2 - Inquieto

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Desculpe a demora, honeys!

Pois é, gente, nada é tão ruim que não possa piorar.

De olhos abertos, Bakugou fitava o teto submerso na escuridão do quarto

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De olhos abertos, Bakugou fitava o teto submerso na escuridão do quarto. Por mais que tentasse, era simplesmente impossível dormir, podia até mesmo tentar, mas o máximo que conseguia era se frustrar.

— Merda... — resmungou levantando-se enfim e indo até a cozinha. Pegou uma cerveja, acendeu o abajur ao lado do sofá e sentou de qualquer jeito, mal humorado por perder mais uma noite de sono.

Estava ciente de que a próxima manhã seria difícil e que o sono viria no meio do expediente de trabalho. Havia cochilado algumas vezes em serviço e isso não pegou muito bem para a sua imagem, não podia simplesmente ficar dando aquele tipo de vacilo. Abriu a lata e bebeu lentamente, crente de que talvez o álcool ajudasse seu corpo a relaxar e sua mente a desligar.

No entanto, ele sabia qual o motivo de estar sem sono, e que esse problema além de não ser inédito, estava associado a estar preocupado. Havia semanas que não recebia nenhuma notícia de Kirishima através dos amigos, e isso estava deixando-o ansioso. Alguém volta e meia sempre lhe enviava alguma foto ou vídeo, ou mesmo algum relato de como estava seu ômega e filhote, e mesmo que ele fingisse não se importar ou respondesse de maneira curta e desinteressada, aqueles pequenos momentos eram os únicos em que se sentia verdadeiramente feliz. Amava cada foto, gif ou vídeo de seu pequeno bebê, e sorria contente e culpado ao tocar a tela imaginando-se ao seu lado, apertando-o como fazia Eijirou que sempre o acolhia com tanto amor e carinho que era quase palpável. Ao mesmo tempo sentia um peso enorme sobre suas costas. Diferente do que imaginou as coisas não caminharam como havia cogitado inicialmente. Sentia falta do amado, e queria mais do que tudo vencer a vergonha e admitir o erro para voltar para o lado dele, mas era covarde demais para isso.

Havia sido tão mesquinho e estúpido com Eijirou, seria tolice acreditar que ele iria querer reatar. Nem mesmo sabia como começar a se desculpar, preferindo se esconder a ter que retornar e correr o risco de ser escorraçado da vida dele com honras, assim como merecia.

E tinha Takeshi. Por mais que desejasse voltar e finalmente poder conhecer o filho pessoalmente, Katsuki não se sentia no direito de se considerar pai. Havia renegado-o até o dia em que recebeu uma foto enviada a si por Deku horas depois dele nascer.

Na foto o pequeno estava enrodilhado junto a Eijirou que o fitava com um olhar arrebatado e pesaroso que arrancou lágrimas do loiro. No mesmo momento tocou a marca sentindo fluir através de si, ainda que levemente, a mistura de sentimentos que tomava seu ômega.

Doeu. Nada nunca havia doído tanto em sua vida.

Bakugou precisou se esconder porque não conseguiu conter a enxurrada de sentimentos que fluiu através de suas lágrimas, sentando-se em um beco enquanto experimentava o sentimento mais miserável que um alfa poderia sentir.

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