Capítulo 3

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Layla on.

Me virei bruscamente encarando um senhor, não tão senhor assim, aparenta ter uns 49 anos, de cabelos dourados como os raios do sol e olhos azuis como o céu de verão. Pele clara levemente bronzeada e um sorriso doce e terno.

— quem é você?. -questionei.

— responderei todas as suas perguntas, minha jovem, aproxime-se. -disse ele sorrindo.

Fiz o que ele pediu mas com os punhos fechados, vai saber? Já vão estar na posição de dar um belo soco.

— tão bela quanto o Alvorecer. -disse ele.

O encarei com uma sobrancelha arqueada.

Ele gesticulou para uma poltrona perto da cama onde ele estava deitado, ele parece mal, doente.

— eu estou morrendo. -declarou ele.

Com uma doença terminal, okay, irei fazer uma nota mental sobre isso.

— há muito tempo, essa corte, a corte Solar, ela vivia aberta entre as outras cortes, até que perigos nos fizeram nos esconder, deve saber sobre amarantha. -disse ele.

Eu assenti mais séria.

— depois do perigo que ela demonstrou ser, eu pus um manto sobre minha corte, um manto de invisibilidade sobre os raios do sol, e então nos mantemos seguros até que o mal sumisse. -disse ele.

Achei isso um ato covarde, okay, foi para proteger todos, mas nem mesmo na guerra de hybern ele ajudou? Em nada???.

— deve estar me achando um covarde. -disse ele.

Eu concordei com a cabeça e ele riu.

— mas fiz isso para proteger a todos, proteger tudo isso, e naquele momento, eu já estava fraco demais para a guerra, o que seria da corte sem o seu grão-senhor??, Então decidi me resguardar, para quando chegar a hora escolher meu sucessor. -disse ele.

— e acha que eu!, Sou a a mais indicada?. -questionei erguendo minhas sobrancelhas.

Ele assentiu.

— Layla Agreste, vi em você o potencial que muitos não nascem com ele, você encara o pôr do sol com paixão como uma obra de arte, e o seu nascer como um recomeço, você adora as estrelas como a esperança, e seu bom coração, quase tão quente quanto os raios dourados, você minha querida, é mais do que digna de ser a grã-senhora desta corte. -disse ele com a voz baixa e fraca.

Eu não acreditava no que estava ouvindo.

— mas eu tenho uma vida lá e...

Ele me cortou.

— que vida?, Ser agredida por um homem??, Não ter um amigo com que se importe com você?, Eu ouvi seu pedido a estrela minha querida, ouvi você implorar para ser tirada daquele mundo, e seu desejo foi realizado. -disse ele.

Eu suspirei, realmente, aquilo não era uma vida, era a própria morte sussurrando em meus ouvidos a cada minuto.

— ah. -grunhiu o homem.

Olhei para o mesmo e vi seus fios dourados de cabelos perderem a cor pouco a pouco, como se o dourado fosse sugado, deixando apenas o branco.

— senhor!. -disse um dos anjos.

O homem ergueu uma mão como quem diz "não".

— minha hora chegou. —disse ele em um fio de voz— Taylor e William cuidarão de você, eles serão seus peregrinos de maior confiança, eles lhe protegerão com a própria vida, serão seus mais fiéis amigos. -sussurrou.

Corte do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora