31 - Despedaçar

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Eis que estamos aqui mais uma vez, juntando as nossas pecinhas depois da queda.

Pelo que pareceu ser a milionésima vez, Katsuki ergueu o celular, desbloqueando-o para encarar o horário, sem se surpreender que os minutos não haviam mudado desde sua última inspeção

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Pelo que pareceu ser a milionésima vez, Katsuki ergueu o celular, desbloqueando-o para encarar o horário, sem se surpreender que os minutos não haviam mudado desde sua última inspeção.

Quantas vezes teria que olhar para que aquele minuto passasse?

Felizmente era o único dos dois acordado para receber qualquer notícia. Não que convencer Eijiro tenha sido uma tarefa fácil, pelo contrário, mais fácil seria subir o Everest com a porra do All Might em sua forma robusta a tira colo. Ele teimou, chorou e se recusou fortemente, rosnando e intimidando qualquer um que ousasse se aproximar com um tranquilizante até que o alfa conseguiu, com muita lábia persuadi-lo a descansar para não afetar o outro bebê.

Tentou se acalmar escutando alguma música, mas os nervos a flor da pele tornavam impossível ele se concentrar em algo que não fosse o medo dentro de si, amotinando-se e sugando toda sua coragem. Levantava a cabeça a cada som de passos, esperando que fosse finalmente algum dos médicos responsáveis, tentando ignorar as milhões de mensagens que recebia pelas redes sociais de fãs, familiares e amigos, alertando apenas os próprios pais que estavam em um quarto com Eijiro a pedido seu.

Olhou mais uma vez o celular e novamente a hora era a mesma. Dez e dezoito da noite. Quanto tempo transcorrera desde que entregou o filho à equipe médica? Horas. Eles disseram que seria demorado por causa dos exames, deixaram claro que não havia nenhuma previsão uma vez que nem mesmo sabiam o que estava acontecendo.

Mais duas horas transcorreram naquele infinito esperar e Katsuki sentia que iria morrer a qualquer instante, observando as pessoas transitando cada vez em menor quantidade pelo corredor.

Finalmente o médico apareceu ao lado da última pessoa que imaginou que veria naquela situação, também vestido com um jaleco e com o olhar de repulsa de sempre.

- Senhor Bakugou, eu sou o médico responsável pela internação do seu filho, e esse aqui é o doutor Hisoka ...

- Sim, eu já o conheço - interrompeu a fala do médico, rosnando para o sogro que ergueu o lábio superior em desagrado.

- Imaginei que sim, mesmo assim o fiz por formalidade - o outro médico tentou restabelecer a conversa quebrada pela visível animosidade de ambos os alfas - Agora se puder me acompanhar para que eu possa falar sobre as condições de saúde do seu filhote, serei grato.

A presença de Hisoka não agradava ao alfa, mas ele não tinha tempo a perder com desavenças e resolveu deixar para depois. Para o seu infortúnio ele os seguiu, com o olhar altivo de sempre enquanto cruzavam o corredor até uma das salas de consulta.

- Creio que o seu ômega não esteja em condições de estar aqui - o médico ponderou assim que entraram apontando uma das cadeiras - Por favor, sente-se.

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