⟨ ≿ Capítulo 7 ≿ ⟩

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⇋P.O.V DAYANE⇋
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Quando amanheceu eu acordei primeiro que a Carol e ela estava agarrada a mim como no dia anterior. Olhei o relógio e marcava 7:00hrs da manhã em ponto, como era sábado eu estava de folga e não me apressei pra levantar e muito menos pra sair da minha cama. Carol dormia como um anjo enquanto eu fazia carinho em seu rosto, ela parecia tranquila demais e eu não queria acordar

Ela acordou somente as 8:00hrs e eu não havia saído de seu lado, fiquei a admirando por uma hora, mas pareceu que fiquei analisando cada detalhe de seu rosto por somente um minuto. Ela me deu um bom dia manhoso e rouco enquanto se esticava na minha cama como um gatinho que acabou de acordar de uma leve soneca e eu só parecia mais encantada por aquela garota.

- Bom dia, você conseguiu dormir? - Perguntei e Carol acenou que sim com a cabeça com um sorriso inocente e pequeno nos lábios.

- Sua cama é realmente confortável de dormir, é aconchegante - Carol respondeu e eu soltei uma leve risada nasal.

- Vamos tomar um café da manhã? Pode ir usar o banheiro primeiro, eu preparo algo pra nós - Falei e Carol concordou, logo eu levantei indo em direção a cozinha. Eu fiz um suco de maracujá pra nós, coloquei iogurte com algumas frutas e aveia em um prato com um fundo maior, fiz alguns pães de queijos, ovos mexidos e um bolo simples de cenoura. Carol demorou tanto a aparecer que eu consegui colocar tudo na mesa e só depois de alguns minutos ela apareceu e eu pedi que ela me esperasse e fui tomar banho, quando entrei no meu banheiro senti o cheiro dela em todo o lugar, minha mente conseguiria facilmente visualizar Carol em um banho quente com o vapor escondendo algumas partes de suas curvas e isso era excitante. Carol era extremamente excitante. Depois de tomar banho eu voltei pra cozinha e Carol parecia distraída com seus próprios pensamentos então eu me sentei e logo nós duas tomamos café da manhã juntas e eu sabia que precisava conversar com ela sobre a situação com seu pai.

Não me entenda mal, eu adorei tê-la aqui por mais incrível que pareça e mesmo que eu possa estar somente sendo enganada por uma pequena parte da verdadeira Carol Biazin foi realmente maravilhoso ter um tempo com ela e perceber que ela tem uma parte madura, divertida e natural, mas ela ainda é uma garota de só dezessete anos que mora com o pai e eu ainda sou irmã da nova "madrasta" dela. Eu imagino como a minha irmã deve estar se sentindo agora por saber que a Carol sumiu por "Culpa dela" e como Isaías deve estar também.

- Carol. Eu sei que essa deve ser a última coisa que você deve querer ouvir agora, mas precisamos mesmo conversar sobre sua situação com seu pai. Acho que você deveria voltar pra casa e conversar com seu pai. Dar uma chance a ele e a minha irmã - Falei e vi seu olhar se tornar pouco distante.

- Eu sei disso.. Só é difícil ver alguém com o meu pai, Day. Sempre foi somente Carol e Isaías Biazin, não tinha uma outra mulher no meio, entende? - Ela falou e eu assenti. Ela só tinha medo de perder o pai, isso é compreensível. Carol era nova, tinha só 17 anos e havia perdido a mãe, obviamente seu pai seria sua única pilastra pra vida e por isso deve ser extremamente difícil pra ela aceitar que outra mulher além dela ocupou um lugar em sua vida, mas ela precisa lidar com isso e eu tenho consciência desse fato. Por mais difícil que pareça Carol precisa deixar o próprio pai viver e precisa viver com isso também.

- Eu imagino que deve ser difícil, mas tenta só dar uma chance pro seu pai se explicar e contar como tudo aconteceu - Falei e ela concordou. Depois dessa conversa ela disse que ia tomar um banho pra que pudesse ir pra casa e eu prontamente disse que ia a levar até lá, eu não queria deixar ela ir sozinha por mais que soubesse que não haveria perigo se ela fosse, por isso quis levá-la. Quando ela saiu do banho estava com uma camisa minha social que com certeza ficava melhor nela do que em mim, ela me perguntou se poderia ficar com ela e eu sem pensar disse que sim, ela poderia ficar com a minha blusa.

Eu levei ela até a casa dela e nós nós despedimos com um simples abraço, mas foi um abraço demorado. Seu rosto estava perfeitamente encaixado na linha do meu pescoço enquanto eu acariciava seu cabelo e podia sentir o cheiro naturalmente cítrico e doce de sua pele. Quando nos largamos ela me olhou de uma forma intensa e eu a olhei da mesma forma, antes de a ouvir dizer "Tchau Sr.Lima..." com um sorriso simples e um pouco safado estampado no rosto. Depois de ver ela entrando em casa eu fui em direção a minha casa e fui o caminho inteiro pensando nela. Seu cheiro, seu toque, seu sorriso e principalmente seu corpo, ela tem um magnetismo sobre mim que eu não sentia a anos e isso é incrivelmente estranho. Ela é só uma garota de 17 anos e eu deveria parar de pensar nessas coisas em relação a ela até porque não vai dar em nada e não vai existir nada entre nós duas já que eu tenho 24 anos e sei o quanto uma adolescente pode ser mimada, louca e infantil. Sei que pode ser egoísta da minha parte pensar tanto assim sobre Carol, mas eu sei também que eu não a conheço tão profundamente pra conseguir dizer que ela poderia ser algo ou ter algo comigo. Honestamente não queria ter que me envolver com alguém e ter dores de cabeça por isso, também havia a reação de Isaías se acabasse sabendo, ou até mesmo a reação da Fernanda. De qualquer forma não fazia sentido pensar em algo assim, a possibilidade de ter algo com Carol era quase inexistente e acho que estávamos melhores dessa forma.

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