⟨ ≿ Capítulo 32 ≿ ⟩

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⇋P.O.V DAYANE
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Eu não sou e nunca fui ciumenta, ciúmes pra mim é algo completamente desnecessário, mas isso não significa que eu não tenha o direito de odiar o tal Dreicon quando ele encosta na Caroline ou respira do lado dela. Eu passei o dia inteiro sem conseguir tirar os olhos dos dois por pelo menos um segundo e só desviava rapidamente de maneira completamente estratégica quando Isaías ou outro alguém me chamava.

Mesmo que eu tenha passado o dia inteiro longe de Caroline e não tenha tido um momento a sós com ela, como tive na cozinha eu ainda aproveitei um pouco o dia, minha irmã acabou não vindo porque precisava resolver certas coisas de sua empresa já que ela trabalha com moda e o trabalho pra ela vem antes do lazer, assim como pra mim certas vezes.

- Dayane, você pode ir chamar a Carol? Preciso avisar a ela que eu vou precisar viajar amanhã - Isaías disse enquanto olhava pra mim e eu assenti.

- Pra onde vai? - Perguntei interessada já que Isaías não era de viajar a trabalho e muito menos por prazer próprio. Eu sabia que Isaías trabalhava bastante, tanto em casa quanto fora dela, mas também sabia que ele evitava ao máximo viajar porque odiava deixar a Carol sozinha.

- Preciso ir a Bélgica, uma empresa de lá quer fazer negócios, mas existem certos termos que pra mim não funcionam e não fazem sentido. Não tenho outra pessoa pra ir no meu lugar então vou precisar ir, eu mesmo - Ele falou e logo depois tomou um gole na garrafa de cerveja que ele segurava e eu só assenti e me levantei já indo em direção ao quarto de Caroline.

Eu já vim aqui outras vezes enquanto ela não estava porque precisava conversar com Isaías, resolver certas coisas e planejar certas coisas também e em uma dessas vezes nós estávamos conversando e ele me disse aonde o quarto da Carol ficava. Eu não me importei tanto no momento, mas agradeci agora por saber aonde é e não ficar perdida nessa casa.

Quando cheguei em seu quarto, abri a porta sem demora e vi Caroline só de calcinha e sutiã, era um conjunto preto e rendado que deixava seu corpo magnífico a mostra e a deixava completamente sensual. Quase perdi o ar quando a vi de costas pra mim vestindo aquilo, mesmo que eu já tenha visto tudo isso diversas vezes com e sem roupas, ainda assim me surpreendo sempre.

- Você é literalmente um pedaço de mal caminho, Caroline - Falei e caminhei em direção a sua cama, me sentado logo em seguida nela.

- E você acabou se perdendo em mim, que coisa - Ela falou com um sorriso no rosto enquanto caminhava na minha direção. Ela ficou entre as minhas pernas e repousou suas mãos na minha nuca.

- Seu pai quer que você desça pra conversar com você - Falei e ela assentiu.

- Ele deve avisar que vai viajar ou coisa do tipo, mas com ele eu me resolvo depois, preciso conversar agora com você - Ela falou de forma séria e eu me surpreendi por ela ter algo aparentemente sério pra conversar comigo.

- Tudo bem, podemos conversar só por favor coloca uma roupa. Não consigo me concentrar com você desse jeito e por mais que eu saiba que isso é errado eu realmente não consigo - Falei com um certo desespero tentando a todo custo desviar os olhos de seu corpo e ela riu antes de entrar em seu closet e logo em seguida voltar vestindo um vestido florido que era mais solto em seu corpo e tinha um tecido mais leve.

- Preciso que você pare de ter ciúmes do Dreicon - Ela falou com uma expressão séria assim que voltou e eu continuei do mesmo jeito.

- Não faço ideia do que você está falando - Falei e ela revirou os olhos pra mim.

- Dayane não se faça de boba, eu vi seus olhares pra nós dois durante o dia. Eu e o Dreicon somos basicamente irmãos, ele me respeita e eu o respeito e o amo como um irmão. Sou literalmente uma criança pra ele e ele sabe disso e deixa isso bem claro..Eu sei que pode parecer estranha a forma como nós nos tratamos, mas não quero que você faça com que ele se sinta desconfortável só por ter uma grande intimidade comigo, isso é completamente injusto comigo, com ele e com você mesma! - Ela falava completamente séria e com os braços cruzados e assim que ela terminou sua fala eu respirei fundo, me levantei e me aproximei de seu corpo. Coloquei minhas mãos em sua cintura e a olhei.

- Tudo bem. Eu confio nas suas palavras e se você diz que vocês dois só tem uma relação de irmão um com o outro tudo bem. Me desculpa por ter sido tão ciumenta, não sou acostumada a ver esse tipo de tratamento entre dois amigos e realmente é estranho pra mim a maneira como ele toca em você, só não gosto de ver alguém tocando tão intimamente em alguém que eu sinto que me pertence - Falei e ela passou a mão pelo meu rosto como um carinho.

- Eu sou sua, mas não pertenço a você Dayane, você sabe disso. Você é minha e ainda assim não pertence a mim, não temos o direito de nos tratarmos desse jeito sabendo que isso as vezes machuca - Ela falou e eu senti o peso das duas palavras na minha cabeça. Ela não estava errada e eu sabia disso, eu estava errada e precisava admitir isso.

- Eu sei...Eu vou me controlar em relação a isso, não quero brigar com você por coisas tão pequenas e banais - Eu falei e ela assentiu.

- Não quero que tenhamos esse tipo de coisa, isso é cansativo e desgastante - Ela falou e eu concordei.

- Agora que nós duas já conversamos será que você pode me beijar? Eu tô com saudades de você e eu tive que me segurar durante o dia inteiro - Eu falei e ela riu antes de me beijar. Um beijo calmo, quente e delicado, sabíamos exatamente como fazer qualquer coisa se tornar minimamente sexual entre nós duas e isso era perceptível quando nós duas tocamos,  beijamos ou somente trocamos olhares. Terminando o beijo com um selinho inocente nos lábios avermelhados da minha maldita ela sorriu.

- Precisamos descer pra que eu consiga falar logo com o meu pai. Você vai ter tempo pra fazer o que quiser comigo amanhã - Ela falou e eu conseguia me sentir excitada só de imaginar o que eu poderia ter dela no dia seguinte, mas eu teria que me segurar e esperar até chegar o dia seguinte. Nós duas descemos como se nada tivesse acontecido e logo a Carol conseguiu falar com o pai dela.

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