12 - Submissão

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Eu sei que estão todos atrás da minha cabeça, por isso não estenderei muito o assunto srsrs

A espera era dolorosa, porém o sentimento de angústia que trouxe consigo era indescritivelmente sufocante

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A espera era dolorosa, porém o sentimento de angústia que trouxe consigo era indescritivelmente sufocante.

No entanto, não havia mais que pudessem fazer do que esperar.

Os sequestradores estavam sendo interrogados em outro estado, onde foram interceptados para agilizar as investigações e evitar as retaliações por parte dos verdadeiros genitores.

Tranquilizado a força, o ômega nem mesmo sabia como reagir a tudo que estava acontecendo, sentindo-se aéreo e disperso, enquanto permitia mansamente que seu alfa cuidasse de suas feridas, algo que não lhe importava, apesar de concordar que havia se ferido de maneira considerável.

Apenas observava o procedimento com os olhos baços, distantes e a respiração pesada, sem falar mais nenhuma palavra desde a descoberta, submisso e consternado demais para emitir qualquer opinião.

Katsuki tentou de todas as maneiras fazê-lo reagir. Odiava-se por ter tido que acalmá-lo daquela maneira, mas não havia como fazê-lo sem apelar para os instintos, afinal Eijiro não era um ômega convencional, sendo mais forte que os demais, principalmente quando entrava naquele estado de fúria entorpecida. Não queria ter feito aquilo, mas a própria tenente lhe deu a sugestão.

- Acho que vai ter que reafirmar a marca se quiser pará-lo - ela disse depois da quarta tentativa de contenção.

- Eu não posso, ele vai se sentir ofendido e me odiar ainda mais.

- Ou é isso ou vamos ter que sedá-lo com tranquilizantes e... bom, vai ser bem mais ofensivo para ele como herói ser contido como um criminoso. Acredito que ser contido pelo alfa que o marcou seja menos perturbador. Ainda que não seja a melhor das opções é a mais aceitável.

Não houve muito tempo para ponderar, e o alfa apenas concordou, dominando seu ômega enquanto o mordia uma vez mais, se sentindo culpado e monstruoso por ter que usar aquele artifício. Nunca forçou Eijiro a nada, nem mesmo com voz de comando, e ter que pará-lo daquela maneira era perturbador. Nem mesmo conseguiu conter as lágrimas que desceram enquanto ainda tinha as presas firmemente fincadas na carne dele, emotivo por se sentir um merda de alfa que nem ao menos consegue acalmar seu ômega sem usar da natureza.

Ele se acalmou, embalado pela presença que ele liberava, oprimindo sua selvageria natural, dispersando feromônios em resposta. Katsuki sentiu o elo entre eles, uma vez enfraquecido pela distância, novamente se fortalecer, e, junto a ele, as emoções que antes percebia de maneira sutil o atingirem com mais força. Nesse momento odiou-se ainda mais, não somente por estar sentindo com maior intensidade tudo o que seu ômega sofria, mas também por ter forçado algo que pretendia fazer apenas com a permissão dele, quando e se estivesse um dia interessado em tê-lo mais uma vez como alfa.

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