Eu vou trazer apenas esse pequeno slice of life para aquecer os nossos corações.
O tempo é um maldito filho da puta traiçoeiro.
Quando foi que sua pequena garota cresceu tanto? O alfa se perguntava enquanto tentava controlar os rosnados graves que cresciam em sua garganta.
— Pai, o senhor prometeu. — Kiseki relembrou à ele em tom de reprimenda.
Claro que ele lembrava da maldita promessa, como não poderia? Kiseki havia feito ele repetir as palavras que ela disse para que fosse válida. Não era culpa dele que todos os pretendentes dela tivessem cara de idiotas fracassados.
Todos idiotas.
— Você também, Keinho, me prometeu. — o olhar dela semicerrou para o irmão que bufou, os lábios puxados em uma careta de desgosto. Obviamente Katsuki não era o único enciumado ali.
Os dois alfas compunham uma caricatura engraçada, cenho irritado, olhar assassino e irritadiço.
— Pode deixar que vamos colocar os dois na linha se tentarem de novo, Kiseki. — Eijiro prometeu, segurando os ombros do esposo que bufou, encarando-o com visível chateação como se estivesse sendo traído. As caretas de mal humor dele não eram suficientes para convencê-lo — Não é mesmo, Suki?
O alfa resmungou uma resposta inaudível e Eijiro apertou sua bochecha, rindo de sua careta ranzinza quando afastou sua mão.
— O mesmo vale para você Keshi — Yuki segurou os lábios dele, puxando para cima — Agora tente fazer um semblante mais amigável.
— Obrigada pela ajuda, papai e Yuki. — Kiseki estava ansiosa, mordendo os lábios.
Katsuki tinha vontade de levantar do sofá, pegar sua menina e subir com ela para o quarto onde leriam uma história antes de dormir e ela o teria como príncipe. O tempo — aquela vadia traiçoeira — levou embora sua pequena menina manhosa e deixou uma adolescente briguenta e teimosa no lugar e ele não estava muito feliz.
Será que custava esperar apenas mais uns vinte anos para isso? Custava? Agora ele tinha que sentar e ver sua princesinha ser cortejada por um bando de alfas, betas e até mesmo ômegas que nunca preenchiam metade de sua lista de exigências.
E ele tinha muitas exigências, afinal sua menina era a melhor, não podia simplesmente ficar com qualquer coisa.
A campanhia tocou e tanto Takeshi quanto Katsuki rosnaram em antecipação, já prevendo o que estava para acontecer. Não importava quem era dessa vez, não estaria a altura de Kiseki.
— Papai... — ela apelou para Eijiro que puxou os dois alfas pelos ombros, os obrigando a se levantar.
— Muito bem, os dois estão de castigo. Podem subir e reclamar no quarto.
Katsuki riu, cínico com o olhar severo de quem não está disposto a ceder.
— Como se eu fosse deixar a minha filha sozinha com uma pessoa estranha.
— Prefere que eu o leve para cima? — desafiou.
O sorriso do alfa era agora animado.
— Eu adoraria ver.
Eijiro riu e revirou os olhos, se aproximando da orelha dele para sussurrar.
— Alfas malvados não ganham presente.
E se afastando com o sorriso pervertido, piscou o olho, deixando clara suas intenções.
— Esse sem dúvida é um truque sujo e nada másculo. — o alfa reclamou.
— Mas é válido.
Katsuki poderia não discordar, mas ia dar trabalho ao ômega quando ele chegasse no quarto. Mas antes, quando Eijiro estivesse distraído, escaparia para dar uma boa olhada na cara do infeliz e esperava que ele entendesse o recado.
*****
Foi só um pequeno bônus para aquecer o coração.
Eu lancei uma nova fic com o Eijiro ômega e o Katsuki alfa, na linha angst. Só não será tão pesada quanto Insuficiente, além de ser mais curta.
Se quiserem ler, será um imenso prazer recebê-los 💙💙 💙
Basta procurar por "Ainda quer que eu vá" no meu perfil. Já temos muitos capítulos postados
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Insuficiente
FanfictionPor toda a sua vida Eijirou sentiu-se incapaz e desmerecedor, tendo de lutar contra toda a negatividade em si para poder conseguir se destacar. E, por um tempo, as coisas deram tão certo que chegou a crer que sua vida continuaria nos eixos. Então d...