10 - Imperdoável

3.9K 485 391
                                    

Para compensar o último que foi menor vou lançar esse no mesmo dia ❤️

Havia muito amargura entre eles, tanta que Eijirou, agora recomposto da dose cavalar de calmantes, porém ainda magoado pelo abandono do alfa, se mantinha em silêncio, evitando tocar ou falar com ele, não conseguindo sequer olhar para Katsuki, tama...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Havia muito amargura entre eles, tanta que Eijirou, agora recomposto da dose cavalar de calmantes, porém ainda magoado pelo abandono do alfa, se mantinha em silêncio, evitando tocar ou falar com ele, não conseguindo sequer olhar para Katsuki, tamanho era o seu ressentimento por tudo o que havia passado por causa do egoísmo dele.

Por isso passou a maior parte do trajeto em silêncio, contemplando a paisagem pela janela, ainda que não conseguisse se focar em nada. Agitava-se com a esperança de poder reaver a guarda do filho ainda que para isso tivesse que aturar a presença do alfa que o abandonou sem nenhuma reserva. Somente por ele mantinha-se ao lado de Katsuki.

— Eu sei que não tenho o direito de perguntar, mas... porque veio para tão longe? — incomodado o alfa tentou iniciar um diálogo.

— Tem razão, você não tem o direito. — cortou-o, sem nem mesmo mudar o tom de voz, ainda encarando o cenário do lado de fora.

— Ok... — Suspirou, pensando em como ia fazer para poder conversar decentemente com Eijirou. Nunca foi difícil manter um assunto com ele, até porque era sempre o ômega que iniciava e mantinha a conversa, mantendo quase um monólogo em que as vezes o seu papel era apenas o de balançar a cabeça concordando ou não. — Sei que não está muito a fim de conversar comigo, mas eu vou dizer mesmo assim. Enquanto estava sedado eu liguei para o meu advogado e ele garantiu que vai correr com os papéis para que o Estado devolva a guarda de Takeshi a nós.

— Pelo menos fez algo certo. — resmungou insatisfeito, ainda olhando pela janela.

— Estou tentando — replicou, sem se irritar.

— É realmente uma merda nascer ômega — disse amargo, quase um sussurro — Basta uma ligação se você for alfa, apenas falar que deseja o filhote e eles te dão, mesmo que o seu ômega não seja o pai da criança.

— Eu também acho injusto — Katsuki concordou, buscando o olhar do ômega, tentando ser simpático. No entanto Eijirou não disse mais nada, tampouco retribuiu o olhar. — Quer ouvir uma música? — nada, apenas o silêncio — Parar? Descansar em algum lugar? — novamente foi ignorado — Eijirou, por favor, estou tentando manter uma conversa com você, ser um cara legal, até quando vai me ignorar?

— Você me ignorou por mais de um ano, sem ligar, ou mandar mensagens. — retrucou chateado.

— Sim, eu sei que fui um merda insensível e já me desculpei, mas eu estou tentando fazer o que é certo agora, será que isso não conta?! — defendeu-se, cansado de ser tratado com indiferença, mas tudo o que recebeu foi um breve olhar. — Tudo bem, pelo visto não conta.

— Você realmente não entende.

— Então me explique, por favor — parou o carro no acostamento, virando-se para o ômega com o olhar decidido e arrependido — Eu quero entender, desfazer as merdas que eu fiz e ter uma nova chance para ser um alfa melhor, mas eu preciso de você, Eijirou, que seja o meu ômega, para que o nosso relacionamento dê certo.

Insuficiente Onde histórias criam vida. Descubra agora