Capítulo 13

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Layla on.

Perdi as contas de quantas vezes eu gritei naquele campo, quantas vezes solucei alí esmurrando a terra.

Por que?

Com o vestido sujo de terra, passei a mão pelo rosto deixando um pouco sujo, com o corpo trêmulo atravessei para casa. Quando surgi na sala todos me olharam espantados. Azriel se levantou mas eu ergui a mão para que ele não se aproximasse.

- Layla??. -chamou Lúcia.

Eu a encarei, tenho certeza que meus olhos estão inchados assim como meu rosto que deve estar vermelho, fora que estou completamente suja.

- você sabia, não é?. -questionei com a voz trêmula.

- do que está falando?. -perguntou ela.

- não finja, você sabia quem ele era pra mim. -falei apontando para ela.

Seu rosto empalideceu.

- você sabia que o grão-senhor desta corte era o meu pai!. -falei alterada.

Ela deu passos para trás.

- eu vi!. -falei em um soluço- aquele campo me mostrou tudo Lúcia! Tudo!!. -falei passando a mão pelos meus cabelos.

Meu coração estava doendo, doendo.

- e você poderia ter me contado, mas não o fez. -falei a encarando.

- ele deu uma ordem, disse que você descobriria sozinha, que estávamos proibidos de contar pois você teria que ver a história desde o início. -disse ela.

- você tem noção de que eu o vi morrer na minha frente? Eu vi meu pai morrer na minha frente sem saber? E NÃO PUDE FAZER NADA!. -gritei.

Cassian me segurou antes que eu desse mais algum passo.

- calma, tampinha. -disse ele.

- eu só tenho tendência a afundar, a afundar e morrer soterrada. -soluçei me largando dele.

- Layla... -disse ela vindo até mim.

- não Lúcia, não quero que fale nada, me deixe só. -falei limpando as lágrimas do meu rosto.

A corte noturna parecia sem reação Feyre queria vir até mim mas Rhysand disse para ela me dar um tempo.

Atravessei para o meu quarto.

Entrei na banheira e me permiti chorar mais ainda alí.

Vesti uma calça e um suéter azul claro e atravessei para o telhado. Onde já era noite, funguei olhando as estrelas e me virei encarando o general illyriano pousar ao meu lado.

- toma. -disse ele me estendendo uma taça.

Ri com escárnio da sua tentativa de me animar.

- vamos lá... Vai ajudar um pouco. -disse ele sentando do meu lado.

Aceitei a taça e ela foi enchida por ele. Ele brindou comigo e bebemos no telhado olhando as estrelas.

- sabe?. -disse ele.

Eu o olhei.

- não fique com raiva da Lúcia. -disse ele- nem dos outros, eles receberam a ordem do superior e tiveram de obedecer, eles fizeram pro seu bem.

Eu suspirei.

- eu não estou com raiva, só magoada, eu sempre quis conhecer o meu pai.. cass.. daí descubro que o conheci, e o perdi sem nem ao menos saber. -funguei.

Ele me abraçou de lado e deu um beijo na minha cabeça.

- não sabe como sempre quis ter uma família. -suspirei.

Corte do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora