⟨ ≿ Capítulo 26 ≿ ⟩

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⇋P.O.V CAROLINE
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Quando eu acordei vi no relógio que passava das 17:00 da tarde, passei a mão pela cama e não senti o corpo da Dayane ao lado e imaginei que ela estivesse em outro cômodo do apartamento por ter acordado primeiro do que eu. Eu me levantei e fui em direção a sala e a vi sentada no sofá vendo um filme, parecia ser algum filme de ação já que na cena estavam tendo explosões e etc.

Eu me aproximei do sofá e então meus braços rodearam seu pescoço em um abraço e ela virou seu rosto pra mim com um sorriso.

- Já acordou, achei que ia dormir mais e não íamos conseguir fazer o que você queria - Ela falou se referindo aos planos que eu tinha pra nós duas hoje e eu me sentei ao seu lado.

- Claro que não. Eu nunca dormiria o suficiente pra esquecer de provar a comida de uma Lima ou então pra esquecer de ver um filme com você - Falei com certo deboche e ela riu.

- Tá bom. Eu não fiz nada ainda porque queria saber o que você queria comer, então, o que você quer comer? - Ela perguntou normalmente e por um segundo na minha mente eu disse "Você", mas por fora eu continuava quieta.

- Eu quero comer... Tiramisù - Eu falei e a Dayane só assentiu.

- Você quer mesmo que eu faça tiramisù? Eu realmente não sou boa fazendo isso - Ela falou e eu ri. Imaginei que ela não soubesse fazer já que é um pouco difícil de acertar o ponto desse doce, mas eu já tinha a solução pra isso.

- Imaginei que diria isso, eu conheço um restaurante ótimo que faz entregas, podemos ligar pra eles e pedir um jantar e o tiramisù - Falei e ela concordou. Eu logo peguei o meu celular e liguei pro restaurante, como eu já sou basicamente uma cliente fixa de lá eles disseram que meu pedido chegaria em 15-20 minutos e isso realmente é rápido pra eles. Eles ficam cheios de pedidos e de pessoas todos os dias então as vezes os pedidos demoram mais, menos pra mim claro.

- Eles disseram que o pedido chega em quinze ou vinte minutos - Falei já desligando o celular e me virando pra ela.

- E o que a gente faz nesses vinte minutos? - Ela perguntou com uma pequena malícia e eu sorri com sua fala.

- A gente pode ficar tentando escolher um filme nesses vinte minutos ou você pode me beijar, me morder e me fazer gemer como deveria - Falei com um sorriso totalmente inocente no rosto e eu vi Dayane se contorcer só de me imaginar gemendo de novo.

- Você é uma maldita, Caroline. Minha maldita provocadora - Ela falou com um tom de inconformação e eu ri por sua fala. Ah eu era maldita sim, ela não tava errada. Eu era assim, todo mundo que já tinha tido um mínimo contato sexual comigo sabia disso, eu era maldita por definir meus próprios limites e enlouquecer os outros porque eu nunca deixava eles muito claros. Eu era maldita por provocar e logo em seguida dizer que não queria mais, eu era maldita por provocar de todas as formas possíveis somente porque eu gosto de atenção e de ter os holofotes. Não era qualquer pessoa que conseguia me levar pra cama e não era qualquer pessoa que conseguia me instigar o suficiente pra isso então sim, eu era a maldita provocadora.

Mas ouvi-la me chamar de "Minha maldita provocadora" me fez esquecer toda a vontade de provocação que eu tenho em relação aos outros. Eu já saí pra festas depois de ter aquela "brincadeira" com Dayane no jantar e ninguém mais conseguiu chamar a minha atenção como ela e ouvir ela me chamar de "Minha" agora só intensificou isso.

- Sua? Você acabou de dizer que eu sou sua? - Falei e a Dayane me olhou como se tentasse ler a minha reação.

- Talvez...- Ela falou com um sorriso lateral no rosto e eu ri.

- Eu consigo lidar com o fato de ser a sua maldita provocadora - Falei e ela sorriu pra mim antes de subir em cima de mim e começar a me beijar. Eu quero ser a sua maldita provocadora Dayane, só sua.

- Eu adoraria fazer com que isso se tornasse concreto te levando pra minha cama, sabia? - Ela falou enquanto descia sua boca pro meu pescoço e apertava minha bunda, quase gemi só de ouvi-la dizer aquilo. Me ver de novo na cama dela não me faria mal algum e só de tê-la me provocando fazia com que eu ficasse molhada e pronta pra ter os dedos dela em mim de novo.

- Então me leva pra lá..Eu não consigo ver problema algum em parar nela de novo - Falei com um sorriso travesso no rosto e a Dayane grunhiu em resposta me fazendo rir de sua reação de indignação e tesão ao mesmo tempo.

- Eu levaria se não tivéssemos que esperar pela nossa comida. Se eu começar com você agora não vou ter a mínima disposição pra parar e comer..Outra coisa, além de você - Ela falou e eu sorri com aquelas palavras. Era literalmente claro que eu era insaciável, mas eu estava insaciável somente por ela, poderia ficar um dia inteiro com ela na cama e ainda assim eu estaria prontissima pra mais.

- Maldita hora em que eu pedi comida! - Falei em reprovação e ela riu antes de manter uma distância normal entre nós duas. Eu gemi em reprovação e coloquei meu bico irritado nos lábios.

- Se eu ficar mais perto do que isso eu vou te levar pra cama Caroline, eu não posso te levar pra cama agora, sabia? - Ela falou rindo e eu revirei os olhos. Odeio não conseguir as coisas na hora que eu quero e nesse exato momento eu quero a Dayane, mas por essa comida eu não posso ter.

- Tanto faz. Depois que a comida chegar você não vai ter mais nada que te impeça de me comer e então eu vou conseguir o que eu quero.. Você em mim - Falei com total naturalidade e só riu e assentiu. Bobinha, ela sabe que eu tô certa.

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