Por toda a sua vida Eijirou sentiu-se incapaz e desmerecedor, tendo de lutar contra toda a negatividade em si para poder conseguir se destacar. E, por um tempo, as coisas deram tão certo que chegou a crer que sua vida continuaria nos eixos.
Então d...
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Como havia prometido, Katsuki garantiu que eles permanecessem com a guarda total de Takeshi, ao mesmo tempo em que processava o Estado pelos acontecimentos traumáticos que ocorreram enquanto o filhote estava sob sua supervisão, incluso o sequestro e a falta de evolução em seu desenvolvimento.
- O Estado retirou a guarda do infante em questão assumindo que a falta do pai alfa estava influenciando em seu desenvolvimento, no entanto, mesmo sendo supervisionado e aromatizado por outros alfas ele não apresentou nenhuma evolução, tendo inclusive a vida posta em risco quando o orfanato o entregou a um casal criminoso. - o advogado defendeu sua tese com base em argumentos sólidos que não puderam ser contestados e o resultado foi a invalidação do pedido de recolhimento do Conselho Tutelar.
- Como juiz dessa comarca eu revogo a ação movida contra os pais. O Estado garante que a guarda seja mantida, devendo os pais manterem a contente vigilância sobre a criança, como já ficou provado que já o fazem. Um Conselheiro Tutelar os visitará a cada semana para averiguar o infante, se nada for comprovado dentro um mês, e tudo estiver na normalidade o Estado deverá ressarcir o constrangimento causado por sua má avaliação.
Foi apenas nesse momento que Eijiro lembrou como respirar novamente, voltando-se para abraçar o esposo.
- Você realmente conseguiu! - sorriu em meio as lágrimas de felicidade.
O alfa que estava tenso rosnando para o promotor foi pego de surpresa, parando de falar no mesmo momento em que sentiu-se ser tragado pela aura animada do ômega. Virou-se de frente, abraçando-o de maneira adequada e segurando seu queixo para olhar diretamente em seus olhos.
- Eu te disse para não se preocupar com isso, não disse? - mantinha um sorriso convencido nos lábios que se desmanchou quando o ômega o beijou também de surpresa.
Bakugou simplesmente congelou no lugar sem conseguir tomar qualquer atitude.
- Obrigado por ter cumprido sua promessa.
Mesmo tendo iniciado um relacionamento anos atrás foi como se o alfa voltasse a ser um simples adolescente, um tanto atordoado por receber um simples beijo. O rubor em suas bochechas foi eminente e constrangedor.
- E-Eu... claro, que... ah, merda! - apertou o ômega, escondendo o rosto na curva do pescoço dele sem saber como responder.
Izuku aproximou-se da bancada para entregar Takeshi que brincava com seus cabelos, resmungando irritado com os fios que ocasionalmente agarravam em suas pequenas mãos. Parabenizou a ambos, beijando as bochechas do afilhado antes de o entregar aos pais que o apertaram ao mesmo tempo, formando um abraço sanduíche com ele no meio que o fez rezingar e rir.
Foi uma vitória que encheu o coração de ambos com um contentamento impossível de ser descrito. Contra todos as expectativas eles eram uma família e o alfa continuaria mantendo sua promessa.
