⟨ ≿ Capítulo 15 ≿ ⟩

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⇋P.O.V CAROLINE⇋
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Depois que eu cheguei e Dayane finalmente parou de aproveitar o fato de estarmos sozinhas pra me beijar eu fui tomar um banho, coloquei uma roupa dela que era mais confortável  do que o meu vestido e me condenei por não ter trago uma roupa minha de casa, mas quando falei isso Dayane apareceu me dizendo que gostava do fato de eu ter esquecido de trazer. Ela disse que as roupas que eu havia usado da última vez tinham ficado com o meu cheiro e eu senti quase que meu coração acelerar por completo quando ela me disse isso. Nós fizemos um almoço juntas, almoçamos juntas e depois de escovar os dentes eu e ela fomos pra sala. De brinde eu descobri que ela comprou uma escova pra mim porque sabia que eu iria esquecer e eu realmente esqueci. Ao anoitecer eu e Dayane ficamos vendo filmes, trocando beijinhos e comendo por horas e horas, acabei ficando  durante tantas horas porque quando eu falei sobre a possibilidade de ir embora ela quase me implorou pra ficar, fez biquinho e cruzou os braços feito uma criança e eu acabei ficando. Se alguém além de mim tivesse visto aquela cena eu juro que não iriam crer que ela tem vinte e nove anos.

- Tá pensando em que, princesa? Em mim? - Ela falou sorrindo de uma forma convencida pra mim e eu só acenei a cabeça de forma negativa e sorri.

- Não Sr.Convencida. Eu não estava pensando em você, não se preocupe - Falei e ela fez uma carinha triste. Deus ela não tem vinte e nove anos nem fodendo.

- Aí sim eu me preocupo. É um atentado eu não estar em seus pensamentos - Ela falou com certo drama e eu ri. Ela me puxou pela cintura e me sentou em seu colo me fazendo ainda rir com sua ação. A pegada que essa mulher tinha era uma coisa de outro mundo, o beijo que ela tinha era inexplicável  e até sua mudança era inexplicável, uma hora ela tinha uma mudança drástica de humor e até de expressão, uma hora ela parecia uma criança emburrada, em outra ela era a CEO foda de vinte e nove anos e então ela aleatoriamente virava uma mulher sexy, mais experiente e incrivelmente gostosa. Na verdade em todas as opções ela é gostosa.

O dia passou tão calmo e de forma tão lenta com ela alí do meu lado que eu sentia até pena de mim mesma por saber que segunda eu teria que ir embora. Eu havia gostado de ter ficado com ela e ter passado o dia ao seu lado, mesmo que não tenha rolado nada do que eu tenha previsto eu ainda gostei de ter ficado alí. A sensação de estar nos braços dela era diferente de qualquer coisa que eu já tinha sentido, eu me sentia tão atraída pela idéia de tê-la me abraçando que me deixava levar por qualquer coisa que viesse depois disso. Se ela me beija eu quase sinto que vou derreter em suas mãos, eu sei o quanto eu deveria estar entrando em pânico com isso, pra ser sincera, mas não consigo. Talvez eu esteja gostando demais de Dayane, até mais do que eu deveria gostar, talvez isso que deveria ser casual não pareça mais tão casual pra mim e isso só esteja ocorrendo da minha parte, mas o que eu posso fazer pra mudar isso? Nada.

Quando anoiteceu por completo nós ainda estávamos vendo filme, mas dessa vez estávamos vendo "Alice no País das Maravilhas", eu queria muito dizer que não é o meu filme favorito, mas não dá. A história real do filme tem duas versões e eu prefiro a versão onde a Alice foi parar em um sanatório onde cada personagem do filme também estava, todos alí tinham algum tipo de transtorno psicólogico e por isso estavam no sanatório, menos a Rainha vermelha, a Rainha branca e o Gato risonho. Na verdade meu personagem favorito é o personagem que eu mais odeio também já que o Gato risonho na vida real traiu a Alice e abusou da menina enquanto no filme a relação deles dois também é um pouco... Estranha ao meu ver.

No meio do filme eu acabei dormindo e senti meu corpo ser carregado, logo em seguida senti um colchão tão fofinho e confortável que eu sabia que estava no quarto e na cama de Dayane.

- Espero que você não se incomode de acordar ao meu lado amanhã, querida - Dayane sussurrou enquanto passava suas mãos por meus fios ruivos e eu nem consegui responder alguma coisa, estava incrivelmente cansada, mas também senti muita necessidade de que ela deitasse comigo na hora.

- Day... Não vai não, deita comigo - Falei um pouco embolado por conta do sono e puxei a mão de Dayane sem força alguma em direção a cama e ela acabou deitando em cima de mim por culpa do puxão que eu havia lhe dado.

- Oi minha ruivinha - Eu olhei pra Dayane assim que a ouvi me chamar de tal forma e ela estava com uma expressão quase que sorridente pra mim.

- Dorme comigo? - Eu perguntei.

- Claro, você quer que eu deite agora? - Dayane me perguntou e começou a passar suas mãos por baixo da minha blusa, acariciando minha barriga assim que a tocou.

- Quero, deita comigo por favor - Pedi e assim Dayane fez. Ela saiu de cima de mim e deitou na enorme cama, bem ao meu lado. Dayane me abraçou e eu estava de frente para seu rosto e eu não queria perder a oportunidade de sentir seus lábios antes de dormir, por isso eu a beijei. Beijei uma vez. Beijei duas vezes. Beijei três vezes. Beijei quatro vezes. Era impossível cansar de beijar ela, era como se sua boca fosse uma droga viciante e a cada beijo ela me apertava mais, me arrepiava mais ou me derretia mais. Depois de um bom tempo nós duas paramos porque o sono já estava me consumindo e por isso ela me abraçou, e eu senti seu corpo quente e só assim consegui dormir mais profundamente durante a madrugada.

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