49 - Aprendizagens

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Olá, amades! Esse é o último capítulo dessa fic. Gostaria de agradecer a todos pela paciência e apoio que tanto me ajudaram na execução desse projeto.

 Gostaria de agradecer a todos pela paciência e apoio que tanto me ajudaram na execução desse projeto

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A manhã seguinte chegou com uma constatação nem um pouco surpreendente para Eijiro. Era aniversário de Yukio e se ele estivesse vivo completaria quatorze anos. Por mais que estivesse melhor quanto à tudo o que passara, graças a terapia, aquela data ainda lhe trazia certa melancolia.

Felizmente o tempo o ajudou em relação ao que sentia por Kiseki. Levou tempo para que entendesse que sua apatia era por causa de seus traumas pendentes que o impediam de desligar e aceitar o fato de que sua era de perdas e lamentações haviam fundado enfim. O amor por ela foi florescendo aos poucos à medida que o próprio Eijiro se redescobria como ômega e pai, novamente se reconciliando com sua natureza.

Ele também entendeu que o amor que sente por cada filho é diferente. Não que seja menos intenso, pois os ama por completo e sacrificaria a própria vida pela deles sem titubear. Apenas entendeu que o amor paternal é um sentimento impossível de catalogar. Não dá para usar moldes iguais para pessoas diferentes.

Então sim, pensar em Kiseki lhe traz um sentimento. Pensar em Takeshi lhe traz outro e pensar em Yukio é tão singular quanto os outros dois. Assim como pensar em todos os outros bebês que perdeu.

E por mais que tenha aprendido a lidar com a saudade e sentimento de vazio, ele ainda sente certo sufocamento ao pensar em Yukio, só não tem a potência de antes.

Essa era uma data singular.

Dessa vez não foi trabalhar pois tinha algo em mente. Na verdade não sabia direito o que era, Katsuki havia lhe dito que preparara uma surpresa. Ao contrário de Eijiro ele decidiu sempre fazer algo para que o aniversário de Yukio nunca passasse em branco, o que fazia o ômega se sentir meio culpado por nunca ter feito nada.

— Cada um escolhe a maneira como vivencia a própria dor, Eiji, não existe certo ou errado, nem tempo para começar a fazer. Isso é muito pessoal e você não o ama menos por ter tido o seu tempo de aceitação. — o alfa rebatia com a voz suave, sem julgamentos.

E ele estava certo quanto à isso.

O alfa tinha saído cedo para levar os filhos à escola e Eijiro ficara em casa, apreciando um pouco a solidão. Anos atrás ela seria sufocante, detestável, hoje, porém, é tranquila. De vez em quando um pensamento ruim o atingia, mas ele sabia lidar com ele. O tempo o ensinara a ser mais manso consigo mesmo.

Em pouco tempo Katsuki retornou e ligou para que o esposo viesse para o carro.

— Onde nós vamos? — Eijiro perguntou confuso enquanto se ajeitava no banco e passava o cinto de segurança.

Ele estalou a língua produzindo um som negativo enquanto balançava a cabeça com um sorriso confiante nos lábios.

— Você vai descobrir em breve.

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