14 - Culpa

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Voltando para trazer mais um capítulo e avisar que sim, o plot vai passar por mais uma mudança porque a minha mente é uma bitch e resolveu modificar tudo.

Fiquem com mais um capítulo, como eu havia prometido ontem.

— Algo não está certo

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— Algo não está certo... — O ômega disse baixinho para si mesmo enquanto observava o filhote ressonando no berço, intrigado enquanto se abaixava para poder olhar mais de perto, colocando o dedo rente ao pequeno nariz, certificando-se de que ele estava respirando. Nem mesmo o leve e cálido roçar da expiração em sua pele foi suficiente para acalmá-lo ou fazer aquele sentimento de estranheza e temor abandonar seu coração.

O alfa sentiu a ansiedade dele através da marca, captando-a de pronto enquanto passava por perto, vendo a cena pela porta aberta do quarto de Takeshi. Trazia nas mãos uma coberta e travesseiro, pronto para ir se deitar no sofá, onde dormia desde que voltara a casa afim de respeitar a vontade do ômega que sequer mantinha contato consigo, fossem verbal ou visual, aceitando-o apenas como parte do acordo para manter a cria consigo, quando deteve-se ao sentir os sentimentos aflitos de Eijiro e assinatura aromática que ele exalava.

— Algum problema? — questionou preocupado, ainda olhando da soleira sem a intenção de entrar.

O ruivo lhe dedicou um olhar rápido antes de colocar a mão no peito do bebê, um gesto que perturbou a calma que o alfa tentava manter.

— Ele está bem? — deu alguns passos tímidos, espiando o filho deitado no berço, de barriga para cima, ressonando com o semblante plácido.

— Aparentemente sim. — o ômega finalmente respondeu, alisando as bochechas macias de Takeshi suavemente, com as costas da mão — Mas eu não tenho certeza.

— Por que?

— Eu não sei, apenas sinto que algo está errado. — beijou-o com carinho, cobrindo seus pezinhos com a manta azul celeste — Ele está dormindo tão pesado.

— Talvez esteja cansado, só isso. — o alfa tentou acalmá-lo, aproximando-se mais, embora mantivesse uma distância respeitosa — O médico disse que poderia acontecer já que ele está passando por uma fase de adaptação.

— Takeshi nunca dormiu tanto quanto nos últimos dias — Eijirou ponderou ajeitando a luminária enquanto tentava ignorar a presença de Katsuki no quarto, porém reconfortado de poder compartilhar com alguém aqueles pensamentos — Desde que ele nasceu sempre foi agitado, nervoso e escandaloso, igual a você — encarou o loiro que sorriu concordando, um tanto orgulhoso da comparação, aparentemente feliz por Eijiro estar conversando consigo. — Ele nunca dormiu mais do que algumas horas seguidas e... — suspirou passando a mão pelo rosto, cansado — ... eu realmente não sei o que está acontecendo com ele, mas não é normal.

— Bom, você é o pai ômega dele, tem uma ligação mais forte com ele do que eu e se sente isso é porque deve ser verdade. — concordou, segurando os itens com uma mão antes de acarinhar de leve os cabelos do filho que nem mesmo se mexeu incomodado. — E eu não o conheço desde que nasceu para dizer se tem ou não algo diferente.

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