23 - Restabelecer

3.2K 413 181
                                    

Quanto tempo, não é mesmo? Eu posso sumir, mas eu sempre volto, amém!

Não era fácil lidar com duas pessoas dependentes de cuidados, mas Eijiro o fazia sem reclamar, afinal quase perderá Katsuki e não queria passar pelo sufoco de vê-lo quase partir novamente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não era fácil lidar com duas pessoas dependentes de cuidados, mas Eijiro o fazia sem reclamar, afinal quase perderá Katsuki e não queria passar pelo sufoco de vê-lo quase partir novamente. Mantinha em mente a esperança de que aquela era apenas uma fase,

O alfa se recuperava rapidamente, surpreendendo os médicos por sua aparente disposição e disciplina com os treinos. Ele queria voltar a ser útil e ajudar seu ômega, como deveria ser.

Em uma manhã, Eijirou o flagrou emocionado enquanto brincava com o filho. Takeshi estava cada dia mais calmo, embora aquela aparente calma disparasse um gatilho de alerta na mente do ômega que ainda sentia que havia algo de errado no comportamento inusual do bebê. Em dado momento, o pequeno parou de brincar, encarando o pai alfa com os grandes olhos curiosos e animados atento a antiga canção que ele murmurava enquanto estalava a língua fazendo alguns sons como se tentasse imitar a pronúncia. Surpreendeu os dois ao sorrir para Bakugou sem nenhuma reserva, feliz enquanto mostrava todos os quatro dentes.

— Papa-fa! — resmungou contente, segurando e mordendo levemente o dedo de Bakugou.

Surpreso pela reação de positiva de Takeshi a presença do pai alfa, Eijiro parou o que estava fazendo encarando a cena.

No mesmo instante Bakugou fechou os olhos, com os lábios trêmulos de emoção enquanto sentia toda e emoção daquele momento fluir dentro de si, como uma força poderosa que o fez se sentir a criatura mais feliz do planeta. Era a primeira vez que seu filho sorria para si e o chamava de alguma maneira, ainda que não pudesse ser considerado uma linguagem clara. Simplesmente não conseguiu conter as lágrimas que vieram enquanto fitava Takeshi.

Não merecia tanto depois de tudo o que fizera para os dois, mesmo assim estava ali, desfrutando da companhia da família que um dia ousou renegar em nome de seu egoísmo. Eijiro cuidava de si com cuidado e carinho, apesar de ainda aparentar distância e mágoa, e Takeshi que parecia nutrir por si apenas desgosto e raiva estava reconhecendo-o como pai.

O que ele havia feito pelos dois para merecer tanta atenção e carinho? A felicidade e a culpa disputavam espaço em seu coração.

— Isso mesmo, Takeshi, é o papa alfa — ergueu os olhos ainda cheio de lágrimas para fitar o ômega que havia sentado no sofá ao seu lado e lhe segurava o ombro como para demonstrar que o compreendia o que sentia e estava ali para oferecer aconchego.

— ... Me desculpe... — disse em um sussurro deitando a cabeça em seu colo, recebendo afagos carinhosos - Eu não mereço tanto, eu...

— Shiiii, apenas aproveite o momento — passeava os dedos pelos fios de cabelo dele, penteando-os lentamente — O Takeshi está te reconhecendo como pai alfa, é um momento importante.

Toda a atenção só serviu para deixá-lo mais emotivo. Eijiro estava sobrecarregado e cansado e mesmo assim estava ali cuidando de si.

— V-Vocês são bons demais com um escroto como eu... não deviam...

Insuficiente Onde histórias criam vida. Descubra agora