Positions | ☁︎

⟨ ≿ Capítulo 44 ≿ ⟩

⇋P.O.V CAROLINE⇋
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A primeira visão que tive assim que acordei foi a de Dayane me olhando como se eu fosse a coisa mais preciosa de seu mundo. Ela estava acariciando os meus fios ruivos e me olhando de um jeito tão simples e ao mesmo jeito intenso que eu não consegui dizer nada, pensar em nada e muito menos formular algo na mente pra dizer ao vê-la na minha cama, ela estava tão próxima a mim que eu conseguia sentir seu perfume característico de sempre.

- Você é linda dormindo, sinto saudades de ver você dormir na minha cama todo fim de semana - Ela falou sem enrolação e eu senti minhas bochechas esquentarem por me lembrar do motivo do meu cansaço na casa dela. Porra é sério que eu tenho que corar logo quando ela tá na minha frente?

- Dayane..Eu te ouvi dizer que me amava, ouvi o que você disse antes de dormir profundamente.. Você falou aquilo de verdade? Disse aquilo verdadeiramente? - Perguntei com um certo receio de que sua resposta fosse "Não" ou então imaginei que ela fosse dizer que eu tinha ouvido coisas e que ela não tinha dito nada daquilo, mas ela continuou tranquila e não pareceu inventar uma desculpa pra dizer que não tinha dito nada.

- Sim, você sabe que sim. Não sou uma adolescente desesperada que fala "Eu te amo" na primeira semana em que conhece - Ela falou com um tom brincalhão e eu acabei rindo por isso.

- Então você...- Eu ia continuar, mas ela mesma me interrompeu.

- Eu te amo. Eu te amo muito, te amo tanto que ainda sinto sua falta e me sinto completamente irritada comigo mesma por não ter te dado uma chance pra se explicar. Eu te amo tanto que odiei cada segundo que eu fiquei longe de você, passei noites em claro bebendo e fugindo da Jade pra que eu não precisasse fingir que não sentia mais nada por você, odiei pensar na possibilidade de você estar com outra pessoa e quase explodi de satisfação quando você me encontrou no banheiro daquele jantar. Sinto falta de ter você nos meus braços, de proteger você, de amar você e de ouvir você gemendo o meu nome na minha cama, na minha casa - Ela falou tudo isso olhando no fundo dos meus olhos e eu senti um arrepio percorrer meu corpo inteiro. Ela não estava mentindo, ela não conseguiria mentir a esse ponto e eu não sabia o que fazer.

Parte da Caroline destemida se foi quando fiquei tão longe da Dayane, eu sei que tô diferente, eu me sinto diferente e isso é por causa dela, mas eu ainda me sinto magoada com tudo e eu sei que eu preciso de tempo. Tempo pra me curar pelo menos um pouco, pra tentar esquecer suas palavras quando fui tentar me redimir e principalmente pra voltar a ter certeza de que ela não vai me deixar.

- Dayane...Eu preciso de um tempo antes de voltar tão rápido pra isso, você me magoou, eu não esqueci das coisas que você me disse e não esqueci do quão torturante foi ver você com outra mulher. Passar noites em claro pensando em você e me sentir vazia sem você ao meu lado foi horrível e eu não quero me sentir desse jeito de novo.. Não posso me sentir desse jeito de novo, não posso perder você de novo porque eu já perdi coisa demais...- Disse minha última fala desviando de seus olhos porque ela sabia exatamente do que eu tava falando e ela suspirou como quem dissesse "Eu te entendo e te amo do mesmo jeito" e me abraçou de um jeito forte.

- Por quanto tempo eu dormi? - Perguntei antes de olhar a janela e ver que já estava anoitecendo.

- Dormiu tempo suficiente pra que a sua nonna viesse conversar comigo - Dayane respondeu com um sorriso no rosto e eu me condenei na mesma hora mentalmente por ter contado a minha nonna sobre nós duas.

- Não se preocupe, ela só me disse que nos apoiava de qualquer forma e que esperava que nós duas voltássemos a ficar juntas - Ela falou e ao ouvir o conteúdo da conversa eu me senti mais tranquila. Minha nonna era uma mulher extremamente serena e fina, mas quando era pra falar sobre sua família ela perdia essa serenidade que ela tanto preza.

- Pelo menos ela foi calma conversando com você. Sou a pedrinha preciosa dela, não posso ser quebrada por ninguém e ela leva isso bem a sério - Falei isso e Dayane sorriu.

- Não vou dizer que ela está errada. Você é uma pedra preciosa que não deve ser quebrada nem roubada e eu vou fazer de tudo pra não te quebrar e não deixar que te roubem de mim - Ela falou com um tom brincalhão, mas dava pra ver nos seus olhos que aquela brincadeira tinha um fundo de verdade.

- Day..- Passei a mão em seu rosto a acariciando e então meus olhos automaticamente foram pra sua boca rosada.

- Hm? - Ela me olhou, mas não parecia se importar tanto com a direção em que meus olhos estavam.

- Saudades da sua boca me beijando, dos seus dedos deslizando pra dentro de mim e do seu corpo completamente quente em cima do meu - Falei quase que hipnotizada com a cena completa na minha mente e sem avisos minha boca já estava colada na dela. Eu subi em cima dela e minhas mãos rapidamente foram em direção a sua nuca pra arranhar aquele local e logo em seguida ouvir seu gemido baixo, abafado pelo beijo.

- Caroline...- Ela chamou como um pedido pra que eu parasse assim que eu comecei a beijar e morder seu pescoço enquanto minhas mãos magicamente já estavam em sua barriga.

- Amor..Eu tô com saudades de você, me deixa matar a saudade. Eu sei que tá com saudades de mim também, de me foder, de me colocar de quatro pra você, de me chupar e de me ouvir gemer só pra você - Eu falei em alto e bom tom e Dayane grunhiu como se tivesse lutando internamente pra tentar não fazer nada, mas eu sabia que ela faria.

- Caroline...- Ela me chamou e começou a passar a mão pelo meu corpo e parou no fecho da minha calça, a abriu e enfiou a mão por dentro dela, eu gemi assim que senti sua mão deslizar por cima da minha calcinha.

- Você precisa de um tempo e eu vou respeitar isso amor, de. Todas. As. Formas. Possíveis. - Ela falou com um certo tom de irônia e então tirou sua mão de dentro da minha calça e só me deixou um selinho. Eu gemi em reprovação e cruzei os braços em completo choque.

- Você só pode tá brincando comigo! - Falei completamente indignada e ela soltou uma risada gostosa e irônica.

- Não. Não estou, eu fico muito bem sem sexo, não tenho problema nenhum em não tocar sexualmente em você - Ela falou e eu continuava em choque, não acreditava que ela tinha me dispensado dessa forma.

- MAS EU TENHO! Dayane eu tô sem fazer sexo a um mês, se você não transar comigo agora eu vou gritar - Eu falei já vermelha de raiva e com um bico enorme formado nos lábios.

- Bom, eu quero foder com você quando você se sentir bem comigo...Em todos os sentidos, ok?! - Ela falou de forma tranquila e eu só grunhi de raiva e saí do quarto bufando.