8 - Possibilidades

3.6K 522 259
                                    

Demorei, não é? Perdão eu tenho tido pouco tempo e muitos projetos, mas posso garantir que não abandonei o projeto, portanto não desistam de mim, por favor.

Demorei, não é? Perdão eu tenho tido pouco tempo e muitos projetos, mas posso garantir que não abandonei o projeto, portanto não desistam de mim, por favor

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Com os olhos nublados pelas lágrimas, Eijirou deixou que o celular caísse no chão sem se importar com nada. Seu coração doía e era cansativo persistir naquela realidade esgotada, sem propósito algum. Como ômega havia se provado um inútil, incapaz e dispensável e já não conseguia visualizar-se sendo feliz, ou com um futuro, pois em sua concepção tudo o que estava a si reservado era preenchido pelo mais frio e destrutivo vazio.

Levantou-se disposto a terminar com todo aquele sofrimento.

(...)

As mãos de Katsuki ainda estavam trêmulas de horror, assim como seus lábios devido ao choro estacionado que descia em gordas lágrimas pesarosas enquanto ele escorregava lentamente, com as costas apoiadas na parede até cair sentado e sem forças. As últimas palavras que escutou de seu ômega foram um epitáfio, cheias de dor e arrependimento e era simplesmente impossível recordar-se disso sem sofrer por lembrar que ele, em seu arroubo de fúria egoísta, criou toda aquela situação.

Dentro de seu coração havia um desespero imenso, crescendo e o consumindo como um buraco negro, sugando-o toda vez que pensava no último som que escutara antes do telefone de Eijirou emudecer de vez. Sentia a respiração cada vez mais descontrolada, como se não houvesse oxigênio suficiente a medida que o pânico se instalava em cada membro do seu corpo.

O que havia acontecido com ele... não poderia ser o que estava pensando.

Instintivamente tocou o pescoço, no local onde ficava a marca de Eijirou, buscando uma conexão, aflito demais para poder fazer outra coisa que não soluçar e tremer, e durante a primeira inspeção não conseguiu perceber nada, nem mesmo um único indício de que ele ainda vivia.

Precisava se levantar, fazer alguma coisa e encontrá-lo. Não podia permitir que a história deles se encerrasse assim, cada um para um canto, separados e destruídos por sua culpa, afinal ele havia voltado para consertar as coisas.

O ar faltou e ele saiu enquanto hiperventilava, sem rumo pelos corredores, chamando a atenção dos demais moradores por causa de seus feromônios descontrolados, até se dar conta de que havia esquecido o celular, e refazer o caminho até o apartamento.

Somente ao se abaixar para pegar o aparelho que ele notou que a chamada não havia sido encerrada, e algo em si acendeu. Controlando-se ele passou a chamar efusivamente pelo ômega, com a voz alterada para que ele escutasse e atendesse. Era sua última e talvez única possibilidade de contato e não poderia desperdiçá-la.

Com a esperança parcialmente renovada, ele pegou as chaves do carro saindo em direção ao estacionamento, ainda chamando enquanto o coração batia acelerado, ansiando ouvir a voz de Eijrou. Tão logo entrou no carro e o ligou, uma voz o respondeu do outro lado da linha.

Insuficiente Onde histórias criam vida. Descubra agora