Positions | ☁︎

⟨ ≿ Capítulo 34 ≿ ⟩

Tô de volta, anjinhos ❤️✨
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⇋P.O.V CAROLINE⇋
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- Puta merda que dor de cabeça. Aí! - Gemi de dor enquanto tentava me levantar da minha cama e senti um peso ao meu lado. Achei que era Dayane e senti uma euforia por pensar que nada da noite tinha passado de um sonho, mas eu percebi que era a Thaylise e a minha felicidade se desfez.

- Bom dia Cah - A Thaylise falou enquanto se alongava na minha cama.

- Que dor de cabeça fudida, eu não lembro de nada..Por que eu não lembro de nada - Eu falei e vi a Thaylise arregalar os olhos pra mim.

- Eu não sei se agradeço por você não lembrar de nada ou fico desesperada por isso, mas enfim, antes que me pergunte o que aconteceu eu vou contar. A Dayane viu você beijando uma garota ruiva e foi embora, você começou a chorar na festa e não deu explicação nenhuma pro tio Isaías que viu seu choro e ficou preocupado, você foi pro bar e literalmente bebeu todas, o Vítor chegou quando a Dayane foi embora e você foi puxada por ele e por mim pra explicar o que tava acontecendo, aí você explicou que aquela garota ruiva que você ficou uma vez, a tal de Ellora beijou você a força e a Dayane viu e entendeu tudo errado, você chorou mais, eu e o Vítor tentamos te controlar, mas você acabou bebendo muito e eu te trouxe pra cá. Eu nunca vi você beber tanto como bebeu ontem - Thaylise falou e foi a minha vez de arregalar os olhos. Eu nunca bebia tanto, sempre soube dos meus limites e nunca passei deles, pelos menos até agora.

- Agora diz, como assim você beijou outra garota? Melhor, como ela te beijou?- Thaylise falou e eu acenei de forma negativa.

- Não foi mesmo um beijo que eu quis, acredite. A garota ruiva, a Ellora, aquela garota da festa no Iate. Eu não faço ideia de como ela fez, mas ela conseguiu entrar na minha festa e simplesmente me beijou, a Dayane viu e achou que eu tinha traído ela de alguma forma e foi embora - Eu falei de um jeito cabisbaixo e a Thaylise só me puxou pra perto dela e me abraçou.

A Thaylise sabia que eu gostava da Dayane bem mais do que eu deveria, eu não precisava deixar isso claro de forma verbal porque era visível pelo meu jeito. Sempre ouvi que eu sou o tipo de pessoa que prefere demonstrar afeto de forma física e não verbal e com o passar do tempo eu realmente comecei a concordar com isso. Meu afeto por ela está nas coisas mais bobas que eu posso fazer; Ir até a casa dela, conversar com ela, deixar ela me conhecer, abraça-lá sem que ela tenha pedido, beijar ela da forma mais gentil que eu posso e etc.

- Acho melhor você ir falar com ela, foi um mal entendido e acho que vocês duas precisam conversar - A Thaylise falou e eu assenti. Me levantei e fui tomar um banho pra sair logo em seguida.

Eu sabia que não passava das 10:00hrs da manhã e sabia que meu pai nem em casa devia estar mais então não tive problema nenhum em pegar meu carro e sair. Eu já tinha um carro e já tinha habilitação, só não era tão acostumada a usá-lo porque o motorista sempre esteve pronto pra me levar aonde eu quisesse e na maioria das vezes que eu saía, era pra beber então obviamente eu não iria dirigir um carro.

Eu cheguei o mais rápido possível no prédio aonde Dayane mora e como minha entrada ainda estava liberada, não precisei me preocupar por ser barrada ou coisa do tipo. Eu abri a porta da Dayane com a chave reserva que ela escondia debaixo do tapete e quando entrei a vi sentada no balcão da cozinha. Eu me aproximei depois de fechar a porta e assim que ela me olhou pra saber quem tinha entrado na casa dela vi seus olhos avermelhados, ela parecia ter chorado bastante e eu senti um aperto enorme ao vê-la daquela jeito por um mal entendido.

- Caroline o que você tá fazendo na minha casa? - Ela falou com um tom rígido uma frieza enorme no olhar. Eu perdi o ar com sua forma de falar comigo, nunca a vi daquele jeito.

- E-Eu preciso conversar com você, não foi nada daquilo eu juro. Foi um mal entendido, você entendeu aquele beijo errado - Eu comecei a falar de forma desesperada e ela revirou os olhos e se levantou com uma garrafa de vinho na metade em suas mãos.

- QUE SE FODA! Você conseguiu o que queria, Caroline. Você me usou, você teve sexo e teve atenção, você teve tudo o que uma mimada quer, por que não vai comemorar? - Ela falava com deboche e frieza e eu continuava em choque com sua aparência e jeito.

- O que foi? O gato comeu a sua língua? Você está se sentindo completamente irritada porque eu finalmente me desiludi com você? EU SINTO MUITO POR ISSO, MAS EU NÃO VOU SER MAIS A SUA CADELA! - Ela gritou comigo e eu comecei a sentir uma vontade enorme de chorar. Do que ela tava falando? Eu nunca a usei, nunca traí ela de alguma forma e nunca iria querer só sexo com ela.

- D-Do que você tá falando?! Quem foi que te disse isso? - Falei e ela riu antes de dar um gole na garrafa que ela segurava.

- Não interessa. Saí da minha casa, Caroline, eu não aguento mais olhar pra você - Ela falou sem nem ao menos me olhar nos olhos e eu não aguentei mais. Eu não tentei tomar ar pra dar uma boa resposta a ela e nem tentei, só joguei a chave dela no chão e saí sem dar uma palavra. O meu choro já tinha saído, eu estava sentindo um aperto enorme e as palavras dela estavam começando a serem repetidas na minha mente.