27 - Descoberta

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E lá vamos nós.

Sei que me conhecem o suficiente para já estarem preparando os capacetes, amores, e não vou iludir ninguém: vamos cair e muito. Vai ser um puta tombo feio.

Eijiro havia se esquecido quase completamente do motivo de sua ansiedade até ver Bakugou atravessar a porta

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Eijiro havia se esquecido quase completamente do motivo de sua ansiedade até ver Bakugou atravessar a porta. Instintivamente todo seus músculos ficaram tensos e o coração bateu desacelerado com a certeza de que em breve teria que enfrentar seu problema, estando pronto ou não.

Chegou a travar quando o viu sentar no sofá, obrigando-se a esconder o que sentia da melhor maneira possível, afinal ele parecia tão exausto que seria quase um pecado perturbá-lo com preocupações. Não havia porque criar comoção agora, poderiam conversar amanhã. Ou no outro dia. Ou ele podia enfiar a porra da cabeça na terra e morrer por ali, assim não precisaria lidar com as consequências de sua irresponsabilidade.

Sim, sua e somente sua. O alfa tinha escapado dele, ido para longe para evitar e foi Eijiro quem o buscou e esqueceu o tratamento de controle de natalidade em sua ânsia de encontrá-lo.

Apesar de que não podia negar que foi completamente maravilhoso estar com ele novamente de uma forma tão íntima. O apetite sexual de ambos sempre foi um tanto voraz e exigente com o parceiro, e ele marcou Bakugou tanto quanto foi marcado. Apenas lembrar a deliciosa sensação de estar subjugado e atado ao alfa enquanto ele o mantinha preso com uma potente mordida no pescoço era suficiente para fazê-lo suspirar.

Naquele momento, no entanto, ele não estava se sentindo assim, realizado e satisfeito, e sim apavorado e receoso de uma maneira que podia sentir o estômago embrulhar violentamente.

Tentou parecer o mais natural possível, brincando e conversando enquanto tentava evitar seus pensamentos de retornarem ao tópico gestação. Haveria tempo depois que os amigos fossem embora e mais alguns meses antes que a barriga se elevasse e ficasse visível. Não havia pressa, ou ao menos era o que desejava acreditar com tamanha força que sentia as entranhas se contorcerem.

"Idiota, você sabe bem que não tem como isso acontecer, não é? Ele já suspeita, tá pensando nisso tanto quanto você desde o momento em que revelou para ele que esqueceu de tomar seu controle de natalidade. Se ao menos você fosse beta aquela pílula do dia seguinte poderia funcionar, mas não, você é ômega, ou seja, duplamente ferrado, só isso já é garantia absoluta de gravidez. Sem contar que ele vai identificar a mudança nos seus feromônios e vai ligar uma coisa com a outra. Katsuki é um homem inteligente, ele sabe ler nas entrelinhas e você sabe que não dá para esconder algo assim dele por muito tempo"

Eijiro quis por um momento poder matar ou apenas calar a própria consciência para que o deixasse em paz por ao menos um minuto. Já era massante demais ter que lidar com tudo aquilo e tentar manter sob controle o próprio pânico, ter a própria voz interior lhe enchendo o saco era um pouco mais que torturante.

- Quando vocês tiverem outro bebê faça o máximo para ele não sair parecido com o Bakugou, Eiji, por favor, o mundo não suportaria três Bakugos - Mina brincou e o ômega travou por um segundo, antes de dar um sorriso de canto, aflito e sem graça.

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