eu nela, que a tamanha paixão pela música nos faziam sorrir espontaneamente, com amor a cada nota.

Poderia ser errado, mas acabei pensando no beijo, pensei em casa beijo que dei em suas cicatrizes, isso fez um leve rubor surgir em minhas bochechas e suspirei com um leve sorriso quando a melodia chegou ao fim. Ouvi um leve aplaudir vir do espião que me olhava com um lindo sorriso.

Eu poderia tirar uma foto e grudar na minhas testa, ele fica lindo assim.

— você deveria sorrir mais. -comentei.

Ele me fitou inclinando a cabeça para o lado.

— fica muito lindo sorrindo. -falei sentindo minhas bochechas corarem.

Mordi o lábio nervosa o que arrancou um sorriso torto do espião, céus, e que sorriso lindo.

— e você fica linda envergonhada, o rosa em suas bochechas lhe deixam muito fofa. -disse ele sorrindo de lado.

O olhei surpresa e senti minhas bochechas ganharem um tom intenso de vermelho o que o fez alargar o sorriso.

— foi uma bela canção, assim como todas que você toca. -disse ele se aproximando.

Pus o violino em seu local de descanso com o arco e sorri para o encantador de sombras que estava agora em minha frente.

— você me fez criar essa melodia. -falei sentindo o rubor novamente.

— eu?. -perguntou ele.

Eu assenti.

— você me deu vontade de criar novas músicas no violino, eu não fazia isso.... A muito tempo. -confessei sorrindo.

Ele sorriu.

— fico honrado de ser a sua inspiração, senhorita. -disse ele sorrindo de lado.

Ele se aproximou de mim, seu rosto tão próximo perto do meu, ambos estávamos fechando os olhos para iniciar um beijo...

— Az!, Você está aí!. -disse uma voz.

Nos separamos rapidamente e pude ver Mor adentrar a sala de música.

— estava te procurando por toda a parte. -disse a loira.

— claro, o que foi?. -perguntou ele tocando seu ombro.

E por um momento me praguejei, me amaldiçoei e me xinguei por ser tão burra, logo eu que li todos os livros, estava entrando em uma guerra perdida, caindo de amores por um macho que está apaixonado há 500 anos pela mesma fêmea. Eu sou uma idiota.

A vergonha me atingiu e me afastei lentamente estalando meus dedos, coisa que faço quando estou nervosa.

Burra, Burra.

Só queria sumir daquela sala e ir para o meu quarto, só queria isso.

Azriel sorria para Mor e eu me senti na escola novamente, quando eu tinha um crush em um garoto e ele era caidinho pela garota da outra turma.

Azriel se virou para mim e ele me olhou com preocupação.

Sumir, quarto, sumir.

Dei um passo para trás e luzes douradas me engoliram, vento sacudiu meus cabelos, raios mornos e aconchegantes tocaram meu rosto e quando abri meus olhos estava no meu quarto.
Eu estava boquiaberta e incrédula.

Corte do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora